Aperfeiçoamento Profissional e a Educação Permanente
A formação e qualificação dos profissionais é um processo histórico que vem sofrendo atualizações ao longo dos tempos. Nos séculos XX e XXI, destacam-se marcos legais e movimentos de mudanças na formação dos profissionais de saúde que visam superar o modelo de prática hospitalocêntrica e fragmentada, de viés privatizante, com deficiências em atender às necessidades sociais de saúde, distanciado da realidade social e epidemiológica da população.
Embora não se tenham atingido todos os objetivos propostos com esses movimentos, muito se caminhou na direção de um ensino e de uma assistência mais adequados à realidade da sociedade, na perspectiva de uma Atenção à Saúde de qualidade.
Da mesma forma, no campo da qualificação dos profissionais inseridos no Sistema Único de Saúde (SUS), a preocupação com a educação dos profissionais de saúde vem sendo referendada por meio de movimentos sociais, legislações e políticas públicas que defendem que o Sistema de Saúde deve exigir uma reorientação das políticas de gestão do trabalho e da educação na saúde, com definição de diretrizes para o setor e fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade.
Nesse sentido, a Educação Permanente em Saúde (EPS) foi defendida como uma estratégia para a reorganização das práticas de formação, atenção, gestão, formulação de políticas e controle social no setor da saúde, em especial a APS, mediante ações intersetoriais e mudanças no ensino da saúde, constituindo, assim, um quadrilátero formado por diferentes atores do processo de trabalho: atenção, ensino, gestão e controle social. (Oliveira et al, 2015).
Citação do artigo: OLIVEIRA, M.P.R et al. Formação e Qualificação de Profissionais de Saúde: Fatores Associados à Qualidade da Atenção Primária. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 40 n. 4, p. 547 – 559, 2016.