Zusammenfassung der Ressource
Regências e revoltas no Brasil
- Os impasses da Regência
- 1831 - D.Pedro I abdicou do trono do Brasil
- Seu filho foi aclamado "Imperador Constitucional Pedro II
em sua menoridade", tendo como tutor José Bonifácio
- Assembleia Legislativa em recesso - senadores indicaram uma
Regência Trina Provisória
- Dois meses depois - Regência Trina Permanente
- Regência não podia: declara guerra, conceder títulos,
vetar leis e dissolver a Câmara.
- Assembleia Legislativa detinha o poder decisório
- Politica se polarizou: restauradores,
liberais e moderados. **
- Período tenso: manifestações e levantes
- Ministro da Justiça, padre Diogo Antônio Feijó,
reorganizou as forças militares para conter as tensões
- 18 de agosto de 1831- criação da Guarda Nacional **
- Novembro de 1832 - finalizado o Código de Processo Criminal, que
estabeleceu novas regras para o exército da Justiça
- 1834 - Ato Adicional à Constituição de 1824: transformou em
assembleia os conselhos gerais da província (maior autonomia
das províncias, que passara a poder criar leis específicas)
- Instituiu a Regência Una
- 1835 – Regência Una foi assumida por Diogo Feijó, com
pouco mais da metade dos votos
- • Grande oposição: inicio de diversas rebeliões
- As revoltas no Período Regencial
- CABANAGEM
- 1835-1840 - Cabanagem (referencia às habitações pobres às margens do
rio, pertencente à parcela da população que participou ativamente da revolta)
- Ocorreu em Belém, na província do Grão- Pará,
causada por divergências entre as elites locais.
- 1832 – José Mariani, presidente indicado pela
regência, foi impedido de tomar posse.
- Novo presidente indicado, Lobo de Souza, tentou uma política
conciliadora, mas sem êxito, pois havia forte oposição.
- Novembro de 1834 – tropas provinciais assinaram Manuel Vinagre.
- 1835 – Rebeldes atacaram e tomaram Belém,
mataram Lobo de Souza e formaram um governo.
- Os cabanos governaram por dez meses. Contudo, conflitos
internos entre as lideranças cabanas, contribuíram para que
as tropas imperiais recuperassem a capital.
- O movimento permaneceu no interior, e só terminou em 1840, com a
morte aproximada de 30% dos habitantes.
- SABINADA
- 1837 – 1838 – Sabinada (referencia ao
líder médico Francisco Sabino)
- Ocorrida em Salvador, representou uma reação dos grupos
liberais ao domínio do governo central sobre as províncias.
- Projeto inicial: Separar a Bahia do restante
do país, somente até D.Pedro completar 18
anos e assumir o trono.
- Os líderes da revolução acenavam com a
possibilidade de alforriar os cativos nascidos no
Brasil que combatessem as tropas oficiais
- 1838 – Tropas tomam Salvador e realizam forte repressão
- Mais de 1.200 mortos e 3 mil presos
- Agosto de 1840 – beneficiando-se do decreto
imperial de 22 de agosto, foram anistiados ou
degredados para outras províncias do Brasil.
- BALAIADA
- 1838 – Balaiada (referencia ao oficio de fazer balaios
realizado pelo líder Manuel Francisco)
- Estourou no Maranhão e no Piauí, resultados das
divergências políticas entre as elites
conservadoras (chamados de “cabanos”) e
liberais (denominados “bem-te-vis”)
- Inicio do conflito: Assembleia provincial votou a “lei dos
prefeitos”** Contudo, os cabanos monopolizaram os
cargos e passaram a perseguir os bem-te-vis
- Vaqueiros, pequenos agricultores e
artesões aderiram ao lado dos bem-te-vis
- Segundo foco da rebelião: Recrutamento forçado de
pequenos agricultores para servirem nas tropas oficiais
- Manuel Francisco, fabricante de cestos e pequeno
agricultor, ao ter seus filhos recrutados e suas filhas
estupradas por um oficial das tropas, torna-se um dos
líderes mais populares da rebelião.
- Terceiro foco da rebelião: insurreição de escravos, liderada pelo liberto
Cosme Bento das Chagas (arregimentou 3 mil negros)
- Repressão: general Luís Alves de Lima e Silva, em 1840,
prometeu anistia aos líderes balaios e bem-te-vis que auxiliassem
o exercito a combater os exércitos de Preto Cosme.
- 3 mil rebeldes morreram e outros milhares foram presos.
- Luis Alves de Lima e Silva recebeu o título de barão,
conde, marquês e finalmente duque de Caxias.
- FARROUPILHA
- 1835 – 1845 – Guerra dos Farrapos
(referência ao episódio em que os proprietários
rurais e criadores foram chamados de farrapos,
em tom pejorativo, pelos oficiais.)
- Ocorrido no Rio Grande de São Paulo, foi a
revolta mais longa e a única que buscou separar
radicalmente a província do Império.
- Sec. XVIII- Sul do Brasil era uma importante
área de criação de gado. Sua ocupação
resultou na criação de uma elite militarizada:
estancieiros e charqueadores**.
- Aumento das tensões: presidente da
província aumentou os impostos que taxavam
o gado, havia ausência de taxa sobre a carne
salgada, a política alfandegária do governo
central favorecia aos fazendeiros do Vale do
Paraíba e a produção soa campos gaúchos
era direcionada para o mercado interno.
- 20 de setembro de 1835 – chefiados por Bento
Gonçalves, os rebeldes tomaram a capital.
- 1836 – proclamaram a República Rio- Grandense
- Bento Gonçalves foi capturado, mas fugiu em 1837
- Influenciaram à proclamação da
República de Piratini, em 1838
- Rebeldes avançaram por Santa Catarina, tomando a
cidade de Laguna (Republica Juliana)
- 1840 – Golpe de Maioridade: D.Pedro propôs a anistia
aos revoltosos, mas os farrapos não aceitaram.
- Divergências entre os líderes enfraquece a revolta. David Canabarro
defendia a autonomia provincial, sem romper com o império.
- Últimos anos o governo farroupilha foi liderado pelos moderados e
monarquistas mais favoráveis ao acordo com o governo imperial, pois o jovem
imperador prometera atender as principais reivindicações do movimento.
- 1842 – Luis Alves de Lime e Silva, nomeado presidente
da província, conseguiu a rendição dos farrapos.
- 1845 – David Canabarro assinou o acordo (Fim da revolta)
- CARRANCAS
- 1833 - Carrancas (referência ao município
de Carrancas, onde ocorreu o moviemento)
- Liderados por Ventura Mina, dezenas de
escravos iniciaram a revolta. Mataram
nove pessoas e o filho do deputado
Gabriel Francisco, que era seu senhor.
- Em outras propriedades da família, encontraram
forte resistência, onde Ventura foi morto.
- Fim da rebelião: 17 escravos foram
sentenciados à pena de morte
- Decreto de 10 junho de 1835: pena de
morte para qualquer escravo rebelde
- OS MALÊS
- 1835 - Revolta dos Malês (referência ao nome
dado aos africanos muçulmanos)
- Ocorrida na cidade de Salvador, foi uma
tentativa de sublevação fortemente reprimida.
- Insatisfação dos muçulmanos com a
repressão das autoridades locais a suas
manifestações religiosas
- Planejaram um levante para o dia 25 de janeiro de
1835. O projeto era transformar os brancos e os
cativos nascidos no Brasil em escravos
- Contudo, três libertos o denunciaram. Forças policias
invadiram uma casa onde cerca de 60 africanos se reuniam.
- Centenas foram presos e 4
condenados à morte.
- MANUEL CONGO
- 1838 - A revolta de Manuel Congo
(referência ao líder do movimento)
- Ocorrida no município de Paty do Alferes,
seu objetivo era reunir escravos de
diferentes senhores e criar um quilombo
- Repressão da Guarda Nacional e Exército
- 16 foram acusados, mas apenas
Manuel Congo foi morto
- A Consolidação do Império
- Primeiramente, o imperador D.Pedro II nomeou o Gabinete
da Maioridade dos liberais que o haviam apoiado.
- Em seguida convocou eleições para a Câmara
dos Deputados, eleições que ficaram
conhecidas com “eleições do cacete”*
- 1841 – o gabinete liberal foi destituído e formou-se um ministério
conservador, regressistas voltaram ao poder.
- 1842 – D.Pedro dissolveu a Câmara e convocou novas eleições
- Medida para acabar com as revoltas: decreto imperial de 1840*
- O governo de D. Pedro teve que enfrentar as revoltas liberais de
1842, em São Paulo e Minas Gerais, lideradas por Feijó e Teófilo
Otoni, que reagiram à anulação das “eleições do cacete”.
- A rebelião não foi adiante, os revoltosos
receberam anistia imperial em 1844.
- 1848: Ocorreu a Praieira*, a última rebelião provincial em Pernambuco.
- Ocorreu choque entre as elites liberais e conservadoras, os
praieiros tiveram alto grau de elaboração crítica e apelo
direto às massas, mas em nenhum momento colocaram em
dúvida a manutenção da ordem escravista.
- Fins de 1842 – Divisão dos membros do Partido Liberal com a
fundação do Partido Nacional Republicano (liberais radicais)
- Os membros do novo partido conseguiram controlar a política local.
- 1845 – indicação do liberal Antônio Pinto Chichorro
da Gama como presidente da província.
- Durante três anos seguidos, o Partido Nacional
de Pernambuco controlou a política, com
perseguição aos seus opositores.
- A situação crítica de Pernambuco repercutiu na corte do Rio
de Janeiro. Chichorro da Gama foi substituído por Vicente
Pires da Mota, membro da ala liberal contrária aos praieiros.
- Herculano Ferreira Pena, político conservador de MG, foi
nomeado presidente da província de Pernambuco.
- 7 de novembro de 1848 – estopim para
a luta armada iniciada em Olinda.
- 1849 – Documento “Manifesto ao Mundo”*
(ideias influenciadas pelos ideais socialistas)
- 1848 – reação do Império: envio de tropas.
- Vários líderes foram mortos ou presos, mas,
em 1851, todos os presos foram anistiados,
incluindo os que haviam fugido do Brasil.
- Vitoria total do Império sobre o regionalismo
- As rendas do governo imperial melhoraram
as finanças públicas. A monarquia e poder
central ficaram consolidados.
- Duas facções se consolidaram como
partidos políticos: luzias (liberais,
ex-progressistas) e saquaremas
(conservadores, herdeiros dos regressistas)*
- Os dois partidos tinham como objetivo principal
manter o direito de propriedade, as hierarquias
sociais e a ordem dentro de uma sociedade
baseada na desigualdade e na escravidão.
- Contudo os luzias queriam a extinção do
Poder Moderador, enquanto os conservadores
se manifestavam por um Executivo forte.
- O segundo reinado foi marcado por mudanças
profundas na economia e na sociedade. O Brasil
passou por um processo de modernização.
- O reinado se manteve em paz até a Guerra do Paraguai. (1864 e 1870)
- Da regência ao Segundo Reinado
- 1835 – Regência Trina foi substituída pela
Regência Una, assumida por Feijó
- Após o estouro de rebeliões por todo país, Feijó
perdeu o apoio até mesmo de seus aliados.
- 19 de setembro de 1837 – renunciou o cargo
- Araújo Lima que o substituiu inaugurou
um período denominado Regresso.*
- 1840 – Araújo Lima declarou a Lei Interpretativa do Ato Adicional. *
- Retratos do jovem imperador foram
utilizados para valorizar o trono e sua figura
- Para o governo era necessário uma medida
urgente para reforçar o poder do Império
- Liberais propuseram antecipar a
maioridade de D.Pedro (14 anos).
- 15 de abril de 1840 – Criação do Clube da Maioridade
- Requerimento assinado por 18 senadores e 40 deputados
foi entregue a D.Pedro pedindo q assumisse o governo.
- 23 de julho de 1840 – D.Pedro foi aclamado
imperador do Brasil (Segundo Reinado)