Zusammenfassung der Ressource
Teníase e Cisticercose
- Transmissão:
- O hospedeiro definitivo (ser humano) infecta-se
ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal
cozida, infectada respectivamente pelo cisticerco
de cada espécie de Taenia.
- 1) Transmissão:
- A cisticercose humana é adquirida pela
ingestão acidental de ovos viáveis da T.
solium que foram eliminados nas fezes de
portadores de teníase. Os mecanismos de
infecção humana são.
- Autofecundação
Externa:
- Ocorre em portadores de T.solium quando eliminam
proglotes e ovos de sua própria tênia levado-os à
boca pelas mãos contaminadas oupela ceprofagia
(observado principalmente em condições precárias
de higiene e em pacientes com distúrbios
psiquiátricos).
- Autofecundação Interna:
- Poderá ocorrer durante vômitos ou movimentos
retroperistálticos do intestino, possibilitando
presença de proglotes grávidas ou ovos de T.
solium. no estômago.
- Heteroinfecção:
- Ocorre quando os humanos
ingerem alimentos ou água
contaminados com os ovos de
T.solium disseminados no
ambiente através das dejeções
de outro indivíduo.
- 2) Ciclo Biológico:
- Ao se alimentar de carnes crúas ou mal passadas, o
homem pode ingerir cisticercos (larvas de tênia). No
intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e
origina a tênia adulta. Proglotes maduros, contendo
testículos e ovários reproduzem-se entre si e originam
proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas
desprendem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são
liberados durante ou após as evacuações.
- No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é
esférico, mede cerca de 30cm de diâmetro, possui
6 pequenos ganchos e é conhecido como
oncoesfera. Espalha-se pelo meio e podem ser
ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
- No intestino do animal, os ovos penetram no
revestimento intestinal e alcançam o sangue.
Atingem principalmente a musculatura
sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.
Cada ovo se transforma em uma larva, uma Tênia
em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho
lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa
larva contém escólex e um curto pescoço, tudo
envolto por uma vesícula protetora.
- Por altoinfecção, os ovos passam para a
corrente sanguínea e desenvolvem-se em
cisticercos (larvas) em tecidos humanos,
causando a doença. A cisticercose pode ser
fatal.
- Habitat:
- Tanto a T.solium como a T.saginata, na fase adulta ou
reprodutiva, vivem no intestino delgado humano, já o cisticerco
da T.solium é encontrado no tecido subcutâneo, muscular,
cardíaco, cerebral e nos olhos de suínos e, acidentalmente, nos
olhos de humanos e cães. O cisticerco da T.saginata é
encontrado nos tecidos dos bovinos.
- 3) Morfologia:
- T.solium
- Escólex - ovóide, de dimensão
reduzida (0.6mm a 1mm de
diâmetro), com quatro ventosas e
dupla coroa de acúleos inseridos em
um rostro situado entre as ventosas.
- Proglotes Grávidas - Menos de 15
ramificações uterinas, possui
ramificações dendríticas.
- Estróbilo - Inicia-se logo após o colo
observando-se diferenciação tissular que
permite o reconhecimento do órgão interno.
- Semelhante!
- Rostelo - Possui um situado
entre as ventosas, este, possui
diversos acúleos.
- Proglotes Maduras - massas testiculares,
pequenas e numerosas encontram-se
disseminadas no seio do parênquima medular.
Na T.solium seu número varia de 150 a 200.
- T.saginata
- Escólex - Um pouco maior (1.5mm a
2mm de diâmetro), estão presentes
as quatro ventosas, faltando-lhes
apenas os acúleos.
- Proglotes Grávitas - Mais de 15
ramificações uterinas, possui
ramificações dicotômicas
- Estróbilo - Inicia-se logo após o colo
observando-se diferenciação tissular que
permite o reconhecimento do órgão interno.
- Rostelo - Não possui rostelo e
sua escólex é quadrada.
- Proglotes Maduras - Mesma coisa que a
T-solium, com a diferença no valor entre
300 e 400.
- 4) Formas de vida:
- Adulto - Intestino delgado humano.
- Cisticerco - No tecido humano.
- Ovo (oncosfera) - Vida livre, no solo.
- 5) Patologia - Sinais e Sintomas:
- T.solium ou T.saginata
- Tonturas, astenia, apetite
excessivo, náuseas, vômitos,
alargamento do abdômen e
perda de peso.
- Cisticercose
- SNC: crises epilépticas, síndrome de
hipertensão intracraniana, cefaleias,
meningite cisticercótica, distúrbios
psiquiátricos, forma apoplética ou
endarterítica e sindrome medular.
- 7) Resposta Imunológica:
- Resposta imune
dependente de: quantidade
e viabilidade de cisticercos,
localização e reação imune
do hospedeiro.
- A tênia tem recursos de sobrevivência e resistência ao hospedeiro. Durante a primeira infecção o
corpo não desenvolve a tempo uma resposta eficaz, fazendo com que o verme possa se implantar
e se tornar adulto, capaz de resistir aos ataques do sistema imunológico.
- A resposta imune impede a implantação de uma nova larva, pois esta ainda não possui essa capacidade e recursos de proteção
- As múltiplas infecções podem ocorrer em casos de ingestão de mais de um cisticerco de uma vez, ou em
indivíduos imunologicamente suprimidos, incapazes de desenvolver uma resposta que combata a
implantação de cisticerco.
- A patogenia ocorre pelos fenômenos tóxicos e alérgicos, que geram inflamação da mucosa (IgE).
- inflamação crônica, formação de granuloma, calcificação, compressão dos tecidos adjacentes, processos
toxêmicos e isquêmicos.
- 8) Diagnóstico:
- Clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria dos casos de
Teníase é oligossintomático, o diagnóstico comumente é feito pela
observação do paciente ou, quando crianças, pelos familiares. Isso
ocorre porque os proglotes são eliminados espontaneamente e
nem sempre são detectados nos exames parasitológicos de fezes.
Em geral, para se fazer o diagnóstico da espécie, coleta-se material
da região anal e, através do microscópio, diferencia-se
morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas. Os
estudos sorológicos específicos (fixação do complemento,
imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e líquido
cefalorraquiano confirmam o diagnóstico da neurocisticercose,
cuja suspeita decorre de exames de imagem: raios X (identifica
apenas cisticercos calcificados), tomografia computadorizada e
ressonância nuclear magnética (identificam cisticercos em várias
fases de desenvolvimento). A biopsia de tecidos, quando realizada,
possibilita a identificação microscópica da larva.
- 9) Prevenção:
- Trabalho educativo para a população - Uma das
medidas mais eficazes no controle da
Teníase/Cisticercose é a promoção de extenso e
permanente trabalho educativo nas escolas e
comunidades. A aplicação pratica dos princípios
básicos de higiene pessoal e o conhecimento dos
principais meios de contaminação constituem
medidas importantes de profilaxia. O trabalho
educativo voltado para a população deve visar à
conscientização, ou seja, a substituição de hábitos e
costumes inadequados e a adoção de outros que
evitem as infecções.
- Bloqueio de foco do complexo
Teníase/Cisticercose - O foco do complexo
Teníase/Cisticercose pode ser definido como
sendo a unidade habitacional com, pelo
menos: indivíduo com sorologia positiva para
Cisticercose; indivíduo com Teníase; indivíduo
eliminando proglotes; indivíduo com sintomas
neurológicos suspeitos de Cisticercose;
animais com Cisticercose (suína/bovina).
Serão incluídos no mesmo foco outros
núcleos familiares que tiveram contato de
risco de contaminação. Uma vez identificado
o foco, os indivíduos deverão receber
tratamento com medicamento especifico.
- Inspeção sanitária da carne - Essa medida visa
reduzir, ao menor nível possível, a
comercialização ou o consumo de carne
contaminada por cisticercos e orientar o
produtor sobre as medidas de aproveitamento
da carcaça (salga, congelamento, graxaria, em
acordo com a intensidade da infecção),
reduzindo perdas financeiras e dando segurança
para o consumidor.
- Fiscalização de produtos de origem
vegetal - A irrigação de hortas e pomares
com água de rios e córregos, que recebam
esgoto ou outras fontes de águas
contaminadas, deve ser coibida pela
rigorosa fiscalização, evitando a
comercialização ou o uso de vegetais
contaminados por ovos de Taenia.
- Cuidados na suinocultura -
Impedir o acesso do suíno às
fezes.
- Isolamento - Para os indivíduos com
Cisticercose e/ou portadores de Teníase,
não ha necessidade de isolamento. Para
os portadores de Teníase, entretanto,
recomenda-se medidas para evitar a sua
propagação: tratamento específico,
higiene pessoal adequada e eliminação
de material fecal em local adequado.
- Desinfecção concorrente - É
desnecessária, porem é importante o
controle ambiental pela deposição
correta dos dejetos (saneamento
básico) e pelo rigoroso hábito de
higiene (lavagem das mãos após
evacuações, principalmente).