Zusammenfassung der Ressource
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
- Ou envenenamento
- É resultado da contaminação de um ser vivo por um produto químico;
- GRUPOS DE AGENTES QUE CAUSAM INTOXICAÇÕES
E SUAS CARACTERÍSTICAS
- Medicamentos: Tipo mais freqüente de
intoxicação em todo o mundo,
- Domissanitários: Produtos de composição e toxicidade variada, responsável por
muitos envenenamentos.
- Saneantes são substâncias ou preparações
destinadas à higienização, desinfecção ou
desinfestação domiciliar.
- Inseticidas de uso Doméstico: São pouco tóxicos quando usados de
forma adequada. Podem causar alergias e envenenamento,
- Pesticidas de Uso Agrícola: São as
principais causas de registro de óbitos
no Brasil, principalmente pelo uso
inadequado e nas tentativas de
suicídio.
- Raticidas: No Brasil, só estão autorizados os
raticidas à base de anticoagulantes
cumarínicos. São grânulos ou iscas, pouco
tóxicos e mais eficazes que os clandestinos,
porque matam o rato, eliminam as colônias.
A utilização de produtos altamente tóxicos,
proibidos para o uso doméstico tem
provocado envenenamentos graves e óbitos.
- Dentro destes produtos, podemos encontrar agentes em vários estados físicos,
como gases, líquidos e sólidos, diferentes composições químicas e usos;
- CARBAMATOS – “CHUMBINHO”
- Fabricado como agrotóxico é usado como raticida clandestinamente.
- Composição: Aldicarb. São encontradas
misturas e falsificações.
- Toxicologia: Bloqueia a enzima acetilcolinesterase,
com acúmulo de acetilcolina nas sinapses.
- Exposição: Acidental e Intencional (tentativas de suicídio e
homicídio).
- A principal via de exposição é a oral.
- Quadro Clínico: Síndrome colinérgica - sintomas neurológicos
indicam gravidade.
- Sinais e sintomas mais freqüentes: Miose, fasciculações, tremores, sudorese, sialorréia, náuseas, vômitos,
broncorréia, dispnéia, insuficiência respiratória, ansiedade, fraqueza, hipotensão, taquicardia, desorientação,
torpor, agitação, hipertensão, bradicardia, diarréia, dor abdominal, coma, cianose e hipotermia.
- Laboratório: Colinesterase sérica ou
eritrocitária.
- TRATAMENTO
- Tratamento Geral:
- Descontaminação cutânea,
- Liberar vias aéreas: aspiração, oxigênioterapia, ventilação
mecânica;
- Hidratação parenteral;
- Controle de convulsões (Diazepam);
- Descontaminação digestiva: lavagem gástrica,
carvão ativado: até 4 doses. A 1ª logo após a
lavagem e 3 subsequentes, 1 a cada 4 horas.
- Tratamento específico
- ANTAGONISTA: Atropina 0,25mg EV.
- Indicação: Broncorréia ou bradicardia
severa (Casos moderados e graves);
- Dose: Bolus - Adulto 1 a 2 mg. Crianças
0,01 a 0,05 mg/Kg;
- Freqüência: cada 10 a 15 min (3 a 4 vezes);
Se necessário, infusão contínua - Solução
Padrão: 20 ampolas em 250 ml de SF ou
SG; Infundir 1 a 4 ml/Kg/h ou 1 a 4
microgotas/Kg/minuto;
- Dificuldade/limites: Cianose,
taquicardia e hipertensão.
- Animais Peçonhentos:
- Conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações clínicas ou laboratoriais
- Que revelam o desequilíbrio
orgânico produzido pela
interação de um ou mais
agentes tóxicos com o sistema
biológico
- AGENTE TÓXICO:
substância química, quase
sempre de origem
antropogênica
- Capaz de causar dano ao sistema biológico, alterando uma
ou mais funções, podendo provocar a morte (sob certas
condições de exposição).
- De modo geral, a intensidade da ação do
agente tóxico será proporcional à concentração
e ao tempo de exposição.
- Para que haja ocorrência do
envenenamento são necessários três
fatores:
- VÍTIMA EM POTENCIAL
- GRUPOS DE ALTO RISCO
- Grupos de alto risco: Crianças menores de
05 anos, idosos, alguns trabalhadores,
deficientes e doentes mentais, analfabetos,
portadores de doenças agudas ou crônicas
e os animais.
- SUBSTÂNCIA
- São capazes de provocar a morte ou danos à saúde humana se
ingeridas, inaladas ou por contato com a pele, mesmo em
pequenas quantidades.
- Devido á sua Toxicidade
- Capacidade de uma substancia produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo
- Fatores que interferem na toxicidade:
- Dose, via de contato, distribuição no tempo, fatores relativos às substâncias (composição química,
quantidade e concentração, duração de exposição, solubilidade, estado de dispersão, etc) e fatores relativos
ao organismo (idade, sexo, gravidez, idiossincrasia, hábito, tolerância, etc.)
- SITUAÇÃO
DESFAVORÁVEL
- Etiologia das intoxicações - alguns exemplos:
- 1. Acidental: medicamentos e domissanitários em
crianças. Animais peçonhentos em adultos;
- 2. Iatrogênica: alergias, superdosagem -AAS, xaropes;
- 3. Ocupacional: animais peçonhentos, agrotóxicos, produtos industriais;
- 4. Suicida: medicamentos, agrotóxicos, raticidas;
- 5. Violência: homicídios e maus tratos;
- 6. Endêmica – água, ar e alimentos:
metais, poeiras, resíduos;
- 7. Social: Toxicomanias: tabaco, álcool, maconha, cocaína, crack;
- 8. Genética: falhas genéticas, déficits enzimáticos;
- 9. Esportivas: doping;
- 10..Ambiental: gases e vapores
industriais, transporte de cargas
químicas, contaminações da água e
alimentos.
- Ciência que estuda a natureza e o mecanismo
das lesões toxicas nos organismos vivos
expostos aos venenos
- Veneno
- Toda substância que incorporada ao organismo vivo, produz por sua natureza,
sem atuar mecanicamente, e em determinadas concentrações, alterações da
físico-química celular, transitórias ou definitivas, incompatíveis com a saúde
ou a vida.
- FASES DA TOXICOLOGIA
- Fins primitivos e homicidas: arsênico, cianeto, estricnina, etc;
- Descoberta dos tóxicos na natureza:
alimentos, plantas e animais;
- Toxicologia Moderna: Intoxicações profissionais,
alimentares, iatrogênicas, etc.
- Busca o conhecimento das manifestações produzidas
pelos venenos no organismo e tudo que se relaciona aos
mesmos.
- DE FORMA MULTIDISCIPLINAR
- PROGRAMAS DE TOXICOVIGILANCIA
- Centros Antiveneno têm como missão e responsabilidade o controle, a
prevenção, o diagnóstico e o tratamento das intoxicações exógenas, e para
isto devem desenvolver ações de toxicovigilância permanentes.
- AÇÕES DE TOXICOVIGILÂNCIA
- 1. Identificação de problemas: estudos epidemiológicos,
avaliação de riscos;
- 2. Medidas de controle dos produtos: proibição, restrição, uso controlado;
- 3. Desenvolvimento de ações conjuntas com órgãos de
Saúde, Vigilância e Meio Ambiente públicos e privados,
Justiça, Órgãos de Classe, etc.;
- 4. Capacitação de profissionais em Toxicologia;
- 5. Conscientização da população:
campanhas educativas, divulgação das
medidas de prevenção e controle.
- ·Diagnóstico
- 1. Exposição a um veneno conhecido;
- 2. Exposição a alguma substância desconhecida que pode ser veneno;
- 3. Agravo de causa desconhecida, onde o envenenamento deve ser considerado para o diagnóstico diferencial;
- a) Investigação: história da exposição e manifestações, roupas, recipientes,
possível exposição;
- b) Informações: manifestação inesperada de doença, passagem brusca de
estado de saúde para intensos distúrbios;
- c) Relacionar quadros obscuros: ambiente, situações, profissões;
- d) Aparecimento simultâneo em várias pessoas;
- e) Achados clínicos de
envenenamento;
- f) Amostras:
conteúdo gástrico,
urina e sangue.
- CONDUTAS DE ENFERMAGEM
- Parcela importante dos atendimentos realizados nos serviços de emergência.
- Vítimas de envenenamentos agudos causados por variados grupos de
agentes tóxicos
- Os Raticidas vêm assumindo posição crescente nas
estatísticas, particularmente nos últimos anos. Esses
envenenamentos, na sua maioria, são causados por produtos
convencionalmente chamados de “raticidas clandestinos”,
fabricados ilegalmente a partir de vários agrotóxicos e outros
produtos químicos que, no mercado informal, recebem nomes
populares como “Chumbinho”, “Mil Gatos”, “Última Ceia”, “Pingo de
Ouro”, dentre outros, e são responsáveis por muitos casos
graves com elevado percentual de óbitos.
- O envenenamento agudo se caracteriza pelo
acometimento de mal súbito e em geral
exige hospitalização da vítima, gerando
grande carga emocional associada ao
sofrimento físico.
- Estabelecer desde o
momento da admissão
uma relação de confiança
é a melhor conduta para
um bom atendimento ao
paciente intoxicado
- Medidas prioritárias deverão estar voltadas para o suporte de vida
- E consistem inicialmente da avaliação rápida e eficiente das funções vitais e
quando necessário, de medidas de ressuscitação simultâneas, para
posteriormente uma avaliação secundária mais detalhada.
- Manutenção das funções vitais:
procedimento básico inicial
visando identificar situação de
risco à vida do paciente e com
a finalidade de restabelecer a
sua normalidade.
- Verificação dos Sinais Vitais:
procedimento que indica se o paciente
apresenta distúrbios que
representem risco iminente de vida,
para que possam ser corrigidos:
- Freqüência respiratória (FR)
- Freqüência cardíaca (FC)
- Pressão Arterial (PA)
- Temperatura (T)