Zusammenfassung der Ressource
TEORIA DA DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL
- PRECISA DE
REVISÃO, POIS:
- EXPLICAÇÕES SOCIOLÓGICAS
- ELABORAÇÕES UM
TANTO SIMPLISTAS,
QUE NÃO
PROGREDIRAM MUITO
ALÉM DO
QUESTIONAMENTO DE
QUE:
- PESSOAS
SEMELHANTES:
- GOSTAM DE
VIVER PRÓXIMAS
UMAS ÀS
OUTRAS
- OU SIMPLESMENTE
VIVEM PRÓXIMAS
UMAS ÀS OUTRAS?
- A COMPLEXIDADE DAS
SUAS
CONSIDERAÇÕES
DERIVAM DA
DIFICULDADE DE::
- DEFINIÇÃO DE
"SEMELHANTE"
- E DE DEMONSTRAR
SE AS PESSOAS
SÃO SIMILARES
PORQUE ELAS
VIVEM PRÓXIMAS
UMAS ÀS OUTRAS
OU SE VIVEM
PRÓXIMAS PORQUE
SÃO SEMELHANTES
- EXPLICAÇÕES
CONSTRUÍDAS FORA DA
TEORIA ECONÔMICA
NEOCLÁSSICA NÃO SÃO
MENOS SIMPLISTAS
NISSO, POIS BASEAM-SE:
- E NO COMPORTAMENTO
DE MAXIMIZAÇÃO DA
UTILIDADE POR PARTE
DE INDIVÍDUOS QUE,
QUANDO EXPRESSOS
NO CONTEXTO DO
MERCADO, PRODUZEM
DIFERENCIAÇÃO
RESIDENCIAL
- NA SOBERANIA
DO
CONSUMIDOR
- O PROBLEMA RESIDE
EM ESPECIFICAR AS
RELAÇÕES
NECESSÁRIAS ENTRE:
- ESTRUTURA
SOCIAL, EM
GERAL
- E AS
DIFERENCIAÇÕES
RESIDENCIAIS,
EM PARTICULAR
- A MAIORIA DAS TENTATIVAS PARA INTEGRAR A
TEORIA SOCIAL E A TEORIA DA DIFERENCIAÇÃO
RESIDENCIAL TÊM PRODUZIDO, DE FATO, "NÃO UMA
ÚNICA TEORIA INTEGRADA, CONECTANDO A
DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL AO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL, MAS SIM, DUAS
TEORIAS BEM DIFERENTES, QUE SÃO
ACIDENTALMENTE ARTICULADAS NA MEDIDA EM
QUE COMPARTILHAM OS MESMOS MÉTODOS
OPERACIONAIS."
- A TEORIA DA
DIFERENCIAÇÃO
RESIDENCIAL RARAMENTE
FOI SUBMETIDA A UMA
ANÁLISE DA PERSPECTIVA
MARXISTA
- O MÉTODO MARXISTA, NO ENTANTO,
FUNDADO NA FILOSOFIA DAS RELAÇÕES
INTERNAS (OLLMAN 1971), É MODELADO
PRECISAMENTE PARA FORNECER UMA
METODOLOGIA COERENTE PARA
RELACIONAR PARTES AOS TODOS E OS
TODOS ÀS PARTES (...) ENXERGAR AS
COISAS DE MANEIRA RELACIONAL, SOB
A FINALIDADE DE QUE A INTEGRIDADE
DA RELAÇÃO ENTRE O TODO E A PARTE
SEMPRE FOSSE MANTIDA.
- RELAÇÃO ENTRE
DIFERENCIAÇÃO
RESIDENCIAL &
ESTRUTURA SOCIAL
- ANÁLISE DAS FORÇAS
CRIADORAS DA ESTRUTURA
DE CLASSES NA SOCIEDADE
CAPITALISTA AVANÇADA
- CLASSES E ESTRUTURA DE CLASSES
- UM PRINCÍPIO CENTRAL DO MÉTODO HISTÓRICO E MATERIALISTA DE MARX É
QUE UM CONCEITO COMO "CLASSE" PODE TER UM SIGNIFICADO APENAS EM
RELAÇÃO AO CONTEXTO HISTÓRICO EM QUE DEVE SER APLICADO. A TEORIA
DAS CLASSES NÃO É, PORTANTO, UMA QUESTÃO DE IDENTIFICAR UM
CONJUNTO FIXO DE CATEGORIAS QUE DEVERIAM SE APLICAR A TODOS OS
TEMPOS E LUGARES. A VISÃO RELACIONAL DE CLASSE ADOTADA POR MARX
CONCENTRA NOSSA ATENÇÃO NAS FORÇAS DA "ESTRUTURAÇÃO DE CLASSE"
QUE MOLDAM AS CONFIGURAÇÕES REAIS DE CLASSE
- MARX ARGUMENTA QUE A RELAÇÃO SOCIAL BÁSICA DENTRO DO CAPITALISMO
É UMA RELAÇÃO DE PODER ENTRE CAPITAL E TRABALHO. ESSA RELAÇÃO DE
PODER É EXPRESSA DIRETAMENTE ATRAVÉS DE UM MODO DE MERCADO DE
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA. (...) A FORÇA DE TRABALHO DEVE ASSUMIR UM
CARÁTER DE MERCADORIA, O QUE SIGNIFICA QUE PODE SER "LIVREMENTE"
COMPRADA E VENDIDA NO MERCADO E QUE O TRABALHADOR TEM DIREITOS
LEGAIS SOBRE A DISPOSIÇÃO DE SEU TRABALHO. A PROPRIEDADE E O
CONTROLE SOBRE OS MEIOS DE PRODUÇÃO CONFEREM AO CAPITAL SEU
PODER SOBRE O TRABALHO, UMA VEZ QUE O TRABALHADOR PRECISA
TRABALHAR PARA VIVER E O EMPREGADOR DETÉM O CONTROLE SOBRE OS
MEIOS DE TRABALHO.
- FORÇA PRIMÁRIA DA ESTRUTURAÇÃO DE CLASSES:
A RELAÇÃO DE PODER ENTRE CAPITAL E TRABALHO
- FORÇAS SECUNDÁRIAS DA ESTRUTURAÇÃO DE
CLASSES:: FORÇAS RESIDUAIS E FORÇAS DERIVADAS
- FORÇAS RESIDUAIS: DERIVAM DE ALGUM
MODO HISTORICAMENTE ANTERIOR DE
PRODUÇÃO OU A PARTIR DO CONTATO
GEOGRÁFICO ENTRE UM MODO DE
PRODUÇÃO DOMINANTE E UM
SUBORDINADO. ELEMENTOS RESIDUAIS
PODEM DESAPARECER COM O TEMPO OU
SER TÃO TRANSFORMADOS QUE SE
TORNAM QUASE IRRECONHECÍVEIS. MAS
ELES TAMBÉM PODEM PERSISTIR. E, NA
MEDIDA EM QUE OS RESÍDUOS
TRANSFORMADOS SE INCORPORAM À
ESTRUTURA SOCIAL DAS SOCIEDADES
CAPITALISTAS AVANÇADAS, AJUDAM A
EXPLICAR A EXISTÊNCIA DE CLASSES DE
TRANSIÇÃO
- FORÇAS DERIVADAS: AS OUTRAS FORÇAS
DA ESTRUTURAÇÃO DE CLASSE DERIVAM
DA DINÂMICA DA SOCIEDADE CAPITALISTA.
SURGEM DEVIDO ÀS NECESSIDADES
GERADAS PELA NECESSIDADE DE
PRESERVAR OS PROCESSOS DE
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL POR MEIO DE
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E MUDANÇAS NA
ORGANIZAÇÃO SOCIAL, CONSUMO E
SIMILARES. PODEMOS IDENTIFICAR CINCO
DESSAS FORÇAS:
- A) A DIVISÃO DO
TRABALHO E
ESPECIALIZAÇÃO DE
FUNÇÃO
- A EXPANSÃO DA
PRODUÇÃO REQUER
MELHORIAS NA
PRODUTIVIDADE DO
TRABALHO E NAS
FORMAS DE
ORGANIZAÇÃO
INDUSTRIAL,
COMUNICAÇÃO, TROCA E
DISTRIBUIÇÃO. ESSAS
MELHORIAS
GERALMENTE SIGNIFICAM
UMA CRESCENTE DIVISÃO
DO TRABALHO E
ESPECIALIZAÇÃO DA
FUNÇÃO. À MEDIDA QUE
A BASE TÉCNICA E
ORGANIZACIONAL DA
SOCIEDADE MUDA,
TAMBÉM DEVE HAVER
MUDANÇAS
CONCOMITANTES NAS
RELAÇÕES SOCIAIS QUE
CRIAM O POTENCIAL DE
DIFERENCIAÇÃO SOCIAL.
A DIVISÃO DO TRABALHO
E A ESPECIALIZAÇÃO DA
FUNÇÃO PODEM
FRAGMENTAR O
PROLETARIADO E A
CLASSE CAPITALISTA EM
ESTRATOS DISTINTOS.
- B) CLASSES DE
CONSUMO OU
AGRUPAMENTOS
DISTRIBUTIVOS
- O PROGRESSO DA
ACUMULAÇÃO CAPITALISTA
PODE SER INIBIDO PELA
FALTA DE UMA DEMANDA
EFETIVA POR SEUS
PRODUTOS MATERIAIS.
MARX (GRUNDNSSE,
401-23) ARGUMENTA QUE A
CRIAÇÃO DE NOVOS
MODOS DE CONSUMO E
DE NOVOS DESEJOS E
NECESSIDADES SOCIAIS É
ESSENCIAL PARA A
SOBREVIVÊNCIA DO
CAPITALISMO - CASO
CONTRÁRIO, A
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL
ENFRENTA UMA BARREIRA
INPENETRÁVEL DA
DEMANDA FIXA, O QUE
SIGNIFICA
SUPERPRODUÇÃO E CRISE.
MALTHUS NÃO APENAS
SUGERE QUE
MECANISMOS ESPECÍFICOS
PRECISAM SER
EMPREGADOS PARA
ESTIMULAR O CONSUMO,
MAS QUE CERTAS
CLASSES DE CONSUMO
DEVEM EXISTIR PARA
GARANTIR O CONSUMO
SUSTENTADO. NESSE CASO,
A DIFERENCIAÇÃO SOCIAL
SURGE NA ESFERA DO
CONSUMO.
- C) RELAÇÕES DE
AUTORIDADE
- AS INSTITUIÇÕES NÃO
MERCADOLÓGICAS DA
SOCIEDADE DEVEM SER
ORDENADAS DE MODO A
SUSTENTAR A RELAÇÃO
DE PODER ENTRE CAPITAL
E TRABALHO E SERVIR
PARA ORGANIZAR A
PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO. MARX
ARGUMENTA, POR
EXEMPLO, QUE A
ATIVIDADE COOPERATIVA
NA PRODUÇÃO REQUER
UMA "AUTORIDADE
DIRETIVA". PARA A
ECONOMIA COMO UM
TODO, ESSAS FUNÇÕES
GERENCIAIS ESTÃO EM
GRANDE PARTE NA
ESFERA DA ATIVIDADE
ESTATAL. EM GERAL, A
ESTRUTURA DAS
RELAÇÕES DE
AUTORIDADE É COERENTE
COM AS NECESSIDADES
IMPOSTAS PELA DINÂMICA
DE ACUMULAÇÃO DENTRO
DE UM SISTEMA SOCIAL
ORGANIZADO AO LONGO
DAS LINHAS CAPITALISTAS.
A ESTRUTURA DAS
RELAÇÕES DE
AUTORIDADE PODE,
PORTANTO, FORNECER
UMA BASE PARA
DIFERENCIAÇÃO SOCIAL
DENTRO DA POPULAÇÃO.
- D) CONSCIÊNCIA
DE CLASSE E
IDEOLOGIA
- MARX ARGUMENTA QUE UMA
CLASSE SÓ SE TORNARÁ UM
AGREGADO OBSERVÁVEL DE
INDIVÍDUOS QUANDO ENTERRAR
TODAS AS DIFERENÇAS DENTRO
DELA E TORNAR-SE
CONSCIENTE DE SUA
IDENTIDADE DE CLASSE NA
LUTA ENTRE CAPITAL E
TRABALHO. CRIADA. HÁ, POR
ASSIM DIZER, UMA LUTA PELA
MENTE DO TRABALHO ENTRE,
POR UM LADO, UMA
CONSCIÊNCIA DE CLASSE
POLÍTICA VOLTADA PARA A
TRANSCENDÊNCIA DA RELAÇÃO
CAPITAL-TRABALHO E, POR
OUTRO LADO, SUSTOS DE
CONSCIÊNCIA SOCIAL QUE
PERMITEM DIFERENCIAÇÕES
SOCIAIS CONSISTENTES COM A
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL E A
PERPETUAÇÃO DA RELAÇÃO
CAPITAL-TRABALHO. A CULTURA
DE MASSA, OU O QUE
MARCUSE CHAMA DE "CULTURA
AFIRMATIVA", TEM A FUNÇÃO DE
DESPOLITIZAR AS MASSAS, EM
VEZ DE ESCLARECÊ-LAS
QUANTO À VERDADEIRA FONTE
DE ALIENAÇÃO NA SOCIEDADE
- E) CHANCES DE
MOBILIDADE
- RESTRIÇÕES E BARREIRAS ÀS
CHANCES DE MOBILIDADE DÃO
ORIGEM A DIFERENÇAS SOCIAIS.
NA MEDIDA EM QUE GRUPOS
PROFISSIONAIS, POR EXEMPLO,
TENHAM MELHOR ACESSO À
AQUISIÇÃO DE CAPACIDADE DE
MERCADO PARA SEUS FILHOS,
UMA "CLASSE" PROFISSIONAL
PODE TORNAR-SE
AUTOPERPETUADA. UMA VEZ QUE
A MOBILIDADE INTERGERACIONAL
É LIMITADA, AS DISTINÇÕES
SOCIAIS TORNAM-SE
CARACTERÍSTICAS RELATIVAMENTE
FIXAS NO CENÁRIO SOCIAL E
FORNECEM A POSSIBILIDADE DE
CRISTALIZAÇÃO DA
DIFERENCIAÇÃO SOCIAL NA
POPULAÇÃO COMO UM TODO.
- DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL E A ORDEM SOCIAL
- A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL EM UMA ESCALA
PROGRESSIVAMENTE CRESCENTE COLOCOU EM
MOVIMENTO UM PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
DISTINTO E EM RÁPIDA ACELERAÇÃO. HOUVE UMA
FRAGMENTAÇÃO PARALELA DA ESTRUTURA SOCIAL
À MEDIDA QUE AS FORÇAS PRIMÁRIAS, RESIDUAIS E
DERIVADAS DA DIFERENCIAÇÃO SOCIAL
INTERAGIRAM AO LONGO DE UM SÉCULO OU MAIS.
QUATRO HIPÓTESES BÁSICAS PARA CONECTAR A
DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL À ESTRUTURA SOCIAL
PODEM SER ENUMERADAS:
- 1. A DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL DEVE SER
INTERPRETADA EM TERMOS DA REPRODUÇÃO DAS
RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE CAPITALISTA.
- 2. AS ÁREAS RESIDENCIAIS (BAIRROS, COMUNIDADES)
FORNECEM MEIOS DISTINTOS PARA A INTERAÇÃO
SOCIAL, A PARTIR DA QUAL OS INDIVÍDUOS DERIVAM,
EM UM GRAU CONSIDERÁVEL, SEUS VALORES,
EXPECTATIVAS, HÁBITOS DE CONSUMO, CAPACIDADES
DE MERCADO E ESTADOS DE CONSCIÊNCIA.
- 3. A FRAGMENTAÇÃO DE GRANDES CONCENTRAÇÕES
POPULACIONAIS EM COMUNIDADES DISTINTAS SERVE
PARA FRAGMENTAR A CONSCIÊNCIA DE CLASSE NO
SENTIDO MARXISTA E, ASSIM, FRUSTRA A
TRANSFORMAÇÃO DO CAPITALISMO PARA O
SOCIALISMO ATRAVÉS DA LUTA DE CLASSES.
- 4. PADRÕES DE DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL REFLETEM E
INCORPORAM MUITAS DAS CONTRADIÇÕES NA
SOCIEDADE CAPITALISTA; OS PROCESSOS QUE OS CRIAM
E SUSTENTAM SÃO CONSEQUENTEMENTE OS LÓCUS DA
INSTABILIDADE E DA CONTRADIÇÃO.
- A DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL NA CIDADE
CAPITALISTA SIGNIFICA ACESSO DIFERENCIAL
AOS RECURSOS ESCASSOS NECESSÁRIOS PARA
ADQUIRIR CAPACIDADE DE MERCADO. POR
EXEMPLO, O ACESSO DIFERENCIAL ÀS
OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS - ENTENDIDAS
EM TERMOS AMPLOS COMO AS EXPERIÊNCIAS
DERIVADAS DA FAMÍLIA, VIZINHANÇA
GEOGRÁFICA E COMUNIDADE, SALA DE AULA E
MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA - FACILITA
A TRANSFERÊNCIA INTERGERACIONAL DA
CAPACIDADE DO MERCADO E GERALMENTE
LEVA À RESTRIÇÃO DAS CHANCES DE
MOBILIDADE. A COMUNIDADE É O LOCAL DE
REPRODUÇÃO EM QUE A FORÇA DE TRABALHO
ADEQUADA AO LOCAL DE PRODUÇÃO É
REPRODUZIDA.
- . SE PERGUNTARMOS DE ONDE VÊM OS VALORES
DAS PESSOAS E O QUE OS CRIA, É EVIDENTE QUE
A COMUNIDADE FORNECE UM AMBIENTE SOCIAL
A PARTIR DO QUAL SISTEMAS DE VALORES,
ASPIRAÇÕES E EXPECTATIVAS DISTINTAS PODEM
SER TRAÇADAS. A VIZINHANÇA É, POR ASSIM
DIZER, A PRINCIPAL FONTE DE EXPERIÊNCIAS DE
SOCIALIZAÇÃO. A REPRODUÇÃO DE TAIS
SISTEMAS DE VALORES FACILITA A REPRODUÇÃO
DE CLASSES DE CONSUMO E DE AGRUPAMENTOS
EM RELAÇÃO À DIVISÃO DO TRABALHO,
ENQUANTO TAMBÉM FUNCIONA PARA RESTRINGIR
AS CHANCES DE MOBILIDADE. A
HOMOGENEIZAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA
QUE ESSA RESTRIÇÃO PRODUZ REFORÇA A
TENDÊNCIA DE SURGIR GRUPOS SOCIAIS
RELATIVAMENTE PERMANENTES DENTRO DE UMA
ESTRUTURA RELATIVAMENTE PERMANENTE DE
DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL.
- A DIFERENCIAÇÃO RESIDENCIAL NESTA ÚLTIMA ESCALA
DESEMPENHA UM PAPEL VITAL NA PERPETUAÇÃO E
REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS ALIENANTES DA
SOCIEDADE CAPITALISTA. NO ENTANTO, NO PROCESSO DE
BUSCA DE ESTRATÉGIAS DE AUTOPERPETUAÇÃO, AS
FORÇAS DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA CRIAM SISTEMAS
DE VALORES, HÁBITOS DE CONSUMO, ESTADOS DE
CONSCIÊNCIA E CONSCIÊNCIA POLÍTICA, E ATÉ AMBIENTES
INTEIROS CONSTRUÍDOS, QUE, COM O PASSAR DO TEMPO,
INIBEM A EXPANSÃO DA ORDEM CAPITALISTA.
- EM VEZ DISSO, PORTANTO, DE
CONSIDERAR A DIFERENCIAÇÃO
RESIDENCIAL COMO O PRODUTO
PASSIVO DE UM SISTEMA DE
PREFERÊNCIAS BASEADO EM
RELAÇÕES SOCIAIS, DEVEMOS
VÊ-LO COMO UMA INFLUÊNCIA
MEDIADORA INTEGRAL NOS
PROCESSOS PELOS QUAIS AS
RELAÇÕES DE CLASSE E AS
DIFERENÇAS SOCIAIS SÃO
PRODUZIDAS E SUSTENTADAS.