Zusammenfassung der Ressource
Síndrome Diarreica em
Pediatria
- A diarreia pode ser definida pela
ocorrência de três ou mais
evacuações amolecidas ou
líquidas nas últimas 24h. A
diminuição da consistência
habitual das fezes é um dos
parâmetros mais considerados
- Redução da
mortalidade nas
últimas décadas
- Classificação
- Diarreia aguda
aquosa
- Pode durar até 14 dias e
determina perda de grande
de fluidos e pode causar
desidratação
- Diarreia aguda
com sangue
(disenteria)
- Caracterizada pela presença de
sangue nas fezes. Representa lesão
na mucosa intestinal
- Etiologia: bactérias do
gênero Shigella
- Diarreia
persistente
- Duração maior
que 14 dias
- Alto risco de
complicações e
elevada letalidade
- Quadro
clínico
- Início abrupto, presumivelmente infecciosa,
potencialmente autolimitada, aumento no
volume e/ou frequência de evacuações com
consequente aumento das perdas de água
e eletrólitos. Resolução em até 7 dias
- Avaliação do grau
de desidratação
- Percentual de
perda de peso é
considerado o
melhor indicador
da desidratação
- perda até 5% =
desidratação
leve
- perda entre 5-10%
= desidratação
moderada
- perda maior que
10% = desidratação
grave
- Anamnese
- Investigar: duração da diarreia, número
diário de evacuações, presença de sangue
nas fezes, número de episódios de
vômitos, práticas alimentares prévias e
vigentes
- Diarreia osmótica
- Fezes líquidas e volumosas, amareladas, com caráter explosivo
e com grande perda hidroeletrolítica. Os vômitos são frequentes
e precoces em 80-90% dos casos, precedendo a diarreia. A febre
é geralmente alta em metade dos casos
- Diarreia secretória
- Ativa
- Poucos sintomas sistêmicos, febre
ausente ou baixa e os vômitos surgem com
a desidratação (principal complicação pela
perda rápida de volume e eletrólitos)
- Passiva
- Febre, mal-estar, vômitos, dor abdominal do
tipo cólica, diarreia desintérica, com fezes
contendo sangue, muco e leucócitos
- Pacientes que podem
apresentar complicações
- idade inferior a 2 meses; doença de
base grave com DM, IR ou
Insuficiência hepática, doenças
crônicas, sinais de desidratação
- Exame
físico
- Avaliar estado de hidratação,
estado nutricional, estado de
alerta, capacidade de beber e
diurese
- Etiologia
- Deve ser investigada
em casos graves e
nos pacientes
hospitalizados
- Causas
infecciosas
- Vírus
- Rotavírus, coronavírus, adenovírus,
calicivírus e astrovírus
- Bactérias
- E. coli, Aeromonas,
Pleisiomonas, Salmonella,
Shigella, Campylobacter
jejuni, Vibrio cholerae,
Yersinia
- Parasitas
- Entamoeba hystolitica,
Giardia lamblia, Isosopora
- Fungos
- Candida
albicans
- Causas não
infecciosas
- Alergia ao leite de vaca,
deficiência de lactase,
apendicite, uso de
laxantes e antibióticos,
intoxicação por metais
pesados
- Tratamento
- Plano A
(tratamento
domiciliar)
- Prevenção de
desidratação
- Ingestão de líquido maior que o
habitual (água, soro caseiro, chá, sucos,
sopas, solução de reidratação oral)
- Manter alimentação habitual
- Sinais de gravidade:: não melhora em dois
dias, piora na diarreia, vômitos repetidos,
muita sede, recusa de alimentos, sangue
nas fezes, diminuição da diurese
- Administrar zinco uma
vez ao dia durante 10 a 14
dias
- Até seis meses de idade:
10mg/dia
- Maiores de seis meses de
idade: 20 mg/dia
- Quantidade de líquidos que devem ser
administrados/ingeridos após cada
evacuação diarreica
- Menores de 1 ano:
50-100mL
- De 1 a 10 anos: 100 -
200mL
- Maiores de 10 anos:
quantidade que o
paciente aceitar
- Plano B (Terapia de
reidratação oral no serviço
de saúde)
- Administrar solução de
reidratação oral (SRO)
- Quantidade de
solução ingerida
dependerá da sede
do paciente
- SRO deverá ser
administrado até que
desapareçam os sinais de
desidratação
- Se desaparecerem
sinais de
desidratação, plano
A
- Se continuar
desidratado ,
indicar sonda
nasogástrica
- Se o paciente
evoluir para
desidratação grave,
plano C
- Apenas como orientação inicial:
paciente deverá receber 50 a
100mL/kg para ser
administrado no período de
4-6h
- Plano C (Terapia de
reidratação parenteral)
- 2 fases
- Fase rápida -
expansão
- Fase de
manutenção
- Observar o paciente
por pelo menos 6h
- Indicações
- Desidratação
grave
- Contraindicação de hidratação
oral - íleo paralítico, abdômen
agudo, alterações do estado de
consciência ou convulsões
- Choque
hipovolêmico
- Sem melhora
com a TRO após
2h
- Manutenção da
alimentação
- Recomendar jejum durante o
período de reversão da
desidratação. Alimentação
deve ser reiniciada assim
que essa etapa for concluída
- Não interromper
aleitamento
materno exclusivo
- Zinco
- Faz parte da
estrutura de
várias enzimas.
Tem importante
papel na função e
no crescimento
celular. Atua
também no
sistema
imunológico
- Pode reduzir
a duração
do quadro
de diarreia
- Antibióticos
- Indicações
- Disenteria, cólera, infecção aguda
por Giardia, Entamoeba, AF e
imunossuprimidos
- Se infecção por
Shigella
- Ciprofloxacino
(primeira escolha)
- 15mg/kg, 2x ao
dia por 3 dias
- Azitromicina
(segunda escolha)
- Ceftriaxona - casos
graves que
requerem
hospitalização
- 50-100mg/kg EV
por 3-5 dias
- Se infecção por
giardia ou ameba,
Metronidazol
- Antiémeticos
- Utilizar
ondansetrona,
se benefício
- Probióticos
- Diminuem a
duração da diarreia
- Microorganismos
vivos
- Saccharomyces boulardii,
Lactobacillus GG, L reuteri, L
acidophhilus LB
- Racecadotrila
- Inibidor da
encefalinase
- Encefalina -
antissecretoras
- 1,5mg/kg de peso
corporal 3 x ao dia
- Fisiopatologia
- Movimento normal
de fluídos no TGI
- Absorção
- Transporte ativo de sódio
permite o transporte
passivo de água e cloro
- 83% ocorre no
intestino delgado
- Secreção
- Transporte ativo de cloro
que permite transporte
passivo de sódio e água
- Mecanismos
fisiopatológicos
- Diarreia osmótica
(induzida por dieta)
- Perda da
absorção de
nutrientes
- Doença
celíaca
- Presença de
solutos não
absorvíveis
- Uso de
laxantes
- Intolerância
a lactose
- Melhora
com o
jejum
- Diarreia secretória
(relacionada ao
transporte de
eletrólitos)
- ativa
(toxigênica)
- inibição do cotransporte de
Na/Cl e ativa a secreção de
cloreto para o lúmen intestinal
- Diarreia aquosa de
grande volume
- E. coli, Clostridium,
Staphylococcus aureus e
Vibrio cholerae
- passiva
(inflamatória)
- Destruição das superfícies
absortivas superfícies
absortivos das vilosidade
- Secreção de água e
eletrólitos pelas
células das criptas
- Disenteria
- Shigella,
Salmonella,
Entamoeba
- Não há
melhora
com jejum
- Diarreia motora
- Aumento da motilidade
intestinal -> tempo
reduzido para absorção de
eletrólitos
- Excesso de nutrientes não
absorvidos e redução da
absorção de fluidos
- Toddler's
diarrhea
- Diarreia funcional
em crianças
relacionada ao
consumo excessivo
de carboidratos
- Diarreia por ATB
- Perde-se o papel normal das bactérias da
microbiota colônica (fermentam carboidratos
da dieta não absorvidos, formando ácidos
graxos de cadeia curta que são absorvidos no
cólon junto com sódio e água)
- Diminuição de tais ácidos graxos
podem gerar diarreia (diminui
absorção de água no cólon)
- Ruptura da barreira
de defesa do
hospedeiro + ação
direta de agente
etiológico ou toxina
- Fatores de defesa do
hospedeiro: Microbiota
intestinal, pH, ácido
gástrico, peristaltismo
intestino e mucinas que
revestem a superfície
luminal dos enterócitos,
fatores antimicrobianos
(lisozimas e lactoferrina) e
o sistema imune entérico