Zusammenfassung der Ressource
Pancreatite
- Distúrbio inflamatório no pâncreas.
- Classificação
- Aguda
- Distúrbio inflamatório reversível que varia em relação à gravidade.
- De edema focal e necrose gordurosa a necrose hemorrágica difusa.
- Etiologia
- Cálculos biliares e o etilismo representam mais de 80% dos casos de pancreatite aguda.
- Álcool: aumento momentâneo da secreção pancreática exócrina e a contração do músculo do
esfíncter da ampola hepatopancreática, além de exercer efeitos tóxicos nas células acinares.
- A ingestão crônica de álcool: resulta na secreção de um fluido pancreático proteico, que leva
à deposição de tampões proteicos espessos e à obstrução dos ductos pancreáticos pequenos.
- Obstrução do ducto pancreático: cálculos biliares ou lama biliar bloqueiam o fluxo ductal,
aumentam a pressão intraductal e propiciam o acúmulo de um fluido intersticial. A lipase
é secretada na sua forma ativa, pode haver o surgimento de necrose gordurosa localizada.
- O edema compromete o fluxo sanguíneo local, causando
insuficiência vascular e lesão isquêmica às células acinares.
- Morfologia
- Extravasamento microvascular, causando edema.
- Necrose gordurosa.
- Reação inflamatória aguda.
- Destruição proteolítica do parênquima pancreático.
- Destruição dos vasos sanguíneos.
- Pseudocistos.
- Se estiverem infectados, formam-se abscessos pancreáticos.
- Geralmente são compostos por debris necróticos cercados por paredes
de tecido de granulação e fibroblastos, sem revestimento epitelial.
- Os pseudocistos geralmente são solitários; podem variar de 2cm a 30cm de diâmetro.
- Características Clínicas
- Dor abdominal.
- Gravidade de branda e desconfortável a grave e incapacitante.
- Diagnosticada pela presença de elevadas atividades plasmáticas de
amilase e lipase, e pela exclusão de outras causas de dor abdominal.
- Os achados laboratoriais incluem amilase sérica elevada durante as primeiras
24 horas, seguida (entre 72-96 horas) de crescentes atividades de lipase sérica.
- A hipocalcemia pode resultar da precipitação do cálcio em áreas de
necrose gordurosa; se persistente, é um sinal de mau prognóstico.
- O pâncreas inflamado aumentado pode ser visualizado por
tomográfica computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM).
- Tratamento
- Terapia de suporte e o "descanso" do pâncreas pela restrição total de alimentos e líquidos.
- Crônica
- Inflamação de longo prazo que leva à destruição irreversível do pâncreas exócrino.
- Eventual perda de células de Langerhans.
- Episódios recorrentes de pancreatite aguda, podem
evoluir ao longo do tempo para uma pancreatite crônica.
- Etiologia
- Etilismo abusivo por longos períodos.
- Causas menos comuns.
- Obstrução ductal.
- Pancreatite tropical.
- Pancreatite hereditária.
- Mutações CFTR.
- Pancreatite autoimune.
- Patogenia
- Obstrução ductal por concreções gerada pelo consumo de algumas substancias como o álcool.
- Efeito tóxico (álcool) direto sobre as células acinares, causando acúmulo de
lipídios, perda de células acinares e consequentemente fibrose parenquimal.
- Ativação inapropriada de enzimas pancreáticas devido a mutações.
- Estresse oxidativo induzido pelo álcool gerando radicais livres nas células acinares,
causando lesões à membrana e subsequente expressão de quimiocinas, como a
interleucina 8 (IL-8), que recruta células inflamatórias, fusão de lisossomos e grânulos
de zimogênio resultando em necrose das células acinares, inflamação e fibrose.
- Morfologia
- Fibrose parenquimatosa, redução do número e tamanho
dos ácinos e dilatação variável dos ductos pancreáticos.
- Relativo escasseamento das ilhotas de Langerhans.
- Perda dos ácinos.
- O epitélio ductal atrofiado ou hiperplásico, ou exibir metaplasia escamosa.
- Na avaliação microscópica, a glândula é rígida, algumas vezes
apresentando ductos extremamente dilatados e concreções visíveis.
- A pancreatite autoimune (PAI) é caracterizada pela infiltração expressiva do pâncreas
por linfócitos e plasmócitos, muitos dos quais são positivos para IgG4, acompanhada
por fibrose concêntrica e por venulite (pancreatite esclerosante linfoplasmocitária).
- A fibrose extensa e a atrofia deixaram apenas ilhotas residuais (à esquerda) e
ductos (à direita), com células inflamatórias crônicas dispersas e tecido acinar.
- Maior aumento exibindo ductos dilatados com
concreções eosinofílicas espessas em um
paciente com pancreatite alcoólica crônica.
- Características Clínicas
- Surtos repetidos de icterícia transitória, vaga indigestão,
dores abdominais e nas costas persistentes ou recorrentes.
- Pode ser totalmente silenciosa até causa insuficiência pancreática ou diabetes melito (este último
como consequência da destruição das ilhotas).
- As crises desencadeadas por consumo abusivo de álcool,
alimentação, opiáceos ou outros medicamentos que aumentam
o tônus muscular do esfíncter da ampola hepatopancreática.
- Diagnóstico
- Requer alto grau de suspeita clínica.
- Durante uma crise de dor abdominal, pode haver febre branda.
- Visualização de calcificações no interior do
pâncreas por meio de TC ou ultrassonografia.
- Icterícia ou atividades elevadas de fosfatase alcalina sérica.
- Perda de peso e edema hipoalbuminêmico devido à má absorção causada pela
insuficiência do pâncreas exócrino também podem apontar para a doença.
- Tratamento
- Prognóstico a longo prazo é desfavorável, com taxa de mortalidade de 50% ao longo dos 20-25 anos.
- Deve ser orientado por um endocrinologista e, normalmente, é feito
com o uso de remédios anti-inflamatórios e analgésicos, como
Acetaminofen ou Tramadol, para reduzir a inflamação e aliviar a dor.
- Evitar ingerir bebidas alcoólicas e fazer uma alimentação saudável e
pobre em alimentos gordurosos, como frituras, bolos ou salgadinhos
- Nos casos em que surgem complicações da pancreatite crônica, como diabetes, o médico
pode ainda receitar outros medicamentos, como insulina, para tratar esses problemas.