Zusammenfassung der Ressource
Educação escolar e cultura(s):
construindo caminhos
- A centralidade da cultura
- A Cultura no campo das ciências sociais
tendem pelo enfraquecimento das divisões
entre áreas de estudo e de intensificação de
estudos inter e transdisciplinares.
- A Cultura no campo da educação
sustenta pelas lutas e conflios
culturais na batalha por hegemonia.
- Marxismo
- Marxismo ortodoxo: domínio de idéias e
significados restritos a um mero reflexo da
estrutura econômica da sociedade.
- Marxismo culturalista: visão de que os
indivíduos atuam em meio a práticas e a
conflitivas relações de poder, produzindo,
rejeitando e compatilhando significados.
- A velha distinção que o marxismo clássico fazia entre a "base"
econômica e a "superestrutura" ideológica é de difícil sustentação
nas atuais circunstâncias em que a mídia é, ao mesmo tempo, uma
parte crítica na infra-estrutura material das sociedades modernas,
e, também, um dos principais meios de circulação das idéias e
imagens vigentes nestas sociedades. (Hall, 1997)
- Toda prática social tem uma dimensão cultural, já que toda prática social
depende de significados e com eles está estreitamente associada. A esfera
econômica não funcionaria nem teria qualquer efeito fora da cultura e dos
significados.
- Processo de formação de identidades sociais: como as sedimentações através do
tempo daquelas diferentes identificações ou posições que adotamos e procuramos
"viver", como se viessem de dentro, mas que são ocasionadas por um conjunto
especial de circunstâncias, sentimentos, histórias e experiências únicas e peculiares
nossas, como sujeitos individuais, em resumo, nossas identidades são formadas
culturalmente. (Hall)
- Economia e cultura constituem-se mutuamente, articulam-se.
- Escola e cultura(s)
- A escola é uma instituição considerada como
mediação privilegiada para desenvolver uma função
social fundamental: transmitir cultura, oferecer às
novas gerações o que de mais significativo
culturalmente produziu a humanidade.
- Que entendemos por produções culturais
significativas? Quem define os aspectos da
cultura, das diferentes culturas que devem fazer
parte dos conteúdos escolares? Como se têm
dado as mudanças e transformações nessas
seleções? Quais os aspectos que têm exercido
maior influência nesses processos? Como se
configuram em cada contexto concreto?
- Culturas crítica, acadêmica, social e institucional, tornam-se hegemônicas.
- Em detrimento da cultura experiencial, possui profundas raízes socioculturais.
- A escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade
e a diferença.
- Visão monocultural da educação: Igualdade e direito de todos e
todas à educação e à escola.
- Quando "outros", os "diferentes" penetram neste universo
escolar destabilizam sua lógica e instalam outra realidade
sociocultural.
- Introdução
- Diferentes indagações a respeito da escola "invadida"
pelos diferentes sujeitos sociais que estão tendo acesso
as escolas, mas ainda sem orientação multicultural numa
perspectiva emancipatória que oriente as práticas
curriculares.
- Denominação da justiça curricular: a) os interesses dos
menos favorecidos, b) participação e escolarização
comum, c) a produção histórica da igualdade
- Justiça Curricular: Grau em que uma estratégia
pedagógica produz menos desigualdade no conjunto
de relações sociais ao qual o sistema educacional está
ligado.
- Resulta em: ampliando-se e compreendam-se como
práticas pedagógicas que incitem o questionamento
às relações de poder.
- Conceituação de diferença (McCarthy 1998): é
um conjunto de princípios que têm sido
empregados nos discursos, nas práticas e nas
políticas para categorizar e marginalizar grupos
e indivíduos.
- Construir um novo currículo requerer do professor nova
postura, novos saberes, novos objetivos, novos
conteúdos, novas estratégias e novas formas de
avaliação.
- Propósito do texto: estimular nossos colegas a
construírem e desenvolverem novos currículos de forma
autônoma, coletiva e criativa. Pesquisas sobre educação
ajudam a catalisar experiências que tornem o cotidiano
escolar espaço da reflexão, da crítica, da rebeldia, da
justiça curricular.
- Escola, cultura e diversidade cultural
- Diversidade Cultural e currículo
- Willinsky (1998): Questionamento dessas divisões e
classificações. É preciso compreender a dinâmica histórica das
categorias por meio das quais somos rotulados, identificados,
definidos e situados na estrutura social. Transformar a escola
em um espaço da crítica cultural.
- McCarthy (1998): Manifestações culturais hegemônicas e
subalternizadas precisam integrar o currículo, confrontando-se e
desafiando-se.
- Combater o "daltonismo cultural".
- Requer uma perspectiva que valorize e
leve em conta a riqueza decorrente da
existência de diferentes culturas no
espaço escolar.
- McCarthy (1998): Desestabilizar o modo como o outro é mobilizado
e representado " O olhar do poder, suas normas e pressepostos
precisa ser desconstruído." Confrontar diferentes perspectivas,
diferentes pontos de vista, diferentes obras literárias, eventos
históricos, de modo a favorecer ao aluno entender como o
conhecimento tem sido escrito de uma dada forma e como pode
ser rescrito de outra.
- Necessidade de relacionar conhecimento
com a realidade, eventos e experiências
dos estudantes na discussão, quem lucra e
quem perde com as formas de emprego de
conhecimento.
- O combate à discriminação e ao racismo no
cotidiano escolar
- Elementos discriminadores
afetam distintas dimensões.
- Dados mostram discriminação sendo de carácter étnico
e discriminação social.
- Cultura escolar impregnada por representações
padronizadas da igualdade "Aqui somos todos
iguais".
- "Cultura da discriminação": na qual a demarcação entre "nós" e
"os outros" é uma prática social permanente que se manifesta
pelo não reconhecimento dos que consideramos não só
diferentes, mas "inferiores", por diferentes características
identitárias e comportamentos.
- Temos dificuldades em assumir nossas próprias
práticas discriminatórias colocando sempre culpa nos
outros.
- Construir práticas multiculturais e não
discriminatórias, só é possível na ação
conjunta. A cultura escolar e a cultura da
escola naturalizam com tanta força estes
aspectos, que é somente no diálogo, no
questionamento, no debate, que é possível
desenvolver um outro olhar sobre o cotidiano
escolar.
- Construindo uma nova perspectiva para a educação escolar
- Questões amplas e complexas. Necessária
releitura da própria visão de educação.
- Proporcionar que o docente venha descobrir
outra perspectiva assentada na centralidade
da cultura, no reconhecimento da diferença,
e na construção da igualdade.
- Para fazer reflexão a partir de uma visão
ampla da problemática em que se
analisem os desafios que uma sociedade
globalizadora, excludente e multicultural
propõe hoje para a educação.
- Proporcionar com interações
com diferentes grupos étnicos e
culturais para gerar reflexão que
incorpore sensibilidade
antropológicos.
- Favorecer uma reflexão de cada educador sobre sua própria
identidade cultural, como é capaz de descrevê-la, como tem
sido construída, que referentes têm sido privilegiados e por
meio de caminhos.
- Os relatos de discriminação e
preconceito, reprimidos e silenciados por
longo tempo, mostram-se fortes. A
experiência do "outro" se aproxima da
nossa através do relato.