Zusammenfassung der Ressource
As questões de classe e raça nas
escolas
- As reflexões servem pra ampliar o debate acerca da competência dos professores para tratar dos diferentes processos de
discriminação, exclusão e marginalização
- A escola inclusiva não é aquela
que centraliza esforços para adaptar a
criança à classe de alunos/as percebidos
como normais.
- José Leon Crochík: Psicólogo, Mestre em
Psicologia Social, Doutor em Psicologia Escolar e
do Desenvolvimento Humano, além de
professor.
- "não há consenso sobre o que é considerado como educação
inclusiva, pois tal conceito pode ser visto como integração
escolar, reproduzindo antigas concepções de inclusão."
- Em meados da década de noventa, a educação inclusiva passou a ser
incentivada pela UNESCO nos países do primeiro mundo, não pretendendo
integrar as crianças às classes regulares e sim o convívio das diferenças.
- Nessa perspectiva, acreditamos que a limitação ou
impedimento deve ser visto como a interação entre as
características das pessoas e o meio ambiente
- a inclusão contém questões
diversas, onde há variáveis que estão
relacionadas a fatores humanos
- O autor defende as barreiras ao
aprendizado e à participação, que,
mesmo tendo limitações,
possibilitam uma perspectiva nova.
- Baseado em resultados de uma pesquisa desenvolvida entre
2006 e 2008 em uma escola pública estadual de Presidente
Prudente, com a turma da quarta série.
- Em que o problema das crianças que vivem processos de
diferenciações e desigualdades nas relações escolares foi pensado em
seus vínculos com as condições socioeconômicas e a cor/raça
- Foi investigado através da percepção das próprias
crianças e as suas relações com as professoras.
- Reunia crianças oriundas da classe trabalhadora, onde todas eram pobres, mas
umas eram mais pobres do que outra.
- Todas as crianças da 4ª série pesquisada pertenciam à mesma
classe social, e a maioria se identificava como parda. Todas
eram provenientes de famílias de baixa renda.
- mesmo entre crianças mais pobres, havia diferenças
e desigualdades econômicas diferentes que podem induzir relações também desiguais e,
consequentemente, tratamentos diferentes.
- Para a professora, havia 8 crianças em situação de pobreza mais visível na 4ª
série, e dentre estas, 4 eram pretas, 1 parda e 3 brancas.
- Professora declarou que as crianças se agrupavam de
acordo com características semelhantes.
- As crianças que tinham uma condição social mais
desfavorecida e eram culturalmente, menos valorizadas não
eram aceitas nos grupos de trabalhos na sala de aula.
- as crianças percebidas como pobres e pretas, por terem pele mais
escura, ficavam à mercê de percepções e relações que lhes
marcavam um lugar socialmente diferenciado, sendo vítimas do
descaso da professora e de “brincadeiras” de mau gosto.
- Curiosamente, quando questionada sobre se algum
aluno era discriminado pela cor por outros, ela disse que, pela
escola ser composta majoritariamente por
negros/pardos, não acontecia.
- As políticas para a escola pública atual propugnam pelo compromisso em praticar a educação
para todas as crianças e jovens.
- Mas o que é preciso conseguir é uma escola capaz de
ensinar o que seria realmente TODOS os alunos e seus
pontos únicos, o que não é sempre feito.
- Isso é reflexo da escola antiga e a nova. Vamos refletir
sobre o papel sociocultural da escola no “passado” e
“hoje”.
- a escola moderna e republicana sempre teve como objetivo a educação de crianças e jovens.
- é enfatizado o ensino de determinados aspectos morais e sociais em nome da preservação de valores
considerados essenciais para a vida humana.
- são destacados certos princípios próprios do processo de escolarização como o são as habilidades de
observar, classificar, ordenar, quantificar
- a escola pública no “passado” atendia a crianças e jovens com um determinado perfil. Normalmente queles
que apresentavam as condições que enquadravam dentro de suas exigências.
- A grande maioria da população ficava fora da
escola
- A escola “hoje”, por sua vez, democratizou o acesso e tem como desafio ensinar a “todas” as crianças
e jovens, garantindo a permanência e a aprendizagem com qualidade.
- Mas o que é preciso para conseguir alcançar a todos mesmo?
- Professores que tenham competência para trabalhar na formação e no processo de ensino e
aprendizagem da criança discriminada e marginalizada em função de seus diferentes aspectos sociais
e culturais.
- Para achar respostas a essas questões é preciso
reatualizar constantemente a visão sobre os
significados e propósitos da instituição escolar.
- tendo como foco especial a reflexão dos problemas
colocados para o nosso presente
- a escola de “hoje” vive outro contexto de desafios e problemas
- Como toda instituição a escola vai expressar os valores, os interesses e as possibilidades dos
sujeitos de uma determinada época histórica. Assim dá pra entender a quem serve a escola atual.
- Terezinha Azerêdo Rios
- a função da escola seria trabalhar com competência, pois somente dessa forma cumpriríamos com
sua função última, que é desenvolver os nossos alunos por meio da socialização dos saberes
acumulados pela humanidade.
- a escola brasileira precisa aprimorar seu trabalho efetivando a socialização dos conhecimentos e valores
significativos, incluir os excluídos, romper com preconceitos e discriminações
- Considerar questões como a qualidade do ensino e as competências dos/das
professores/as, e levar em conta o processo de avaliação dessas crianças que
a escola vem praticando
- às vésperas da virada do milênio, o Brasil reprova 5 milhões de crianças no ensino fundamental.
Viramos o milênio e certamente continuamos reprovando as crianças e jovens brasileiros.
- muitos fatores, dentro da escola, contribuem para esse panorama altamente seletivo, tais como:
formação precária de recursos humanos, inadequação de instalações físicas, materiais de apoio
pedagógico frágeis, mas, especialmente, chamamos a atenção para a sistemática de avaliação
vigente.
- É urgente repensar a avaliação que é praticada na escola
- A partir do momento em que a escola pública adotou o regime de progressão continuada a avaliação
passa a ser contínua. E isso não vem se efetivando na prática.
- A legislação propõe atividades de reforço e recuperação, formas de adaptação, aproveitamento e
aceleração de estudos, mas mecanismos não têm sido eficazes para aquelas crianças que vivenciam
processos de discriminação e marginalização/exclusão na escola
- Além dos saberes a ensinar, são necessários saberes para ensinar, nos quais se incluem os processos
de avaliação que devem indicar os caminhos os quais poderão ser percorridos para a aprendizagem
do/a aluno/a.