Gestão Financeira de Curto Prazo de micro e pequenas empresas

Fatores de limitação na gestão financeira de MPEs
1. Deficiência no planejamento prévio à abertura da empresa, má gestão, problemas particulares, problemas entre os sócios
2. A informalidade dificulta o mapeamento de indicadores de desempenho para gestão financeira
3. A contabilidade tradicional, muitas vezes única fonte de informação de micro e pequenas empresas, não fornece bases suficientes para tomada de decisão
4. A falta de recursos financeiros e dificuldades na obtenção de créditos, financiamentos e investimentos por parte de terceiros, isto porque investidores raramente sentem-se atraídos por empresas de menor porte
5. A manutenção de maus pagadores, falta de disciplina, responsabilidade e organização
6. A falta de controle, que ocasiona dificuldade para análise e avaliação de decisões tomadas, quando da exposição da empresa ao ambiente de negócios
7. O “efeito sanduíche” – situação de perda do poder de barganha no qual as micro e pequenas empresas acabam ficando quando os preços de compra são impostos pelos fornecedores e os preços de venda, pelos clientes – ocasionado pelo relacionamento freqüente com grandes fornecedores ou grandes clientes
8. empréstimos difíceis e fluxo de caixa reduzido
9. formação daqueles que atuam na administração e assessoria, cujas habilidades e informações necessárias ao planejamento estratégico adequado são, com freqüência, insuficientes
10. além do tamanho da empresa, também a atitude dos dirigentes configura-se como barreira ao processo de gestão financeira.
11. falta de condições para contratação de pessoas eficientes e de confiança para a gestão do negócio, acaba acumulando funções, culminando no inadequado desempenho das atividades gerenciais
A administração financeira de curto prazo nas MPEs
1. Importância da disponibilidade de caixa
  1. Obter descontos dos fornecedores, tendo em vista que o custo de não utilizá-los é alto.
  2. Manter a classificação de crédito, por meio da liquidez corrente e sua liquidez seca alinhadas com as de outras empresas de seu setor.
  3. Aproveitar oportunidades de negócios favoráveis, como promoções especiais dos fornecedores ou a chance de adquirir outra empresa.
  4. Enfrentar emergências como greves, incêndios ou campanhas de marketing dos concorrentes e também para suportar quedas sazonais ou cíclicas no nível de atividade
2. ações nescessarias
  1. não cabe ao empresário as funções de recolher tributos, preencher guias para Receita Federal, recolher contribuições sociais, etc. Este trabalho deve ser delegado a empresas de assessoria contábil
  2. Ao empresário cabe atuar como administrador financeiro, controlando estoques, contabilizando custos, elaborando planilhas para apurar seus resultados, decidindo sobre investimentos, financiamentos e planejando o fluxo de caixa
  3. Quando necessário e possível, o empresário deverá buscar orientação profissional para realização dessas tarefas.
  4. A gestão de contas a receber é parte de uma política de crédito e cobrança integrada com as metas de negócios da organização, envolvendo os termos de crédito e negociação de descontos a serem concedidos aos clientes.
  5. O volume de estoques não pode perder vendas por falta de estoque, porém, se for possível trabalhar sem estoque, será preferível
  6. A manutenção de elevados ativos circulantes possibilita maior capacidade de pagamento da empresa, ou seja, maior liquidez. Por outro lado, os recursos aplicados no ativo circulante têm um custo de manutenção
  7. O principal objetivo da análise da liquidez de uma empresa reside em identificar sua capacidade de honrar seus compromissos de curto prazo. O relevante, entretanto, é identificar as causas que levam uma empresa a ter problemas de liquidez.
Resultados
1. resultados reafirmam as informações do último relatório Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2007), que discorre sobre o empreendedorismo brasileiro, afirmando que este se faz, fundamentalmente, a partir de recursos próprios dos empreendedores, com apoio substancial de amigos e parentes
2. Primeiramente, o empreendedor empregará suas poupanças e, caso não seja suficiente, solicitará a de seus familiares e amigos. Em último caso, apelará para canais mais formais de financiamento, como bancos e capitalistas de risco. Esse cenário pode ser explicado não somente pela pouca propensão do empresário a se arriscar com capital de terceiros, como principalmente pela preferência de bancos comerciais e de desenvolvimento
3. O receio de endividamento por parte do pequeno empresário, a falta de conhecimento financeiro ou até a ausência de apoio por parte das instituições financeiras são alguns dos motivos para a pouca adesão dessas instituições a financiamentos de prazos mais estendidos
4. o ciclo operacional de uma indústria é maior do que os encontrados em empresas do setor de comércio e serviços, pois aquele será acrescido pela fase de fabricação do produto.
5. Por outro lado, existem empresas com o ciclo de caixa negativo, Quanto maior o ciclo de caixa de uma empresa, maior o risco de liquidez; sendo negativo, esse ciclo mostra que essas empresas possuem ao longo do ciclo operacional recursos desvinculados das obrigações de curto prazo, disponíveis para aplicações em outras atividades. Essas empresas conseguem manter uma alta rotatividade de estoque e um prazo de recebimento reduzido, aliado a um prazo de pagamento de fornecedores superior à soma do prazo médio de estocagem e de recebimento
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1. http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_093_630_14278.pdf

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