Zusammenfassung der Ressource
DIABETES MELLITUS
- Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo intermediário,
caracterizada, fundamentalmente, pela ocorrência de
HlPERGLICEMlA CRÔNICA, que a longo prazo promove lesões
em órgãos-alvo, podendo cursar também com
descompensações metabólicas agudas. De acordo com a
etiopatogenia, os fatores que contribuem para a hiperglicemia
são: déficit de insulina (absoluto ou relativo) e/ou resistência à
insulina.
- Devido à carência de insulina (absoluta ou relativa), o organismo do
diabético se comporta como se o paciente estivesse constantemente em
estado de jejum, mesmo no período pós-prandial ('fome na abundância').
Desse modo, o catabolismo e a gliconeogênese ficam continuamente
estimulados, e a utilização periférica de ácidos graxos (betaoxidação)
predomina em relação à glicólise, explicando o surgimento de
hiperglicemia crônica (pré e pós-prandial).
- CLASSIFICAÇÃO
- DM TIPO 1
- Cursa com destruição primária das células
beta e hipoinsulinismo 'absoluto'. É
subdividido em tipo 1A (mecanismo
autoimune-mais de 90% dos casos; 5-10 de
todos os casos de DM) e tipo 1B (idiopático-
4·7%, particularmente em negros e
asiáticos). Predomina em pacientes jovens
não obesos (crianças e adolescentes), mas
até 30% aparece após a idade de 30 anos.
- DM TIPO 2
- Cursa primariamente com resisténcia
periférica à insulina, que ao longo do
tempo se associa à disfunção
progressiva das células beta ('exaustão'
secretória). Predomina em adultos
obesos (> 45 anos), mas tem se tornado
cada vez mais frequente em crianças e
adolescentes (por causa da epidemia de
obesidade). Responsável por 90-95% dos
casos de DM. Entre os fatores
ambientais associados estão
sedentarismo, dietas ricas em gorduras
e envelhecimento.
- DM GESTACIONAL
- Modernamente definido como
a lntolerância à glicose
diagnosticada durante a
gestação que não configura
um quadro de franco diabetes
mellitus segundo os critérios
diagnósticos para pacientes
não grávidas.
- OUTROS
- Nesta categoria são incluidos os casos
que possuem etiologia especifica bem
definida, como o DM associado ao uso
de drogas (ex.: glicocortícoldes),
endocrinopatias (ex.: síndrome de
Cushing) ou mesmo defeitos
monogênicos (ex.: "MODY"), entre
outros.
- QUADRO CLÍNICO
- DM 1
- Criança ou adolescente
que desenvolve - ao longo
de dias ou semanas-
poliúria. polidipsia,
polifagia e
emagrecimento.
Eventualmente a doença
só é percebida na
descompensação
(cetoacidose diabética).
- DM 2
- Não raro (em cerca de 50% dos casos), o
reconhecimento da doença só é feito
quando lesões de órgão-alvo já estão
presentes e são irreversíveis. O paciente
típico é adulto (> 40-45 anos), obeso,
sedentário e possui outros fatores de risco
cardiovascular. Com menos frequência
sintomas de franca hiperglicemia podem
ser referidos (poliúria, polidipsia), sendo
raríssimo o surgimento de cetoacidose
diabética. Às vezes, o diagnóstico é
firmado na vigência de um estado
hiperosmolar não cetótico. Um importante
sinal clínico é a acantose nigricans.
- DIAGNÓSTICO
- 1) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (7 mmol/l).
- 2) Glicemia de 2 h pós-sobrecarga de 75 g de glicose ≥ 200 mg/d.
- 3) HbA1c ≥ 6,5% .
- 4) Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de
glicemia casual ≥ 200 mg/dl.
- Excetuando o critério 4, todos os demais
precisam ser confirmados numa segunda
dosagem, na ausência de hiperglicemia
inequívoca. Caso dois testes diferentes tenham
sido solicitados ao mesmo tempo, e ambos
sejam concordantes para o diagnóstico de
diabetes, nenhum exame adicional é
necessário. Por outro lado, se os testes forem
discordantes, aquele que estiver alterado
deverá ser repetido para confirmação ou não
do diagnóstico
- ESTADOS PRÉ-DIABÉTICOS
- 1) Glicemia de jejum: 100-125 mg/dl.
- 2) Glicemia após TTOG 75g: 140-199 mg/dl.
- 3) HbA1c: 5,7 - 6,4%.
- Antes de taxar o paciente como
pré-diabético, devemos descartar
a existência de DM lançando mão
de um exame mais sensível. Este
exame é o TOTG 75.
- MEV!!
- AVALIAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO
- Na prática clínica, a avaliação do
controle glicêmico é feita mediante a
utilização de dois recursos
laboratoriais: os testes de glicemia e os
de hemoglobina glicada (HbA1c).