ApoGeo 06 - 1º Ano

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Apostila 06 - 1º Ano
Prof. Ivan
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1° Ano ApoGeo 6 RELEVO E SOLO – FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO RELEVO O relevo corresponde às formas do terreno que foram moldadas pelos agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Cada forma de relevo corresponde a um estado da atuação desses agentes. As formas de relevo da superfície terrestre são resultantes da interação de duas grandes forças: a endógena (interna) e a exógena (externa). AGENTE INTERNO FORMADOR DO RELEVO Consiste no derramamento do magma na superfície do planeta, o que pode ocorrer através de fendas ou orifícios na crosta. Na superfície, o magma esfria e torna-se sólido, formando uma nova camada rochosa. AGENTES INTERNOS ESCULPIDORES DO RELEVO · Ocorre em função do contato das rochas com as águas e a umidade, ocasionando reações de destruição da rocha original. Sua ação é mais intensa nas regiões tropicais úmidas e equatoriais. · Trata-se da retirada de material rochoso das áreas mais altas do relevo terrestre pela água, que é transportado como materiais em suspensão para as áreas mais baixas e nelas se depositam, formando camadas de sedimentos.

A classificação de relevo assinalada no mapa acima foi apresentada por Jurandyr Ross, sendo considerada a mais completa proposta de relevo contando com 28 unidades entre planaltos, planícies e depressões. Para a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por Ross (1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Saber e os relatórios e mapas produzidos pelo Projeto Radambrasil. Ross passou a considerar para o relevo brasileiro, conforme as suas origens, as unidades de planaltos, depressões e planícies. Adaptação: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. PLANÍCIES São as unidades do relevo brasileiro que, de acordo com a gênese, segundo Ross, são resultantes de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial. · Planalto é um compartimento do relevo com superfície irregular e altitude superior a 300 metros, onde predominam processos erosivos. · Planície é uma parte do relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100 metros, onde predominam os acúmulos recentes de sedimentos. · Depressão é uma fração do relevo mais plano que o planalto, onde predominam processos erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros. · No Brasil predominam planaltos e depressões. · Talude é a parte do relevo submarino, onde há o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável que chegam a atingir 3 mil metros. OS MOVIMENTOS DE MASSA No Brasil, em regiões tropicais úmidas com relevo de encostas íngremes, ocorrem rápidos movimentos de massa, os quais desencadeiam problemas sociais e econômicos, particularmente nas áreas urbanas. Esse fenômeno é mais comum no verão, quando as chuvas são abundantes, tornando o solo mais saturado. · A topografia, o regime pluviométrico, a estrutura e a espessura do manto de alteração, as atividades humanas e a retirada da vegetação original são alguns dos fatores que influenciam movimentos rápidos de massa. · Os movimentos de massa fazem parte da dinâmica externa da crosta terrestre e são agentes que participam da modelagem do relevo, independentemente da intervenção humana. · Em algumas grandes cidades e regiões metropolitanas brasileiras, é comum a ocupação das encostas de morros pela população de baixa renda, a mais prejudicada pelos efeitos socioambientais negativos dos movimentos rápidos de massa. · Os movimentos de massa são analisados considerando-se basicamente a natureza do material transportado (solo, detritos ou rocha) e a velocidade do movimento, que varia desde alguns centímetros por ano até mais de 5km por hora. · O deslizamento e corrida de lama são classificados como movimentos rápidos de massa, desencadeados principalmente pela declividade do terreno, a água e a gravidade. OS ESCORREGAMENTOS Os escorregamentos, também conhecidos como deslizamentos, são processos de movimentos de massa envolvendo materiais que recobrem as superfícies das vertentes ou encostas, tais como solos, rochas e vegetação. Estes processos estão presentes nas regiões montanhosas e serranas em várias partes do mundo, principalmente naquelas onde predominam climas úmidos. No Brasil, são mais frequentes nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. (TOMINAGA, L.K. Escorregamentos. In.: Desastres naturais: conhecer e prevenir. Cap. 9, p. 27-38. Org.: TOMINAGA, L.K.; SANTORO, J. AMARAL, R. Instituto Geológico, São Paulo, 2009). · Os escorregamento consistem em importante processo natural que atua na dinâmica das vertentes, fazendo parte da evolução do relevo terrestre, principalmente nas regiões serranas. · Nos grandes centros urbanos, os escorregamentos assumem frequentemente proporções catastróficas, uma vez que cortes nas encostas, depósitos de lixo, entre outras ações promovidas pelo homem geram novas relações com os fatores condicionantes naturais. VOÇOROCA

A imagem mostra um dos maiores problemas da atualidade, a perda de solo devido à ocupação irregular ou o mau aproveitamento da terra. O processo de destruição do solo mostrado na figura, uma vez iniciado, não tem retorno, há medidas para conter seu avanço, mas não há garantias de recuperação da fertilidade perdida. Esses buracos são chamados de voçoroca. O solo é um recurso natural resultante da ação simultânea e integrada do clima, do material de origem, do relevo, dos organismos e do tempo. É considerado a base de todas as atividades humanas na superfície terrestre e apresenta várias possibilidades de uso e ocupação. Por isso, o conjunto de técnicas e procedimentos com vistas ao planejamento do uso e ocupação do solo é indispensável para a manutenção do equilíbrio ambiental dos sistemas agrícolas e urbanos. SISTEMAS AGRÍCOLAS BRASILEIROS E SEU PLANEJAMENTO CONSERVACIONISTA · As áreas próximas às divisas entre os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia formam a nova área de avanço da fronteira agrícola conhecida como a região da 'Mapitoba', cujo principal produto agrícola é a soja que, com o crescimento vertiginoso de sua produção, com base na concentração fundiária, pode trazer consequências socioambientais negativas difíceis de serem mitigadas. · A perda anual de milhares de toneladas de solos agricultáveis, sobretudo em consuência da erosão hídrica, constitui um grave problema ambiental brasileiro. · Toda atividade agrícola pode provocar algum tipo de degradação nos solos, mas a intensidade depende do tipo de cultura, das técnicas de uso e manejo utilizados bem como dos atributos físico-químicos dos mesmos. · O terraceamento, as curvas de nível e a associação de culturas são exemplos de práticas conservacionistas que possibilitam a ampliação das áreas cultivadas em regiões com forte declividade, a redução da velocidade do escoamento superficial e o equilíbrio orgânico do solo. OS SOLOS FÉRTEIS DO BRASIL O conceito de fertilidade do solo refere-se à sua importância econômica, isto é, à sua capacidade de permitir um eficaz desenvolvimento da agricultura. Para ser fértil, um solo deve possuir, naturalmente, uma série de condições: boa quantidade de húmus, um pH neutro, boa quantidade de elementos nutrientes, fácil penetração do ar e da água em seu interior, entre outras: Os solos de maior fertilidade natural do Brasil se localizam nas áreas dos planaltos sedimentares basálticos, principalmente, nos estados de São Paulo e do Paraná. Destaca- se aí a “terra roxa”, como é regionalmente conhecida. · O “massapé” é outro solo fértil, encontrado na faixa litorânea do Nordeste, na chamada Zona da Mata. O massapê se origina da decomposição do granito, do gnaisse e, às vezes, do calcário. · Embora existam alguns solos de alta fertilidade natural no Brasil, normalmente, eles, como todos os solos tropicais em geral, são frágeis e requerem cuidados especiais, para não se empobrecerem de forma intensa. · Nos solos férteis encontram-se grandes quantidades de minerais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, zinco, boro, cobre e outros. EROSÃO “A erosão acelerada não é uma coisa nova, ela acompanha a agricultura desde o seu início, há 4.000 ou 5.000 anos a.C., nos vales do Eufrates, Tigre e Nilo, onde, presume-se, tenha sido o berço da agricultura.” (CONCIANI, Wilson. Processos erosivos: conceitos e ações de controle. Cuiabá: Editora Cefet-MT, 2008. p. 11.) Mesmo que a erosão seja um acontecimento antigo, como citado acima, o tema é sempre atual, trazendo muitos transtornos para as zonas rural e urbana. CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA EROSÃO: A ação da água como agente de erosão depende da quantidade que cai sobre o solo e da maior ou menor capacidade de infiltração que este solo oferece. A erosão provocada pelo escoamento superficial recebe o nome de erosão laminar ou em lençol. O relevo apresenta grande diversidade de formas que se manifestam, ao longo do tempo e do espaço, de modo diferenciado devido às combinações e interferências dos demais componentes da paisagem. · Nas regiões mais estáveis das placas tectônicas, as formas de relevo geralmente são mais suaves, resultantes de longos períodos de erosão e sedimentação. · A ação das águas pluviais e fluviais é marcante nas regiões de climas tropicais quentes e úmidos, conferindo ao relevo formas arredondadas ou convexizadas. · O relevo terrestre é resultado da ação de forças internas e externas ao longo do tempo. As forças internas, também designadas como endógenas, são aquelas condicionadas pela energia armazenada no interior do planeta e responsáveis pelo tectonismo e vulcanismo. · Existe uma relação estreita entre as formas do relevo, os solos, a litologia e o tipo climático atuante nas diferentes regiões do território brasileiro. ROTAÇÃO DE CULTURAS Rotação de culturas é uma técnica agrícola de conservação que visa diminuir a exaustão do solo. Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. Consiste em alternar espécies vegetais, numa mesma área agrícola. A rotação de culturas é vantajosa por que diminui a longo e médio prazo os gastos com recuperação de solo. SOLO DE TERRA ROXA Uma rocha submetida à ação da água, às oscilações de temperatura e à atuação de seres vivos irá, com o tempo, desintegrar-se e decompor-se. Os minerais que a compõem irão se fragmentar e se separar em pedaços cada vez menores, até dar origem ao solo. No caso brasileiro, em função da sua localização geográfica e de suas características físicas, encontramos uma gama de solos, cada um com suas especificidades. O solo de terra roxa, argiloso e comum no norte do Paraná e oeste de São Paulo, em função da decomposição de rochas magmáticas, resultaram em nutrientes importantes, favorecendo a sua utilização no plantio de culturas como o café. OS TIPOS DE SOLOS E SUAS CARACTERÍSTICAS · Os solos aluviais formam-se por acúmulo de sedimentos e partículas, transportados a grandes distâncias pela força das águas e dos ventos. · Os solos mais escuros são os de mais alto valor para a agricultura, pois apresentam grande quantidade de matéria orgânica. · O processo de formação do solo, a partir de uma rocha matriz, é um processo lento e depende da ação de elementos naturais como o clima. MARES DE MORROS “Esse domínio morfoclimático paisagístico localiza-se na porção litorânea do país, desde o Nordeste até o Sul, penetrando mais para o interior no Sudeste, particularmente em São Paulo. Corresponde à unidade de relevo denominada planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste. Têm origem em serras erodidas principalmente pelas chuvas, e isso ocorre porque esse domínio se localiza sobre terrenos cristalinos onde predominam os granitos e gnaisses. Pelo fato de se localizar relativamente próximo ao litoral, essa paisagem natural vem sendo intensamente ocupada desde a época colonial, razão pela qual abriga hoje as maiores densidades demográficas do país, sediando grandes metrópoles.” Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=capitulo_6_relevo_e_solo-formacao_e_classificacao

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