A entrevista, a visita domiciliar e a ética na prática do psicólogo comunitário

Um instrumento fundamental na prática psicossocial, sendo, também, uma técnica importante de investigação científica para levantamento de informações.

Um processo no qual interagem duas ou mais pessoas através da comunicação, geralmente oral, em que se estabelecem papeis assimétricos: um entrevistador e entrevistado.

Todas as alternativas estão corretas.

Um instrumento no qual deve ser conduzido a partir da utilização de uma linguagem clara e acessível, através de perguntas concretas, breves e situadas no tempo, respeitando a liberdade de resposta do entrevistado.

Um instrumento no qual possibilita o aprofundamento dos conteúdos que são trazidos pelo entrevistado.

Evitar a troca dos profissionais que realizam as visitas.

Avaliar a forma como esta visita se estrutura e a qualidade das intervenções durante o processo.

Levar em consideração a duração ideal para a realização da entrevista.

Avaliar quais profissionais devem estar presentes.

Apresentar-se de forma mais elegante possível (em termos de roupas e acessórios) a fim de transmitir segurança e confiança ao usuário.

A entrevista pode ser usada para compreender o significado de um fenômeno específico para uma determinada comunidade.

A entrevista é um movimento de apreensão da realidade e do contexto específico, e não de reforço de preconceitos e imposição de verdades às comunidades.

Nenhuma das alternativas.

O foco da entrevista se reduz exclusivamente a identificar os possíveis problemas e transtornos psicológicos do indivíduo, para, posteriormente, realizar tratamentos específicos.

A entrevista é um instrumento poderoso pela importância de considerar o contexto social na compreensão das influências externas ao indivíduo.

Em casos de identificação de demandas
que requeiram ações e serviços não previstos ao psicólogo comunitário como, por exemplo, o acompanhamento clínico
de natureza psicoterapêutica, o profissional de Psicologia deve
acessar outros pontos da rede de serviços públicos existentes no
seu território de abrangência ou no plano municipal, com vistas à
efetivação dos direitos dos usuários a serviços de qualidade (CREPOP, 2007).

A alternativa mais eficaz é encaminhar as pessoas para outros profissionais da rede (clínicas-escolas, unidades de saúde, por exemplo) e, verificar se o usuário conseguiu o atendimento desejado.

Em caso de não haver psicólogo clínico na comunidade, o psicólogo comunitário deve realizar o atendimento clínico a fim de não deixar o usuário sem atendimento.

Em caso de não haver psicólogo clínico na comunidade, esse quesito não justifica a oferta de atendimento clínico por parte do psicólogo comunitário.

Nenhuma das alternativas.

Rede social.

Articulação social.

Nenhuma das alternativas.

Manipulação social.

Parcerias.

Atuar em equipe se caracteriza como interdisciplinar que, acima de tudo, objetiva uma compreensão mais global dos fenômenos.

Na atuação interdisciplinar é necessário o imperativo de que cada profissional tenha de maneira muito clara o seu papel dentro da equipe.

Todas as alternativas estão corretas.

Através do trabalho em equipe se desenvolvem as estratégias de integração disciplinar.

A interdisciplinaridade caracteriza-se pela reunião de diferentes disciplinas ao redor de uma mesma temática, em que outros profissionais trabalham compreendendo a pessoa como única.

A visita domiciliar é uma ferramenta que pode ser realizada individualmente ou com a presença de outros profissionais.

A visita domiciliar se caracteriza por ser uma intervenção eminentemente em equipe. Nesse sentido, é interessante que o psicólogo busque neste espaço o desenvolvimento de uma prática integrada com usuários, familiares e comunidade.

A visita domiciliar possibilita uma compreensão mais profunda do comportamento das pessoas que vivem na comunidade, seus hábitos e atitudes, e favorece uma aproximação entre a instituição e a comunidade.

Todas as alternativas estão corretas.

O principal objetivo da intervenção feita no domicílio é a busca por profundidade e a possibilidade de compreensão do ambiente familiar a partir da observação.

O entrevistador tenha muita habilidade na condução da entrevista.

O entrevistador tenha sensibilidade para estabelecer vínculos saudáveis, os quais favorecerão a integração com as pessoas e as comunidades.

Todas as alternativas estão incorretas.

O entrevistador tenha uma postura mais neutra possível, evitando qualquer forma de aproximação afetiva do(s) usuário(s).

O entrevistador possua simpatia, empatia, sensibilidade, autenticidade, paciência, ética e esperança em sua prática na comunidade.

Existem intenções latentes, que podem ser chamadas de agendas ocultas. Estas podem ser exemplificadas quando o interventor, a partir de interesses pessoais e/ou institucionais, busca secretamente seu próprio interesse ou benefício.

O exagero de altruísmo em relação à comunidade por parte do psicólogo comunitário, sem o devido consentimento, é uma violência da privacidade e capacidade de autonomia.

Decidir o que é bom para a comunidade sem consultá-la invalida o seu potencial enquanto sujeito, capaz de decidir sua própria história e desenvolver-se psicologicamente e socialmente.

Nenhuma das alternativas.

Toda e qualquer ação pensada como benéfica pelo psicólogo comunitário voltada à comunidade, mesmo que esta não seja consultada, deve ser posta em prática, tendo em vista que o psicólogo é a pessoa mais capacitada para decidir o que é melhor para pessoas tão vulneráveis.

A ética envolve uma reflexão sobre as várias morais, que são os referenciais para as atitudes, ideias e valores inerentes a todos os povos e participa efetivamente dos questionamentos do Direito, da Psicologia, da Sociologia e de outras áreas.

Todas as alternativas estão corretas.

A ética baseia-se na reflexão sobre o que é tido pelas pessoas como lícito e ilícito.

O psicólogo comunitário deve estar atento para a retidão de suas atitudes e evitar possíveis injustiças em relação às pessoas que têm suas vidas estudadas, seus colegas e também com os agentes financiadores de seu projeto.

A premissa básica em qualquer intervenção psicossocial é de que o bem-estar e a integridade da comunidade deve prevalecer inclusive em relação ao almejado avanço proposto pelo psicólogo comunitário.