Uma mulher com 26 anos de idade, obesa e multípara, com passado de dores biliares recorrentes, é atendida
no Pronto-Socorro, queixando-se de dor abdominal de início abrupto, de forte intensidade, iniciada há aproximadamente 2 horas. Refere que a dor se localiza no andar superior do abdome, irradiando-se para o dorso,
tendo ainda apresentado náuseas e vômitos. Ao exame físico, a paciente mostra-se hipo-hidratada (+/4+) e sente
dor à palpação do abdome, que se encontra levemente distendido e com peristalse diminuída e sinal de
Murphy ausente. Os exames laboratoriais mostram: aumento de lipase (370 UI/L; valor de referência: 0 a
160 UI/L); leucócitos = 18.700/mm 3 (valor de referência: 6.000 a 10.000/mm 3 ); glicose sérica = 230 mg/dL
(valor de referência: 60 a 110 mg/dL); ALT = 260 UI/L (valor de referência: 0 a 35 UI/L); AST = 360 UI/L
(valor de referência: 0 a 35 UI/L) e desidrogenase lática = 425 UI/L (valor de referência: 88 a 230 UI/L). A paciente é internada na Unidade de Tratamento Intensivo, mas, a despeito de ser tratada de forma adequada (pausa alimentar, hidratação venosa, reposição eletrolítica e analgesia parenteral), evolui de forma grave. Após 48 horas, a paciente apresenta piora da dor abdominal, taquipneia, icterícia (2+/4+), febre elevada (39 ºC) e calafrios. Os exames complementares realizados nesse dia revelam piora do leucograma, com desvio à esquerda (17% de bastões; valor de referência: 0 a 5%), queda de 11% do hematócrito e aumento de escórias nitrogenadas, com elevação da ureia sérica de 15 mg/dL em relação ao exame feito na admissão. Uma tomografia computadorizada dinâmica de abdome revela a presença de necrose pancreática que ocupa cerca de 35% do parênquima e dilatação significativa das vias biliares extra-hepáticas, com presença de cálculo impactado no colédoco terminal.
Nesse caso, o tratamento adequado e imediato para a paciente é instituir
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