"A sociedade que se formou da reunião de várias aldeias constitui a Cidade, que tem a faculdade de se bastar a si mesma, sendo organizada não apenas para conservar a existência, mas também para buscar o bem-estar. Esta sociedade, portanto, também está nos desígnios da natureza, como todas as outras que são seus elementos. Ora, a natureza de cada coisa é precisamente seu fim [finalidade]. Assim, quando um ser é perfeito, de qualquer espécie que ele seja - homem, cavalo, família -, dizemos que ele está na natureza. Além disso, a coisa que, pela mesma razão, ultrapassa as outras e se aproxima mais do objetivo proposto deve ser considerada a melhor. Bastar-se a si mesma é uma meta a que tende toda a produção da natureza e é também o mais perfeito estado. É, portanto, evidente que toda Cidade está na natureza e que o homem é naturalmente feito para a sociedade política."
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Dentro da abordagem acima Aristóteles considera o Estado:
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uma instituição corrompida, pois os governantes sempre administram a sociedade visando apenas o próprio benefício, ao invés de cumprir com o seu fim, que é o bem-estar dos seus cidadãos.
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o desenvolvimento natural das relações humanas, ou seja, na finalidade de promover o bem coletivo, os seres humanos formam suas famílias, que ampliam suas relações com outras famílias gerando vilas, que tendo suas necessidades e possibilidades ampliadas se desenvolvem e viram cidades.
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como a superação do estado de natureza, onde os homens sofrem com uma situação de insegurança plena, tendo suas vidas em risco, pois, com a escassez de recursos, os homens são forçados a lutar uns com os outros. Portanto, o Estado foi a solução para o problema da insegurança.
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reflete a vontade dos homens, em uma perspectiva contratualista, onde os homens instituem o Estado visando a proteção da propriedade, assegurando, dessa forma, os seus direitos naturais inalienáveis.