A crise financeira mundial desencadeada no último trimestre de 2008 e que se estendeu ao ano seguinte contribuiu, e muito, para uma forte mudança no cenário econômico. As incertezas sobre a recuperação rápida dos países europeus e dos Estados Unidos da América (EUA), até então considerados seguros para a maioria dos investidores, provocaram forte redirecionamento do capital estrangeiro rumo aos países emergentes. Em meio à turbulência financeira, essas nações também ganharam voz e importância no contexto geopolítico que culminou com a ascensão do G-20 — grupo que reúne as dezenove mais importantes economias do planeta e a União Europeia — ao topo da liderança do debate global. Criado na década de 90 do século passado, o bloco, inicialmente de natureza comercial, tornou-se a expressão do atual e do futuro pensamento mundial. Estimativas feitas pelo Instituto de Finanças Internacionais (IFI) confirmam esse movimento. A organização, que reúne os maiores bancos do mundo, calcula que os países emergentes tenham recebido US$ 825 bilhões em 2010, ou seja, 42% a mais que os US$ 581 bilhões do ano anterior. China e Brasil lideram o ranque desses investimentos. O fato de os emergentes se expandirem em um ritmo bem mais acelerado que o das economias mais ricas é o principal atrativo para os investimentos estrangeiros. Segundo o IFI, essa propensão tenderá à aceleração nos próximos anos, quando os emergentes assumirão, definitivamente, o papel de protagonistas do mundo.
I. Infere-se do texto que os países que se mantiveram no G-20 após a crise de 2008 foram por ela menos afetados, uma vez que conseguiram manter suas economias fortes.
II. O volume de dinheiro investido em países como Brasil e China aumentou nos últimos três anos, em detrimento dos EUA e de países europeus.
III. Afirma-se no texto que, na década de 90 do século XX, quando foi criado, o G-20 não era constituído, necessariamente, por países com representatividade econômica, mas que essa situação se alterou ao longo dos anos e que, hoje, o grupo é referência mundial em assuntos econômicos.
IV. Subentende-se das informações do texto que, no período pós-crise econômica, o lucro obtido com os investimentos feitos nos países emergentes tem sido mais compensador que o do capital investido em países mais bem estabelecidos economicamente.
V. Comparativamente ao ano de 2009, Brasil e China, juntos, receberam 42% a mais de investimentos estrangeiros no ano de 2010.
VI. A expressão “essas nações” (linha 5) faz referência aos termos “países europeus” e “Estados Unidos da América” (linha 3).
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