Frage 1
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Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário
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implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua .
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conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita.
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dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção.
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empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita.
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utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso.
Frage 2
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Ataliba de Castilho, professor de língua portuguesa da USP, explica que o internetês é parte da metamorfose natural da língua. Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenômenos da mudança, como o que ocorreu com “você”, o que se tornou o pronome átono “CE”. Agora, o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que são muitos. Por que o acento gráfico é tão importante assim para a escrita? Já tivemos no Brasil momentos até mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra é contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O internetês pode, no futuro, até tornar a comunicação mais eficiente. Ou evoluir para um jargão complexo, que, em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a exclusão dos leigos.
Para Castilho, no entanto, não será uma reforma ortográfica que fará a mudança de que precisamos na língua. Será a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver?
Disponível em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado).
Na entrevista, o fragmento “O jeito eh tc e esperar para ver?” tem por objetivo
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ilustrar a linguagem de usuários da internet que poderá promover alterações de grafias.
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mostrar os perigos da linguagem da internet como potencializadora de dificuldades da escrita.
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evidenciar uma forma de exclusão social para as pessoas com baixa proficiência escrita.
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explicar que se trata de um erro linguístico por destoar do padrão formal apresentado ao longo do texto.
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exemplificar dificuldades de escrita dos interneteiros que desconhecem as estruturas da norma
Frage 3
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SAUDOSA MALOCA*,
de Adoniran Barbosa
“Se o senhor não tá lembrado,
Dá licença de contar
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa velha
Um palacete assobradado.
Foi aqui, Seu moço,
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca.
Mas um dia,
Nóis nem pode se alembrá,
Veio os home co’as ferramenta,
O dono mandou derrubar...”
Em Saudosa Maloca, ocorrem desvios gramaticais como “tá”, “arto”, “alembrá” e “Veio os home co’as ferramenta”.
Considerando o caráter dinâmico da língua portuguesa – em consequência das diversas influências de ordem histórica, geográfica, políticas ou históricas –, é possível observar que
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os desvios são válidos, pois refletem a espontaneidade da linguagem coloquial de pessoas simples e exemplificam a diversidade linguística.
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os desvios são inválidos, pois afetam a qualidade poética da canção: o valor de uma texto escrito deve se subordinar necessariamente à observância da língua culta.
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os desvios são válidos, pois retratam de maneira precisa e intencional a completa ignorância das personagens, dissecando assim a sua miséria.
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os desvios são inválidos, pois é papel imprescindível da arte defender as regras gramaticais que garantem uma unidade linguística nacional.
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os desvios são válidos, pois representam uma identidade linguística representativa de todas as regiões brasileiras em que a pobreza e a ignorância predominam.
Frage 4
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Horóscopo do dia 18/05/2020
Câncer
A Lua em Áries te provoca a tomar a iniciativa para deixar a sua vida em ordem. Não fique reclamando na arquibancada se tem algo (ou alguém) que te frustra, astromiga. Ninguém está falando de vingança aqui, ok? Rs. Por exemplo, se você não aguenta mais a mesma comida, inventa um outro prato! Se você se cansou de uma coisa, proponha algo melhor!
Horóscopo é gênero textual comum em revistas e visam a públicos específicos, conforme o veículo de comunicação: revistas infanto-juvenis, jornais, programas televisivos ou sites especializados. Nesse exemplo dado, constata-se que
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toda a previsão fundamenta-se em fatos, ou seja, nada é apresentado no campo da possiblidade ou da hipótese.
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o termo “astromiga” trata-se de um termo inadequado a esse tipo de publicação, pois não está autorizado pelo registro formal da Língua Portuguesa.
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há intenção de estabelecer uma interlocução direta com o público alvo, como se percebe no uso dos verbos no imperativos e o chamamento “astromiga”.
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por visar a um público jovem, a linguagem explorada é precisa e denotativa. Nada pode ser entendido de forma figurada ou subjetiva.
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o emprego dos pronomes “você” e “te”, referindo à mesma pessoa (indivíduo do signo de Câncer), reforçam o caráter formal do texto.
Frage 5
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Texto 02
Nas frígidas noites, Macabéa, toda estremecente sob o lençol de brim, costumava ler à luz de vela os anúncios que recortava dos jornais velhos do escritório. É que fazia coleção de anúncios. Colava-os no álbum. Havia um anúncio, o mais precioso, que mostrava em cores o pote aberto de um creme para pele de mulheres que simplesmente não eram ela. Executando o fatal cacoete que pegara de piscar os olhos, ficava só imaginando com delícia: o creme era tão apetitoso que se tivesse dinheiro para comprá-lo não seria boba. Que pele, que nada, ela o comeria, isso sim, às colheradas no pote mesmo. É que lhe faltava gordura e seu organismo estava seco que nem saco meio vazio de torrada esfarelada. Tornara-se com o tempo apenas matéria vivente em sua forma primária. Talvez fosse assim para se defender da grande tentação de ser infeliz de uma vez e ter pena de si. (Quando penso que eu podia ter nascido ela – e por que não? – estremeço. E parece-me covarde fuga o fato de eu não a ser, sinto culpa, como disse num dos títulos.)
(LISPECTOR, C. A hora da Estrela. Texto com adaptações)
A leitura atenta do texto, de Clarice Lispector, demonstra que a passagem que contém informação implícita análoga à da charge é
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“Que pele, que nada, ela o comeria, isso sim, às colheradas no pote mesmo”.
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”Havia um anúncio, o mais precioso, que mostrava em cores o pote aberto de um creme para pele de mulheres que simplesmente não eram ela”.
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“É que lhe faltava gordura e seu organismo estava seco que nem saco meio vazio de torrada esfarelada”.
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“Talvez fosse assim para se defender da grande tentação de ser infeliz de uma vez e ter pena de si”.
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“Quando penso que eu podia ter nascido ela – e por que não? – estremeço”.
Frage 6
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Todos os Nomes
1. Passar os olhos pela relação dos jogadores inscritos por nossos clubes profissionais para a atual
2. temporada profissional pode ser uma experiência reveladora.
3. O que primeiro salta à vista é a quantidade de nomes estrangeiros — em geral de origem
4. inglesa, ainda que existam alguns Jeans, Michels e Pierres de sabor francês e um ou outro Juan de sonoridade castelhana.
5. O grosso mesmo é de nomes anglo-saxões.
6. Só de Wellingtons eu contei seis. Se bobear, tem mais Wellington que José no nosso futebol.
7. Nem vamos perder tempo falando da profusão de Williams, de Christians, de Rogers e de Andersons.
8. Até aqui, parece que eu, um mero Zé, estou me queixando dessa invasão onomástica
9. estrangeira e engrossando o coro dos que, como o deputado Aldo Rebelo, querem defender a
10. “pureza” da língua pátria a golpes de multas e proibições.
11. Longe de mim tal insensatez.
12. Uma língua se enriquece no contato e na troca com todas as outras.
13. Os nomes predominantes em uma geração refletem o imaginário de sua época, não o
14. determinam.
15. Mais significativo do que a assimilação pura e simples dos nomes estrangeiros — é o processo de
16. canibalização que eles sofrem aqui.
17. Abaixo do Equador, Alain vira Allan, Michael vira Maicon (ou Maycon), David vira Deivid e
18. Hollywood vira Oliúde.
19. Isso sem falar nas criações genuinamente brasileiras, como o espantoso Maicosuel (jogador do
20. Cruzeiro). É a contribuição milionária de todos os erros, como queria...........................
José G. Couto. Folha de S. Paulo, 02/02/2008. Adaptado.
A principal reflexão feita pelo jornalista a partir da relação dos nomes dos jogadores dos clubes profissionais encontra-se sintetizada na seguinte expressão do texto:
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“invasão onomástica estrangeira”.
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“golpes de multas e proibições”.
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“imaginário de sua época”.
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“assimilação pura e simples”.
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“processo de canibalização”.
Frage 7
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O anúncio, concebido para uma campanha contra drogas, utiliza pouco a linguagem verbal. Entretanto, o elemento verbal utilizado nesse anúncio ganha força pela seguinte razão:
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explora o campo sonoro da língua, desvinculando a imagem do som.
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é ambivalente, evocando a designação de uma droga e as consequências de seu uso.
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constitui um recurso estilístico, que leva ao estranhamento do receptor e à aversão inevitável às drogas.
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apresenta clareza, evidenciando as marcas do desolamento e da solidão no rosto da pessoa retratada.
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fere a norma padrão da língua, atenuando o impacto da mensagem.
Frage 8
Frage
L.J.C.
— 5 tiros?
— É.
— Brincando de pegador?
— É. O PM pensou que…
— Hoje?
— Cedinho.
COELHO, M. In: FREIRE, M. (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
Os sinais de pontuação são elementos com importantes funções para a progressão temática. Nesse miniconto, as reticências foram utilizadas para indicar
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uma fala hesitante.
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uma informação implícita.
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uma situação incoerente.
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a eliminação de uma ideia.
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a interrupção de uma ação.
Frage 9
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Texto I
Dois quadros
Na seca inclemente do nosso Nordeste,
O sol é mais quente e o céu mais azul
E o povo se achando sem pão e sem veste,
Viaja à procura das terras do Sul.
De nuvem no espaço, não há um farrapo,
Se acaba a esperança da gente roceira,
Na mesma lagoa da festa do sapo,
Agita-se o vento levando a poeira.
Texto II
ABC do Nordeste flagelado
O – Outro tem opinião
de deixar mãe, deixar pai,
porém para o Sul não vai,
procura outra direção.
Vai bater no Maranhão
onde nunca falta inverno;
outro com grande consterno
deixa o casebre e a mobília
e leva a sua família
pra construção do governo.
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).
Os Textos I e II são de autoria do escritor nordestino Patativa do Assaré, que, em sua obra, retrata de forma bastante peculiar os problemas de sua região. Esses textos têm em comum o fato de abordarem
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a falta de esperança do povo nordestino, que se deixa vencer pela seca.
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a dúvida de que a ajuda do governo chegará ao povo nordestino.
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o êxodo do homem nordestino à procura de melhores condições de vida.
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o sentimento de tristeza do povo nordestino devido à falta de chuva.
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o sofrimento dos animais durante os longos períodos de estiagem.
Frage 10
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União reduz verba para a segurança do Estado em 10 vezes
Repasse federal para S. Paulo por habitante é insuficiente para comprar uma bala
(...) De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a União enviou em 2010 R$ 8,42 milhões para São Paulo para investimento em segurança, cerca de R$ 0,20 por habitante. O repasse caiu para R$ 800 mil em 2011 - apenas R$ 0,019 por habitante. O dinheiro é insuficiente para comprar uma bala de goma, que custa R$ 0,05.
1º de Julho, no jornal “O Vale”
Pode haver confusão no entendimento do lead da notícia quando se leva em conta o contexto criado pela manchete. Essa confusão é causada por
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não se saber a que palavra se refere a expressão “por habitante”.
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não ser possível saber quem faz parte da “União” citada na manchete.
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ausência do sujeito determinado da oração.
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o lead não ter relação com a manchete.
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a polissemia, nesse contexto, da palavra “bala”.