Interrupção da gestação com feto pesando
menos de 500g ou com IG < 20 semanas
Diferenças
Abortamento
Processo
Aborto
Produto eliminado
Pode ser
Subclínico
Quando ocorre antes da próxima falha menstrual
Clínico
Quando ocorre após gravidez confirmada pela
dosagem de beta-hCG ou ultrassonografia
Ocorre entre 10-15% das
gestações diagnosticadas
Risco de abortamento espontâneo diminui para menos de 10% quando o BCF é identificado à USG
Etiologia
Anormalidades
Cromossômicas
Causa mais comuns de abortamento
50-80% dos abortamentos espontâneos clínicos e subclínicos
Aneuploidias
são as causas
mais frequentes
As trissomias são as aneuploidias mais
encontradas em ca.sos de abortamento
As mais frequentes são as do cromossomo 16,
seguida pelas trissomias do 22, 2 1, 15, 13, 2 e 14
A monossomia do cromossomo X
é a segunda causa
Presente em 7 a I 0% dos
abortamentos de 1º trimestre
Decorrem de fertilização por gametas
anormais, de fertilização anômala ou de
irregularidades na divisão embrionâria
Mais comuns em mulheres com a idade avançada, possivelmente
pela ausência de regulação dos fatores que governam a meiose, o
que levaria a um aumento de oócitos aneuploides
Desordens
Anatômicas
Incompetência
istmocervical
O feto não é retido até o fim da gestação,
pois o colo não se mantém fechado
causa de abortamento tardio
Miomas
Especialmente do
tipo submucoso
Malformações
Uterinas
útero unicorno, bicorno,
didelfo ou septado
O útero bicomo tem uma taxa de insucesso
gestacional maior que o didelfo e nos dois casos há
uma incidência maior de incompetência istmocervical
O útero septado, malformação uterina mais
prevalente, embora seja a de melhor prognóstico,
deve .ser corrigido previamente à gestação
Sinéquias
Uterinas
Sd. de
Asherman
Normalmente decorre de agressões às camadas mais profundas
do endométrio, como curetagens vigorosas e repetidas
O diagnóstico é feito por histeroscopia e o tratamento é a lise endoscópica
Distopias Uterinas
Infecções
As infecções são causas infrequentes de abortamento precoce
Rubéola
Quando adquirida no período próximo à implantação ovular
Parvovirose
Quando adquirida no período de diferenciação ovular inicial
Outras: Citomegalovirose; Listeriose; Herpes simples; Hepatite B; HIV; Infecções do Trato Urinário
(ITU); Toxoplasmose; Malária;. Presença de estreptococos do grupo B no trato genital inferior
Infecções Ascendentes
principalmente vaginoses, clamídia e gonorreia
Sífilis
A doença não tratada pode levar ao abortamento entre 9 e 12 semanas
de gestação, em especial pela infecção placentária dela resultante
Distúrbio Imunológico:
Sd. do Anticorpo
Antifosfolipídio (SAF)
Ela consiste em uma causa autoimune de
abortamento de repetição, presente em 15 a
20% das mulheres com abortamento habitual
Os episódios de abortamento
habitual ocorrem com maior
frequência no 1º trimestre
Trombofilia
autoimune
3 auto
anticorpos
Anticoagulante
Lúpico
resulta em alargamento de testes de coagulação
(PTT) e está relacionada à trombose e a maioria
das pacientes que o apresentam não tem LES
anti-beta2
glicoproteina-1
inibe a ação do anticoagulante natural beta2
glicoproteína-I, também resultando em trombose
anticardiolipina
dirigido contra fosfolipídeos de membrana,
podendo ser do isotipo lgG, lgA ou lgM
o mecanismo de perda fetal parece
envolver trombose e infarto placentário
Além da presença dos autoanticorpos, presença de VDRL falso-positivo,
trombocitopenia e prolongamento do tempo de tromboplastina parcial
(PTT) são outros achados laboratoriais que podem estar presentes
conferem um maior risco de trombose (princ. de vasos placentários)
As manifestações clínicas, além de abortamentos espontâneos de
repetição, incluem tromboses venosas (2/3 dos casos) e arteriais (1/3
dos casos) e uma variedade de manifestações neuropsiquiátricas
Diagnóstico
Critérios
Clínicos
Um ou mais episódios de n·ombose arterial, venosa ou de pequenos
vasos ocon·endo em qualquer tecido ou órgão, comprovada por imagem
ou histopatologia e sem evid.ência de inflamação na parede dos vasos
1 ou + mortes intrauterinas de fetos
morfologicamente normais após IO sem de gravidez
1 ou + partos prematuros de fetos morfologicamente normais com menos
de 34 sem, em decorrência de eclampsia, pré-eclâmpsia ou insuf. placentária
3 ou + abortamentos espontâneos consecutivos com menos de 10 sem,
excluindo-se anormalidades anatômicas, hormonais ou cromossômicas
Critérios
Laboratoriais
Anticardiolipina: lgG ou IgM presentes em quantidade moderada a alta
(acima de 40 GPL ou MPL) em 2 situações espaçadas por pelo menos 12 sem
lúpus anticoagulante: encontrado em 2 ou + situações
espaçadas por pelo menos 12 sem entre elas
Anti-beta2 Glicoproteína-l lgG ou IgM em altos títulos (>/= percentil
99) em 2 ou + ocasiões com intervalo de mín de 12 sem
Tratamento
Em grávidas com baixos títulos de anticorpos anticardiolipina deve ser evitado
Pacientes que preenchem os critérios diagnósticos de SAF, ou seja, nunca apresentaram trombose
arterial ou venosa, o tratamento recomendado é feito com AAS e heparina em doses profiláticas
Nas pacientes com história anterior de trombose, a profilaxia de novos eventos
deve ser realizada com AAS e doses terapêutica de Heparina não fracionada ou
de baixo peso moiecular, como a Enoxaparina 1 mglkg a cada 12 h
Entre 10-15% das gestações apresentam hemorragias
Complicação gestacional
Agravos ginecológicos concomitantes com o período gravídico