Teníase e Cisticercose

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Mapa Conceitual sobre Teníase e Cisticercose do Grupo SemNome da Disciplina de Mecanismo de Lesão e Reparo 1
Iago Bagatini
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Iago Bagatini
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Teníase e Cisticercose
  1. Transmissão:
    1. O hospedeiro definitivo (ser humano) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou mal cozida, infectada respectivamente pelo cisticerco de cada espécie de Taenia.
    2. 1) Transmissão:
      1. A cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase. Os mecanismos de infecção humana são.
        1. Autofecundação Externa:
          1. Ocorre em portadores de T.solium quando eliminam proglotes e ovos de sua própria tênia levado-os à boca pelas mãos contaminadas oupela ceprofagia (observado principalmente em condições precárias de higiene e em pacientes com distúrbios psiquiátricos).
          2. Autofecundação Interna:
            1. Poderá ocorrer durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do intestino, possibilitando presença de proglotes grávidas ou ovos de T. solium. no estômago.
            2. Heteroinfecção:
              1. Ocorre quando os humanos ingerem alimentos ou água contaminados com os ovos de T.solium disseminados no ambiente através das dejeções de outro indivíduo.
          3. 2) Ciclo Biológico:
            1. Ao se alimentar de carnes crúas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (larvas de tênia). No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta. Proglotes maduros, contendo testículos e ovários reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas desprendem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações.
              1. No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30cm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncoesfera. Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
                1. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e alcançam o sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração. Cada ovo se transforma em uma larva, uma Tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora.
                  1. Por altoinfecção, os ovos passam para a corrente sanguínea e desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando a doença. A cisticercose pode ser fatal.
            2. Habitat:
              1. Tanto a T.solium como a T.saginata, na fase adulta ou reprodutiva, vivem no intestino delgado humano, já o cisticerco da T.solium é encontrado no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e nos olhos de suínos e, acidentalmente, nos olhos de humanos e cães. O cisticerco da T.saginata é encontrado nos tecidos dos bovinos.
              2. 3) Morfologia:
                1. T.solium
                  1. Escólex - ovóide, de dimensão reduzida (0.6mm a 1mm de diâmetro), com quatro ventosas e dupla coroa de acúleos inseridos em um rostro situado entre as ventosas.
                    1. Proglotes Grávidas - Menos de 15 ramificações uterinas, possui ramificações dendríticas.
                      1. Estróbilo - Inicia-se logo após o colo observando-se diferenciação tissular que permite o reconhecimento do órgão interno.
                        1. Semelhante!
                          1. Rostelo - Possui um situado entre as ventosas, este, possui diversos acúleos.
                          2. Proglotes Maduras - massas testiculares, pequenas e numerosas encontram-se disseminadas no seio do parênquima medular. Na T.solium seu número varia de 150 a 200.
                      2. T.saginata
                        1. Escólex - Um pouco maior (1.5mm a 2mm de diâmetro), estão presentes as quatro ventosas, faltando-lhes apenas os acúleos.
                          1. Proglotes Grávitas - Mais de 15 ramificações uterinas, possui ramificações dicotômicas
                            1. Estróbilo - Inicia-se logo após o colo observando-se diferenciação tissular que permite o reconhecimento do órgão interno.
                                1. Rostelo - Não possui rostelo e sua escólex é quadrada.
                                2. Proglotes Maduras - Mesma coisa que a T-solium, com a diferença no valor entre 300 e 400.
                          2. 4) Formas de vida:
                            1. Adulto - Intestino delgado humano.
                              1. Cisticerco - No tecido humano.
                                1. Ovo (oncosfera) - Vida livre, no solo.
                                2. 5) Patologia - Sinais e Sintomas:
                                  1. T.solium ou T.saginata
                                    1. Tonturas, astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen e perda de peso.
                                    2. Cisticercose
                                      1. SNC: crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, cefaleias, meningite cisticercótica, distúrbios psiquiátricos, forma apoplética ou endarterítica e sindrome medular.
                                    3. 7) Resposta Imunológica:
                                      1. Resposta imune dependente de: quantidade e viabilidade de cisticercos, localização e reação imune do hospedeiro.
                                        1. A tênia tem recursos de sobrevivência e resistência ao hospedeiro. Durante a primeira infecção o corpo não desenvolve a tempo uma resposta eficaz, fazendo com que o verme possa se implantar e se tornar adulto, capaz de resistir aos ataques do sistema imunológico.
                                          1. A resposta imune impede a implantação de uma nova larva, pois esta ainda não possui essa capacidade e recursos de proteção
                                            1. As múltiplas infecções podem ocorrer em casos de ingestão de mais de um cisticerco de uma vez, ou em indivíduos imunologicamente suprimidos, incapazes de desenvolver uma resposta que combata a implantação de cisticerco.
                                              1. A patogenia ocorre pelos fenômenos tóxicos e alérgicos, que geram inflamação da mucosa (IgE).
                                                1. inflamação crônica, formação de granuloma, calcificação, compressão dos tecidos adjacentes, processos toxêmicos e isquêmicos.
                                      2. 8) Diagnóstico:
                                        1. Clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria dos casos de Teníase é oligossintomático, o diagnóstico comumente é feito pela observação do paciente ou, quando crianças, pelos familiares. Isso ocorre porque os proglotes são eliminados espontaneamente e nem sempre são detectados nos exames parasitológicos de fezes. Em geral, para se fazer o diagnóstico da espécie, coleta-se material da região anal e, através do microscópio, diferencia-se morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas. Os estudos sorológicos específicos (fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e líquido cefalorraquiano confirmam o diagnóstico da neurocisticercose, cuja suspeita decorre de exames de imagem: raios X (identifica apenas cisticercos calcificados), tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética (identificam cisticercos em várias fases de desenvolvimento). A biopsia de tecidos, quando realizada, possibilita a identificação microscópica da larva.
                                          1. 9) Prevenção:
                                            1. Trabalho educativo para a população - Uma das medidas mais eficazes no controle da Teníase/Cisticercose é a promoção de extenso e permanente trabalho educativo nas escolas e comunidades. A aplicação pratica dos princípios básicos de higiene pessoal e o conhecimento dos principais meios de contaminação constituem medidas importantes de profilaxia. O trabalho educativo voltado para a população deve visar à conscientização, ou seja, a substituição de hábitos e costumes inadequados e a adoção de outros que evitem as infecções.
                                              1. Bloqueio de foco do complexo Teníase/Cisticercose - O foco do complexo Teníase/Cisticercose pode ser definido como sendo a unidade habitacional com, pelo menos: indivíduo com sorologia positiva para Cisticercose; indivíduo com Teníase; indivíduo eliminando proglotes; indivíduo com sintomas neurológicos suspeitos de Cisticercose; animais com Cisticercose (suína/bovina). Serão incluídos no mesmo foco outros núcleos familiares que tiveram contato de risco de contaminação. Uma vez identificado o foco, os indivíduos deverão receber tratamento com medicamento especifico.
                                                1. Inspeção sanitária da carne - Essa medida visa reduzir, ao menor nível possível, a comercialização ou o consumo de carne contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre as medidas de aproveitamento da carcaça (salga, congelamento, graxaria, em acordo com a intensidade da infecção), reduzindo perdas financeiras e dando segurança para o consumidor.
                                                  1. Fiscalização de produtos de origem vegetal - A irrigação de hortas e pomares com água de rios e córregos, que recebam esgoto ou outras fontes de águas contaminadas, deve ser coibida pela rigorosa fiscalização, evitando a comercialização ou o uso de vegetais contaminados por ovos de Taenia.
                                                    1. Cuidados na suinocultura - Impedir o acesso do suíno às fezes.
                                                      1. Isolamento - Para os indivíduos com Cisticercose e/ou portadores de Teníase, não ha necessidade de isolamento. Para os portadores de Teníase, entretanto, recomenda-se medidas para evitar a sua propagação: tratamento específico, higiene pessoal adequada e eliminação de material fecal em local adequado.
                                                        1. Desinfecção concorrente - É desnecessária, porem é importante o controle ambiental pela deposição correta dos dejetos (saneamento básico) e pelo rigoroso hábito de higiene (lavagem das mãos após evacuações, principalmente).
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