Expectorantes mucolíticos: A bromexina (Bromesol®vet, Fluibron®vet,
Beneflux®, Bequidex®, Bisolphar®, etc).
É um derivado sintético da molécula vasicina, um alcaloide presente na planta
Adhatoda vasica. Não se conhece o mecanismo de ação desta substância.
Entretanto, sugere-se que a bromexina aumente a função lisossômica.
As enzimas lisossômicas hidrolisem as fibras de mucopolissacarídeos do catarro,
reduzindo a sua viscosidade.
Interage com a mucoproteína, reduzindo sua viscosidade para o muco ser eliminado mais facilmente. Quando administrada por
inalação seu efeito ocorre após 1 minuto, mas, quando injetada diretamente no nariz o efeito é imediato. Pode ser usada pela via
inalatória, oral e aerossol.
Para melhor compreensão dos efeitos dos
expectorantes, há necessidade de conhecer o
funcionamento do sistema mucociliar.
O sistema mucociliar é responsável pela movimentação de fluidos (muco),
os quais são produzidos pelas células caliciformes e pelas glândulas
brônquicas.
Em condições patológicas, há secreção excessiva de muco. Além de este se apresentar mais viscoso, pois ocorre mudança
na proporção de água e outros elementos. Este muco espesso é, então, denominado catarro ou esputo. A redução na
viscosidade das secreções é de extremo interesse para o paciente e é com esta finalidade que se utilizam os expectorantes.
Expectorantes reflexos
Estes expectorantes atuam por meio de estimulação de terminações nervosas vagais, na faringe, no esôfago e mucosa gástrica.
Levando ao aumento da produção de secreções pelas vias aéreas.
Iodeto de potássio (Broncofisin®, Broncofedrin®, Iodetox®, Killtosse®)
O iodeto de potássio é um expectorante salino, que tem a
capacidade de aumentar as secreções em até 150%
Após sua administração. Há uma latência para o
aparecimento do efeito de aproximadamente 15 a 30 min,
dependendo da espécie animal.
O principal efeito indesejável do uso deste medicamento é a
ocorrência de náuseas e vômito, já que o iodeto de potássio produz
irritação gástrica.
São derivados da degradação da lignina, polímero não hidrocarboneto, presente na madeira.
A guaifenesina é absorvida pelo trato gastrintestinal, onde parece
atuar como irritante idêntico aos iodetos.
Expectorantes inalantes
Estes medicamentos têm emprego limitado em Medicina Veterinária, uma vez que a
administração de expectorantes por inalação requer o uso de aparelhos para a
produção de vapores.
Entre os expectorantes mais utilizados estão a benzoína, uma resina
aromática, e o óleo de eucalipto.
BRONCODILATADORES
Agonistas beta adrenérgicos
O uso destes medicamentos em afecções no sistema respiratório se deve basicamente ao efeito
broncodilatador. Por ação direta nos receptores beta-adrenérgicos do músculo liso do brônquio.
Os agonistas mistos β1 e β2 adrenérgicos podem ser usados
para obter broncodilatação.
Dentre os agonistas β2 existentes, o salbutamol, também conhecido como albutamol, pode ser
encontrado (Aerotide®, Aerojet®, Aerogold®).
Antagonistas colinérgicos
A principal inervação do músculo liso brônquico se faz pelo sistema nervoso
autônomo parassimpático, produzindo a broncoconstrição. O uso de
medicamentos anticolinérgicos tem por finalidade antagonizar este efeito,
produzindo a broncodilatação.
A atropina, foi, por muito tempo, o principal medicamento utilizado com a finalidade de
produzir a broncodilatação. Entretanto, devido aos diversos efeitos indesejáveis, como
taquicardia , limitou-se seu uso.
Outro medicamento anticolinérgico é o glicopirrolato. Este medicamento vem sendo
particularmente empregado na clínica de equinos, no tratamento da doença pulmonar
crônica obstrutiva.
O ipratrópio, que pode ser encontrado como princípio ativo único (Aerodivent®, Ares®, Asmaliv®, Atrovent®,
Bromovent®, Broncovent®, Iprabon®).
Têm amplo uso em Medicina, preferencialmente no
tratamento da fase inicial da asma brônquica.
Os broncodilatadores são divididos em três grupos: os agonistas
beta-adrenérgicos; as metilxantinas, principalmente a teofilina; e os
anticolinérgicos, como a atropina e o glicopirrolato.
As doenças relacionadas com o sistema respiratório são, sem dúvida, de alta incidência na clínica veterinária. Merecendo
grande atenção em relação ao uso de medicamentos apropriados nesta situação. As afecções do sistema respiratório têm
variada etiologia, podendo ser de origem infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial.