Eletrodo que, teoricamente, só responde a um íon específico e não é afetado por outras espécies.
Coeficiente de seletividade: quanto menor for, menor será a interferência de um íon em relação àquele que se pretende analisar.
Tipos
Membranas de vidro para H+ e certos cátions monovalentes
Eletrodos de estado sólido baseados em cristais de sais inorgânicos
Eletrodos combinados com um eletrodo espécie-seletivo fechado por uma membrana que é capaz de separar uma espécie de outras ou de gerar a espécie em uma reação química
Eletrodos de base líquida utilizando uma membrana de polímero hidrófobo saturado com um líquido hidrófobo trocador de íons
Composição
Parte externa geralmente de vidro
Eletrodo interno de referência
Solução interna
Membrana íon-seletiva
Feita de um polímero orgânico hidrofóbico impregnado com uma solução orgânica viscosa, contendo um trocador de íons e, às vezes, um ligante capaz de ligar-se seletivamente ao cátion de interesse.
Funcionamento
O íon em análise migra através de uma membrana seletivamente permeável de uma região de baixa concentração para uma região de alta concentração. Essa migração cria um desenvolvimento de carga (diferença de potencial) que se opõe a migrações posteriores de íons.
Curva de calibração: relaciona a diferença de potencial com a concentração do analito em solução.
Aplicabilidades
Determinação de Alumínio (III)
Terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre
Presença em vegetais, na água e em rochas é facilmente verificada
Cerca de 10 a 100 mg desse elemento são ingeridas diariamente pelo ser humano
Concentração média no sangue em torno de 7 µg L-1
Compostos de alumínio(III) são empregados em formulações farmacêuticas
Auxílio no controle de distúrbios gastrointestinais
Antiinflamatório, atividade antibacteriana e reguladora do metabolismo de lipídios
Uso excessivo
Consequências negativas ao sistema ósseo, pela influência que o mesmo pode causar ao metabolismo do cálcio e do fosfato
Estudos comprovaram um acúmulo considerável de alumínio no cérebro de pacientes com mal de Alzheimer
Necessidade do desenvolvimento de métodos precisos, simples, rápidos e de baixo custo para sua determinação
Eletrodo íon-seletivo em meio de fluoreto
Interferentes
Ácido ascórbico, ácido acetilsalicílico, maleato de clorfenamina, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio e cafeína nas concentrações encontradas nas formulações farmacêuticas NÃO interferiram
OS ânions sulfato, oxalato, tiocianato, fosfato e citrato, em concentrações de 2:1 (ânion:alumínio(III)), NÃO causaram interferência na resposta potenciométrica.
Dos seguintes cátions estudados: Na(I), K(I), Mg(II), Ca(II) e Fe(III) em concentrações equimolares com Al(III) em solução de fluoreto 0,10 mol L-1, APENAS Fe(III) apresentou interferência significativa de +26%.
Determinação de alumínio tóxico às raízes do trigo por potenciometria com eletrodo seletivo de fluoreto
Em soluções sintéticas e em extratos de solo
Sintéticas
As espécies químicas dominantes de Al foram Al³+, ALOH²+ e Al(OH)+2.
O crescimento das raízes do trigo diminuiu exponencialmente com o aumento da concentração de Al-ESIF
Solução do solo
Comparando-se as duas soluções em uma determinada concentração de Al, o crescimento das raízes foi menor na solução sintética
Esta diferença provavelmente deveu-se à presença de ligantes orgânicos e inorgânicos na solução do solo, diminuindo a atividade do Al livre
Eletrodo Íon Seletivo para determinação de eletrólitos
Amostra
Sangue total
Plasma
Urina
Soro
Íons
Sódio
Cálcio
Potássio
Lítio
Potencial da técnica: aplicações laboratoriais no controle de qualidade de produtos alimentícios.
Microeletrodos podem ser usados dentro de células vivas
Escolha da embalagem de alimentos
Indicação de pureza e qualidade em produtos fermentados
DOSAGEM DE CLORETO E SÓDIO NA SALIVA PELA TÉCNICA DO ELETRODO ÍON SELETIVO DIRETO – UMA POSSIBILIDADE PARA O DIAGNÓSTICO DA FIBROSE CÍSTICA