O Colégio Americano de Cirurgiões (ACS, de
"American College of Surgeons " ) foi fundado
para aprimorar o atendimento ao doente
cirúrgico, e há muito tempo tem se destacado
por seu papel em estabelecer e manter a alta
qualidade da prática cirúrgica na América do
Norte. De acordo com este papel, o Comitê de
Trauma do ACS tem trabalhado com o intuito
de estabelecer diretrizes para o atendimento do
traumatizado.
A - VIAS AÉREAS/
VENTILAÇÃO
1º CONTATO
objetivo de avaliar um doente em 10
segundos - Conversar com o paciente:
perguntar nome e o que aconteceu
Resposta verbal clara: -Via aérea permeável, ventilação
não está comprometida gravemente, sem diminuição
do nível de consciência
Resposta inapropriada ou ausência de resposta: -
Comprometimento da via aérea,
comprometimento ventilatório, alteração do nível
de consciência
DIAGNNOSTICAR RAPIDAMENTE A
CAUSA DA OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA
TRAUMA MAXILOFACIAL
Fraturas faciais podem ser associadas:
1.Hemorragias; 2.aumento de secreções
orofaríngeas; 3.avulsões dentárias.
ATENÇÃO! Anestesia geral ou sedação
podem levar à obstrução da via aérea por
diminuição ou ausência de tônus muscular.
Para alinhar os eixos da faringe, da laringe e da
boca para uma intubação simples, as seguintes
relações devem ser observadas: a distância entre os
dentes incisivos deve ser de pelo menos 3 dedos;
a distância entre o osso hioide e o m ento deve ser
de pelo menos 3 dedos; e a distância entre a
proeminência tireoidea e o assoalho da boca deve
ser de pelo menos 2 dedos.
•Mallampati
Classificação de Mallampati. Essa classificação é usada
para visualização da hipofaringe.
Classe I: palato mole, úvula, fauces e pilares
visíveis;
Classe II: palato mole, úvula e fauces visíveis;
Classe III: palato mole e base da úvula visíveis;
Classe IV: apenas palato duro visível
•O bstruction - Obstrução
•Neck mobility - No peito, encoste o queixo (Mobilidade Cervical)
TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO DA VIA AÉREA
Diminuição do Nível de Consciência = obstrução da hipofaringe com a língua
Elevação do mento (chin lift ) ou tração da mandíbula (jaw thrust)
Manutenção da permeabilidade: tubo orofaríngeo ou nasofaríngeo
1.TO inserido em direção cranial até atingir o palato
mole.
2.Ao atingir o palato mole, o tubo deve ser rotacionado 180°
3.Deslizar por trás da língua
NÃO USAR ESSA TÉCNICA EM CRIANÇAS!!!
TÉCNICA
Tubo previamente lubrificado deve ser inserido em uma narina não obstruída
•Cuidadosamente, deve ser empurrado até a orofarínge. Caso haja alguma obstrução, interrompa
o procedimento e troque de narina
•Contraindicado para paciente com lesão ou suspeita de lesão da placa cribiforme.
DISPOSITIVOS EXTRAGLÓTICOS OU
SUPRAGLÓTICOS
Utilidade - Pacientes que necessitam de abordagem avançada da via aérea, mas a
intubação não obteve sucesso. - Naqueles em que se sabe que dificilmente a intubação
será conseguida.
MÁSCARA LARÍNGEA (ML)
ML: Máscara Laríngea - Não fornece via aérea definitiva
•MLI: Máscara Laríngea que permite a Intubação •No departamento de emergência, o médico
atendente deve planejar sua substituição por uma via aérea definitiva.
TUBO LARÍNGEO
Dispositivo de via aérea extraglótico com capacidade similar à ML.
•Não é uma via aérea definitiva. É colocado sem visualização direta da glote.
Não demanda manipulação significativa da cabeça e do pescoço do doente para sua inserção.
TUBO ESOFÁGICO MULTILÚMEN
Mantém a via aérea permeável quando a via aérea definitiva não é viável. •
Uma das vias possui comunicação com o esôfago e outra com a traqueia.
•A passagem de ar para o esôfago é ocluída com a insuflação do balão, e a via que conduzir ar para a
traqueia recebe ventilação mecânica.
VIA AÉREA DEFINITIVA
INDICAÇÕES
NECESSIDADE DE PROTEÇÃO DA VIA AÉREA Fraturas maxilofaciais graves Risco de obstrução •
Hematoma cervical • Lesão de traqueia ou laringe • Estridor Risco de aspiração • Sangramento •
Vômitos Inconsciência
NECESSIDADE DE VENTILAÇÃO OU OXIGENAÇÃO Movimentos respiratórios i nadequados • Taquipneia • Hipóxia •
Hipercapnia • Cianose Hemorragia maciça e necessidade de reposição volêmica Trauma craniencefálico contuso
grave, com necessidade de hiperventilação por um período, se houver piora neurológica Apneia • Paralisia
neuromuscular • I nconsciência
TIPOS
Tubo orotraqueal.
- Tubo nasotraqueal
Via aérea cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA
POR PUNÇÃO
Envolve a inserção de um cateter sobre agulha pela membrana cricotireoidea em situações
emergenciais para fornecer oxigênio ao doente em um curto espaço de tempo, até que a via aérea
definitiva possa ser realizada.
Com a cricotireoidostomia por punção oferta-se oxigênio suplementar de forma temporária e a
intubação endotraqueal passa a ser necessária de forma urgente e não mais emergente.
CIRÚRGICA
É realizada com uma incisão na pele que se estende pela membrana cricotireoidea. Uma pinça
hemostática curva pode ser utilizada para dilatar a abertura, e um tubo endotraqueal ou um tubo de
traqueostomia de pequeno calibre ( de preferência de 5 a 7 mm de diâmetro) pode ser inseridoÉ
INTUBAÇÃO
OROTRAQUEAL OU NASOTRAQUEAL?
Fatores determinantes da escolha: •Expertise do médico •Ventilação espontânea: nasotraqueal
Doente em apneia?
Sim => Via orotraqueal
Não => Via nasotraqueal
Obs: não realizar movimento de alavanca ao usar o laringoscópio
OROTRAQUEAL
Erros comuns: intubação seletiva e a intubação do esôfago.
O posicionamento adequado do tubo na traqueia é sugerido, porém não confirmado, pela ausculta
de murmúrio vesicular em ambos os campos pulmonares e pela ausência de ausculta de
borborigmos no epigástrio.
A presença de borborigmos no epigástrio durante a inspiração do doente sugere intubação esofágica e
obriga que o tubo seja trocado e posicionado de forma adequada.
O posicionamento adequado do tubo dentro da traqueia é confirmado de forma mais adequada por
meio da radiografia de tórax, uma vez que a possibilidade de intubação esofágica esteja excluída.
Quando o posicionamento adequado do tubo estiver confirmado, ele deve ser fixado no local.
Cricotireoidostomia cirúrgica
3ª ETAPA
Manter a coluna cervical em posição neutra através de imobilização manual durante as manobras
necessárias para desobstruir a via / aerea.
4ª ETAPA
Reinstalar a imobilização da coluna cervical com dispositivos apropriados após o estabelecimento da
permeabilidade da via aérea.
Evitar movimentação excessiva da coluna cervical
NÃO hiperestender, hiperfletir ou lateralizar
cabeça e coluna cervical
CONTROLE DA
OXIGENAÇÃO
fluxo de oxigênio superior a 1 1 litros/minuto
máscara facial dotada de reservatório de oxigênio e devidamente ajustada
A oximetria de pulso é essencial
B: Atendimento primário da
respiração – TRAUMA TORÁCICO
C:
CHOQUE
D: DISFUNÇÃO
NEUROLÓGICA
E: EXPOSIÇÃO E CONTROLE DA
TEMPERATURA
OBSERVAÇÕES
A avaliação primária deve ser repetida com
frequência para identificar qualquer alteração
do estado clínico do doente que indique a
necessidade de intervenção adicional
ETAPAS DA AVALIAÇÃO INICIAL
1) Preparação
Pré - hospitalar
Notificar o hospital de destino antes de iniciar o transporte
Manutenção da via aérea
Controle da hemorragia externa
Controle do choque
Imobilização do paciente
Transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo
Tentar obter as informações necessárias à triagem ao chegar ao
hospital (ex.: hora do trauma, eventos relacionados e história
do paciente)
HOSPITALAR
Planejamento da área de reanimação
Equipamentos apropriados para abordagem de vias
aéreas organizados, testados e disponíveis
Equipamentos de monitorização disponíveis
Convocação de mais médicos, se necessário
Soluções cristalóides aquecidas
Resposta rápida da equipe de laboratório e radiologia, se
necessário
Acordos de transferência com um centro de trauma credenciado
Segurança dos profissionais com os EPIs
2) Triagem;
Classificação do doente no local do trauma - Conforme o ABC (Via aérea e proteção da coluna
cervical, Ventilação, Circulação com controle da hemorragia)
Escolha do hospital para onde deverá ser transportado