PACIENTES COM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO

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Mapa Mental em PACIENTES COM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO, criado por João Osmário em 21-02-2019.
João  Osmário
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PACIENTES COM COMPROMETIMENTO SISTÊMICO
  1. PROBLEMAS PULMONARES
    1. ASMA
      1. É o estreitamento das vias aéreas menores (Brônquios), produzindo síbilos e dispnéia como resultado de estimulação química, infecciosa, imunológica, emocional, ou combinação destes.
        1. Questionar ao paciente: fatores desencadeantes, frequência, gravidade dos ataques, medicação utilizada e reposta as medicações.
          1. Protocolo para atendimento: Asma do paciente deve estar bem controlada, sem infecções no trato respiratório; Auscultar o tórax em busca de ruídos antes do procedimento; Protocolo para redução de ansiedade, inclusive oxido nitroso, evitando depressores respiratórios; Em crianças, consultar o médico sobre a possibilidade de cromalin sódico; Se o paciente esteve ou está em uso crônico de corticosteroides, haverá necessidade de profilaxia para insuficiência adrenal; Manter um inalador contendo um bronquiodilatador facilmente acessivel; Não prescrever AINES;
      2. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
        1. Mistura de problemas pulmonares patológicos. Geralmente causada, pela exposição prolongada a irritantes pulmonares, tais como fumaça do tabaco que causa metaplasia nos tecidos das vias aéreas.As vias aéreas são rompidas, perdem suas propriedades elásticas e tornam-se obstruídas devido ao edema da mucosa, excesso de secreção e broncoespasmo.
          1. Pacientes com DPOC tornam-se frequentemente dispnéicos durante exercícios leve e moderado. Possuem tosse crônica, com grande quantidade de secreção espessa, infecçoes frequentes do trato respiratório e toráx em forma de barril, e pode apresentar síbilos audiveis durante a respiração.
            1. Protocolo p/ atendimento: Adiar o tratamento até melhora da função pulmonar; Auscultar o tórax afim de determinar se os sons estão normais; Protocolo de redução de ansiedade; Se o paciente estiver sendo submetido a suplementação de O2 crônica, continuar de forma lenta, mas consultar o médico antes; Se o paciente faz uso de esteróides cronicamente, tratá-lo como se tivesse insuficiência adrenal; Evitar manter o paciente em posição supina até a certeza de que ele possa tolerá-la; Monitorar taxas respiratória e cardíaca; Agendar o paciente para o período da tarde a fim de permitir a eliminação de secreções
      3. PROBLEMAS RENAIS
        1. Diálise Renal
          1. Paciente apresenta fístula arteriovenosa; Faz uso de heparina, para evitar coagulação do sangue ao sair do corpo; Lembrar que esses pacientes apresentam aparência óssea alterada, não confundir com problemas dentários;
            1. Evitar drogas que metabolizadas ou excretadas pelos rins, modificar dose se tais drogas não puderem ser substituidas; Evitar AINES; Tratamento odontológico para dia seguinte a diálise; Consultar o médico a cerca de antibioticos profiláticos; Monitorar PA e batimentos; Procurar sinais de hiperparatireoidismo secundário; Considerar teste de hepatite B antes do tratmento;
          2. Transplante renal ou órgãos
            1. Paciente faz uso de uma variedade de drogas, como esteróides e imunosupressores; Ciclosporina A pode causar hiperplasia gengival; Transplantados renais apresentam hipertensão grave;
              1. Procedimento so pode ser feito após liberação do cirurgião de transplante; Evitar drogas nefrotóxicas; Considerar uso de corticóide suplementar; Monitorar PA; Considerar sorologia de hepatite B; Considerar profilaxia antibiótica;
            2. Hipertensão
              1. Hipertensão leve a moderada (sistólica >140 / diástolica >90)
                1. Orientar a buscar um clínico para tratar a hipertensão; Monitorar a PA a cada sessão e nunca exceder 0,04 mg de adrenalina; Protocolo de redução de ansiedade; Evitar alterações posturais bruscas; Evitar a administração intravenosa de soluções que contenham sódio;
                2. Hipertensão grave (sistólica > 200/ diastólica >110)
                  1. Adiar o procedimento até que a PA esteja controlada; Considerar o encaminhamento a um CTBMF para solucionar os problemas de emergências;
              2. DESORDENS HEPÁTICAS
                1. Diminuição da função hepática
                  1. A produção de fatores de coagulação dependentes da vitamina K (II, VII, IX e X) pode estar deprimida na doença hepática grave; A hipertensão causada pela insuficiência hepática pode levar a hiperesplenismo que consequentemente pode causar o sequestro de plaquetas, induzindo a trombocitopenia; Deve-se evitar que esse tipo de paciente engula muito sangue, devido a dificuldade que o mesmo tem de metabolizar o nitrogenio do sangue deglutido, que pode causar encefalopatia;
                    1. Procurar descobrir a causa do problema hepático, caso for hepatite B, tomar as precauções usuais; Evitar uso de drogas que devem ser metabolizadas ou excretadas pelo figado; Investigar os pacientes a cerca de desordens de sangramento, contagem de plaquetas, TP, TTP e TS de Ivy; Evitar que o paciente faça deglutição de grande quantidade de sangue;
                2. DESORDENS ENDÓCRINAS
                  1. Diabetes mellitus
                    1. Tipo I ou Insulino-dependente: Paciente não produz insulina impossibilitando-o de degradar a glicose ingerida.
                      1. Devido ao efeito osmotico do soluto de glicose resulta em poliúria estimulando a polidipsia (consumo frequente de liquidos). Paciente pode apresentar ainda cetoacidose, taquipnéia com sonolência.
                        1. Adiar a cirurgia até que o paciente esteja compensado; Consultas no inicio da manhã; Protocolo de redução de ansiedade, mas evitar tecnicas de sedação profundas; Monitorar respiração, PA, BPM antes, durante e após a cirurgia; Contato verbal com o paciente durante a cirurgia; Se o paciente não puder comer ou beber antes da cirurgia e tiver dificuldade de alimentar-se após a cirurgia, instrui-lo a não tomar a dose habitual de insulina, ou insulina de longa duração (NPH), e iniciar uma ifusão de soro glicosado a 5% com gotejamento de 150 mL/h; Orientar o paciente a alimentar-se normalmente pela manhã e tomar a dose usual de insulina, e caso seja NPH tomar meia dose; Orientar a tomar dose normal de insulina só quando voltar a ingestão normal de alimentos; Estar atento a hipoglicemia; tratar infecções agressivamente;
                      2. Tipo II ou não-insulino-dependente: Paciente produz insulina, mas em quantidades insuficientes, ou dificuldade do receptor à insulina de funcionamento.
                        1. Geralmente inicia na vida adulta, está associada a obesidade e geralmente não requer insulinoterapia.
                      3. Insuficiência Adrenal
                        1. Primária: Pode ser causada por doença no córtex adrenal. Paciente pode apresentar fraqueza, perda de peso, fadiga e hiperpigmentação da pele e membranas mucosas. Secundária: sua causa mais comum é o uso de corticosteroides de forma crônica ( Pacientes ficam conhecidos como tendo "faces em forma de lua", "giba de bufalo" e pele fina e translúcida).
                          1. A incapacidade de aumentar os níveis de corticóide endógeno em resposta ao estresse fisisologico pode trazer com que se tornem hipotensos, sujeitos à sincope, nauseados, e febris durante a cirurgia oral prolongada e complexa;
                            1. Se o paciente faz uso frequente de corticosteróide: Protocolo de redução de ansiedade; Monitorar sinais vitais antes, durante e após; Instruir o paciente a dobrar a dose usual no dia anterior, no dia e no dia seguinte a cirurgia; No segundo dia de pós operatório voltar a dose usual;
                              1. Paciente não está em uso de esteróides, mas tomou pelo menos 20 mg de hidrocortisona por 2 semanas ou mais no ultimo ano: Protocolo de redução de ansiedade; Monitorar sinais vitais; Instruir o paciente a tomar 60 mg de hidrocortisona um dia antes e na manhã da cirurgia ; Nos 2 dias iniciais de pós-operatório a dose deve ser reduzida para 40 mg, e nos 3 dias subsequentes 20 mg; A administração suplementar de esteróides pode ser suspensa no 6° dia de pós;
                          2. Hipertireoidismo
                            1. É a presença de disfunção da tireóide, com excesso na produção de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), o que é mais comumente causado pela doença de Graves, por um bócio multinodular ou por adenoma de tireóide. É importante para o cirurgião pelo motivo de ser a única doença da tireóide que pode causar crise aguda, a tireotoxicose. Paciente apresenta cabelos finos e quebradiços, hiperpigmentação da pele, sudorese excessiva, taquicardia, palpitações, perda de peso e instabilidade emocional. Pode apresentar ainda exoftalmia (aumento dos olhos).
                              1. Pacientes geralmente são tratados com agentes que bloqueiam a síntese de hormônio da tireóide, ou tireoidectomia ou ambos. Porém, aqueles não tratados ou de tratados de forma incompleta pode desenvolver crise tireotóxica. Os sintomas são inquietação, náuseas e câimbras abdominais. Os sintomas tardios são febre alta, diaforese, taquicardia e, eventualmente descompensação cardíaca. Vindo a tornar-se torporoso e hipotenso, chegando a morte se não houver intervenção.
                                1. Adiar a cirurgia até que a disfunção esteja controlada; Monitorar sinais vitais; Limitar a quantidade de adrenalina utilizada;
                            2. Hipotireoidismo
                              1. Os sintomas iniciais são fadiga, constipação, ganho de peso, rouquidão, cefaléias, artralgias, distúrbio menstrual, edema, pele ressecada, cabelos e unhas quebradiços.
                                1. Se os sintomas são leves, não há necessidade de mudança de tratamento;
                            3. PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
                              1. Coagulopatias hereditárias
                                1. Pacientes que possuem esse tipo de distúrbio tem conhecimento. Entretanto, caso não saiba por meio de uma historia de epistaxe (sangramento nasal), hematomas frequentes, sangramento menstrual intenso e sangramento espontâneo deve alertar-nos para uma possivel avaliação pré cirurgica de coagulação.
                                  1. As deficiências de fatores específicos como hemofilia A, B ou C podem necessitar de repositores. Pacientes que são submetidos a essas reposições podem estar acometidos poe hepatite B ou HIV.
                                    1. Os problemas plaquetários podem ser quantitativos ou qualitativos. O problema quantitativo pode ser um problema ciclico e o hematologista pode ajudar na definição do melhor momento para a cirurgia. A contagem de plaquetas geralmente antes de uma cirurgia cai a baixo de 50.000. O hematologista só solicitara a transfusão de plaquetas caso o sangramento cause problema, que a contagem de plaquetas esteja entre 20.000 e 50.000.
                                      1. Deve-se evitar bloqueio de campo na anestesia a fim de evitar lesão em grandes vasos e provocar a um sangramento prolongado pós injeção, resultando em hematoma no local. Consultar o hematologista do paciente sobre o tratamento; Pedir exames de TP (via extrinsica), TTP (via intrinseca), TS, Contagem de plaquetas e sorologia para hepatite; Marcar o paciente de forma que a cirurgia fique logo após a correção das plaquetas ou fatores do sangue do paciente; Ajudar a coagulação por meio de substâncias tópicas que propiciem coagulação, suturas e curativos compressivos; Monitorar a ferida por 2 horas para verificar se formou um bom coagulo; Orientar o paciente sobre como prevenir o deslocamento do coagulo e o que fazer se o sangramento retomar; Evitar prescrever AINES; Tomar precauções contra hepatite B;
                                2. Terapeutica anticoagulante
                                  1. É utilizada em pacientes com dispositivos implantados trombogênicos, tais como valvulas cardiacas protéticas, doenças cardíacas trombogênicas, como fibrilação atrial ou após EM, ou pacientes que fazem hemodiálise; Pacientes que usam warfarin devem ser avaliados, devido a ação anticoagulante dessa medicação aparecer somente alguns dias após a administração;
                                    1. Paciente que fazem uso de warfarim: 1.Consultar o médico do paciente para determinar a segurança de permitir a queda do INR para 1,5 por poucos dias*; 2.Obter o TP para servir de guia; 3.(a) Se o INR está entre 1,0 e 1,5 proceder a cirurgia e passar ao item 6; (b) Se o INR for maior que 1,5, passe para o item 4; 4. Suspender o uso de warfarin aproximadamente 2 dias antes da cirurgia; 5.Checar o TP diariamente e realizar a cirurgia no dia em que o INR cair para 1,5; 6.Tomar precauções extras durante e após a cirurgia, para ajudar a promover a formação e retenção do coagulo; 7.Reiniciar o warfarin no dia da cirurgia;
                                3. DESORDENS NEUROLÓGICAS
                                  1. Desordens Convulsivas
                                    1. Importante saber qual a frequencia, tipo, duração e sequelas das convulsões. E se faz uso de medicação.
                                      1. Adiar a cirurgia até que as crises estejam controladas; Considerar a obtenção dos niveis plasmaticos de anticonvulsivantes se houver dúvidas quanto a cooperação do paciente; Protocolo de redução de ansiedade; Evitar hipoglicemia e fadiga;
                                    2. Etanolismo
                                      1. O alcool pode interagir com medicações, e o paciente pode ter crises de abstinências;
                                        1. Ficar atento aos sinais como, agitação leve, tremores, convulsão, diaforese ou mais raramente deliriuns trenens e alucinações, agitação intensa e colapso circulatório.
                                    3. Gravidez e Pós-parto
                                      1. Gravidas
                                        1. Maiores riscos são referentes a radiação radiográfica e administração de medicações;
                                          1. Adiar a cirurgia até o parto; Consultar a obstetra; Utilizar aventais de chumbo em radiografias; Utilizar medicamentos que não produzem efeitos teratogênicos como, lidocaína, bupivacaina, acetominofera, codeína, penicilina, cefalosporina e eritromicina; Evitar oxido nitroso, mas se necessário, usar no minimo 50% de O2; Evitar a posição supina por longos períodos a fim de evitar compressão da veia cava; Permitir a paciente ir ao banheiro sempre que necessário;
                                        2. Pós-parto
                                          1. Evitar fármacos que são reconhecidos como via de eliminação o leite materno; Evitar o uso de corticosteróides, aminoglicosideos e tetraciclinas;
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