HELENISMO

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Renata Luize Pinheiro Carrara
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HELENISMO
  1. DO SÉC. III a.C À VI d.C
    1. influência da cultura grega em toda a região do Mediterrâneo oriental e do Oriente Próximo
      1. Por que?
        1. Devido às conquistas de Alexandre, O Grande [332 a.C.]
          1. A língua grega se torna comum
            1. centro político e cultural: Alexandria, Egito
              1. cosmopolitismo: gregos, egípcios, comunidade judaica, persas.
                1. Situação do "povo grego", das cidades-Estado, da vida dos gregos
                  1. Império. Poder central.
                    1. Perda da vida pública. Da liberdade política. Da centralidade na vida comum. No debate.
                      1. Consequência/clima instaurado social e existencialmente: perda, ausência de liberdade, perda de referências, desorientação
                        1. Pathos: DOR, ansiedade, INQUIETAÇÃO, PERTURBAÇÃO DA ALMA, INTRANQUILIDADE, fragmentação
                          1. Filosofia: se volta para a interioridade, tenta responder à situação como "arte de viver" [campo próprio da Ética, porém dissociada da Política], assume caráter doutrinário e, às vezes, dogmático; devolver as referências
                            1. Como ser feliz [vida boa] numa situação incerta, insegura, perigosa, sem referências?
                              1. Felicidade, aqui:
                                1. tranquilidade da alma
                                  1. ataraxia
                                  2. liberdade interior [já que a exterior foi "roubada"]
                                    1. autarquia
                                    2. ausência de dor
                                      1. aponia
                                    3. Esse contexto e essa indagação caracterizam o Helenismo
                                      1. Cada corrente helenista dará sua resposta com base numa visão particular sobre o que é o mundo.
                                        1. O que todas têm em comum: a reflexão filosófica [racional, como sabedoria prática] leva a compreensão, que leva à postura diante da vida adotada
                                          1. Cinismo
                                            1. As convenções sociais, a moral, os costumes são hipócritas e aprisionam.
                                              1. Rejeição, zombaria às convenções sociais [valores falsos]
                                                1. vida simples, desapegada [valores verdadeiros]
                                                  1. Defesa do cosmopolitismo [afirmação do desenraizamento]
                                                2. Distinguir [discernir] quanto aos valores falsos e os verdadeiros
                                              2. Estoicismo
                                                1. As paixões nos levam a juízos falsos sobre a vida
                                                  1. Não pode haver nenhuma autoridade superior à razão; mundo apresentado pela razão: Mundo da Natureza. Nada é superior ao Mundo da Natureza. A Natureza é regida por princípios racionais. O espírito de racionalidade que impregna homens natureza = Deus [autoconsciência do mundo]. Não há lugar após a morte. Voltamos à Natureza. Tudo é como é racionalmente organizado. Não podemos mudar isso. Não deveríamos desejar mudar.
                                                    1. Emoções (pathos) são juízos; Se essas forem submetidas à razão, só haverá juízo verdadeiro
                                                      1. Postura advinda dessa compreensão racional [juízo verdadeiro] diante das adversidades, tragédias, destino, etc
                                                        1. Apatheia [apatia]
                                                          1. Resignação
                                                            1. austeridade
                                                              1. calma e dignidade
                                                                1. O homem sábio obedece à lei natural, reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do Universo..
                                                                  1. A razão torna o homem livre [autarquia] e feliz.
                                                        2. Epicurismo
                                                          1. O medo da morte e da vida [prazeres, hedoné] aprisionam
                                                            1. Tudo que existe são átomos. A vida é uma história de átomos que se juntam e em algum momento se dispersam; Toda mudança no Universo consiste nisso. A morte não existe. os deuses estão longe e não se envolvem em assuntos, confusões, rebuliço humanos. Deles "nada temos a esperar e nada a temer". Destino é inevitável. Logo, façamos o melhor dele. O homem consiste em buscar o prazer e evitar a dor [aponia].
                                                              1. A felicidade, a vida boa deve ser nossa meta. Gozar dos prazeres [hedoné] com moderação [phronesis, sabedoria prática]. Buscar saúde.
                                                                1. Distinção dos prazeres naturais e não naturais, necessários e não necessários para buscar a moderação, os prazeres duráveis, não momentâneos. O desequilíbrio causa dor.
                                                                  1. Prazeres naturais e necessários [comer, beber, dormir].
                                                                    1. Prazeres não naturais nem necessários: criamos para nós e nos tornamos escravos [luxo, riqueza].
                                                                      1. Prazeres naturais, porém não necessários [beber vinho, comer pratos sofisticados, dormir em ambientes sofisticados]. Presença do desejo [incessante]. Sem moderação= escravidão.
                                                                        1. Viver a vida privada [enquanto a vida pública é caótica], a amizade, de forma saudável, moderada.
                                                                2. Ceticismo
                                                                  1. A busca por certezas na filosofia [e na vida] aprisiona e não é realizável
                                                                    1. Todo argumento parte de uma premissa. Muitas premissas são possíveis, a certeza simplesmente não está disponível no nível do argumento, da demonstração ou da prova. O que um argumento válido prova é que suas conclusões decorrem de suas premissas, mas isso de modo algum é o mesmo que provar que essas conclusões são verdadeiras. Todo argumento válido começa com um "se". O argumento em si não prova verdade.
                                                                      1. O esmiuçamento de premissas [em busca da mais verdadeira] seria um longo e perturbador exercício na história da filosofia
                                                                        1. Suspensão do juízo (epoché) quanto ao verdadeiro e falso => liberdade no distúrbio, na incerteza.
                                                  2. cosmopolitismo
                                                    1. cidadão do mundo
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