Regressistas: Partido Conservador.
Progressitas: Partido Liberal
Os regressistas, conservadores, aprovaram a lei de interpretação do
ato adcional(1840) que fortalecia o poder cental e reduzia o poder
das províncias.
Temendo que os conservadores prosseguissem com suas
reformas centralizadoras, os liberais começaram a dizer
que só o imperador podia salvar a nação da desordem.
Mas como na época ele só tinha 14 anos de idade, era preciso
antecipar a maiordade do jovem Pedro.
Por força da propaganda, a antecipação da maioridade foi ganhando o apoio dos
conservadores e passou a ser vista como uma forma de "salvar a nação"
Em julho de 1840, a campanha foi vitorioza: com 15 anos
incompletos, D.Pedro II foi aclamado imperador do Brasil. O
episódio ficou conhecido como golpe da mioridade e deu início ao
segundo reinado.
O partido liberal e o partido conservador tinham interesses semelhantes:
ambos desejavam manter a ordem social estabelecida: a monarquia e o
escravismo. Queriam também garantir seus privilégios e manter a maioria da população excluída da política.
Mas havia também algumas diferenças entre eles: os conservadores
defendiam a centralização política, um governo forte para impor a
ordem. Já os liberais eram favoraveis à descentralização política e ao
maior autonomia das províncias.
Tanto os liberais quanto os conservadores adotavam a violência e a
fraude para defender seus interesses.
Já nas primeiras eleições legislativas, os liberais pagaram capangas para
espancar adversários, roubar urnas e modificar resultados. Com isso,
venceram as eleições que, por causa do uso a¡da violência, foram
chamadas de eleições do cacete.
Insatisfeitos com isso, os conservadores precionaram D.Pedro II, que dissolveu a
câmara e convocou novas eleições, que, desta vez, foram vencidas por eles.
A revolução praieira
Na província de Pernambuco, o poder estava nas mãos de poucas famílias,
o´que causava grande insatifação social. A família Cavalcanti sozinha, por
exemplo, era dona de 1/3 dos engenhos pernambucanos.
Outro descontentamento em Pernambuco era que os portugueses
dominavam o comércio de varejo e ,geralmente, só empregavam
seus próprios parentes
Nesse conxto, um grupo de liberais formou um partído político:
o partido da praia, assim chamado porque a sede de seu
principal jornal, o Diário Novo, ficava na Rua da Praia, no Recife.
Nesse ambiente tenso, os conseradores
subiramao poder e demitiram 40 funcionários
públicos contratados pelos liberas e eram
ligados aos praieiros.
Os funcionários demitidos recusaram-se a entregar os cargos na
polícia e reagiram pelas armas, dando início à Revolução Praieira.
A luta começou em Olinda, se estendeu à Paraíba e contou com a participação de
diferentes grupos sociais: senhores de engenho, comerciantes, militares, trabalhadores
temporários, pequenos lavradores, rendeiros e desempregados; a liderança coube aos
senhores de engenho.
Durante a luta, o jornalista Borges da Fonseca redigiu o Manifesto
ao Mundo, de 1o de janeiro de 1849, no qual expôs as seguintes
exigências:
O voto livre e universal do povo brasileiro.
A plena liberdade de imprensa.
O trabalho como garantia de vida para
o cidadão brasileiro.
O comércio de varejo só
para cidadãos brasileiros.
A extinção do Poder Moderador.
Comandados por um de seus líderes, o capitão Pedro Ivo da
Silveira, os praieiros tentaram conquistar Recife. E, apesar de
terem obtido algumas vitórias, foram derrotados pelo Império.
A Praieira foi, antes de tudo, uma disputa pelo poder político
local entre as oligarquias provinciais. Mas expressou também a
insatisfação da população livre pobre, que sofria com o alto
custo de vida, o desemprego e a exclusão política.
O poder do imperador:
Nomeia e demite os presidentes de província.
Disolve a câmara dos deputados
Nomeia os senadores
Perdoa sentenças de réus condenados pelo judiciário.
Ele estava acima dos partidos políticos e os manipulava, promovendo um rodízio entre
eles: ora alçava os liberais ao poder, ora os conservadores. Por vezes, estimulados
pelo imperador, liberais e conservadores governaram juntos, compondo um mesmo
ministério: o Ministério da Conciliação (1853-1857).
Economia no Segundo Reinado:
O café na
liderança:
Nos primeiros tempos, o cafeeiro era plantado no quintal das
casas e servia apenas para consumo doméstico. A partir do
século XIX, o hábito de beber café tornou-se moda na Europa
e nos Estados Unidos, estimulando a formação de cafezais no
Brasil. Além disso, havia no Brasil solos e climas favoráveis ao
cultivo dessa planta. Assim, em pouco tempo, o café tornou-se
o produto brasileiro mais vendido no exterior.
Inicialmente, os cafezais ocuparam o litoral do Rio de Janeiro. Depois,
avançaram pelo Vale do Paraíba
"O Brasil é o vale".
Posteriormente, em consequência do esgotamento dos solos e do
aumento da procura, os cafezais se espalharam pela Zona da Mata
mineira e pelo Oeste paulista, onde havia a terra roxa, um tipo de solo
ideal para o cultivo do café.
E, na sua marcha, os cafezais foram fazendo a riqueza dos “barões do café”, nome
dado aos cafeicultores enriquecidos com a produção e exportação do produto.
O mercado internado no império
A economia brasileira do Império não dependia apenas das vendas para o mercado
externo. Havia também uma produção variada destinada ao mercado interno
Tudo era vendido no mercado interno, tanto no interior de Minas Gerais quanto
para outras províncias, especialmente a do Rio de Janeiro.
Modernização do Império: indústrias e ferrovias
A tarifa Alves Branco (1844), que aumentou os
impostos sobre cerca de 3000 produtos
estrangeiros; esses produtos pagavam 15% e, com
essa lei, passaram a pagar de 30% a 60% de
imposto nas alfândegas brasileiras;
A Lei Eusébio de Queirós (1850), que
proibia a entrada de africanos
escravizados no Brasil.
Progresso do Império brasileiro.
O capital que deixou de ser gasto na compra de escravos, somado ao dinheiro obtido
com as vendas do café brasileiro para o exterior, passou a ser investido em novos
negócios.
Foram criados, na época, dezenas de indústrias, uma
companhia de iluminação à gás, várias companhias de
seguro e de navegação a vapor, bancos e empresas de
mineração e de transportes urbanos.
Outro fator de modernização do Império foi a construção de uma malha ferroviária
ligando o interior ao litoral.
Em 1854, foi construída a primeira ferrovia no
Brasil; ela ligava à baia da Guanabara a
Petrópoles, no Rio de Janeiro.
Em 1858, entrava em funcionamento outra rodovia
brasileira, a Estrada de ferro D.Pedro II, contrída
com o objetivo de fazer o transporte de café do Vale da
Paraíba para o porto do Rio de Janeiro.
Em Pernambuco, em 1855, iniciou-se a construção
da Estrada de Ferro Recife-São Francisco, usada
para transportar gêneros agrícolas, sobretudo o
açúcar.
Em São Paulo, as ferrovias acompanharam o avanço dos
cafezais pelo interior paulista, visando ao transporte de
café até o porto de Santos; a primeira delas, a
Santos-Jundiaí (1867), foi construída com capitais
predominantemente ingleses.
A pressão inglesa e
o fim do tráfico:
Durante muito tempo, o governo da Inglaterra obteve lucros enormes com o tráfico
atlântico; mas, em 1807, mudou de atitude: proibiu a venda de africanos para suas
colônias na América e, em 1833, extinguiu a escravidão nessas colônias.
Com o fim do tráfico, o dinheiro que os proprietários brasileiros gastariam na compra
de escravizados poderia ser investido na aquisição de manufaturados. E se os
trabalhadores do Brasil passassem a receber salários, a compra de produtos
ingleses poderia aumentar ainda mais.
A Inglaterra, líder da Revolução
Industrial, tinha interesse em ampliar o
mercado para os seus produtos; mas,
nos países escravistas, os
proprietários gastavam muito na
compra de escravos, e os
escravizados não podiam comprar os
produtos ingleses.
Parte da população
e dos políticos
ingleses havia
aderido às ideias
iluministas e
opunha-se à
escravidão.
A Bill Aberdeen:
Em 1827, a Inglaterra exigiu do Império brasileiro a extinção
do tráfico de africanos no prazo de três anos, como
condição para reconhecer a independência do Brasil.
(Tratado de comércio e navegação)
Por conta disso, em 1831, uma lei
brasileira declarou ilegal o comércio
de africanos para o Brasil.
Mas como, apesar da lei, esse comércio
cresceu em vez de diminuir, em 1844 a
Inglaterra exigiu a renovação do acordo de
1827.
O governo de D. Pedro II, porém, se recusou a renová-lo,
acusando os ingleses de violarem a soberania nacional ao invadir
águas brasileiras para prender navios que traficavam africanos.
Em represália, em 1845, o governo da Inglaterra aprovou a Bill
Aberdeen, lei que autorizava os navios ingleses a prender ou afundar
os navios negreiros; a lei considerava criminosos o dono do navio, o
capitão, o piloto e seus auxiliares. Os traficantes eram julgados na
Inglaterra.
O Trafico interprovincial:
Proibidos de comprar
trabalhadores da África,
os fazendeiros do
Sudeste passaram a
comprá-los de outras
regiões do país, como o
Nordeste, onde a
oferta de braços era
maior, devido à
decadência da lavoura
açucareira. Esse tipo
de comércio foi
chamado de tráfico
interprovincial.
Com base nas teorias de raça inferior(negra) e superior (branca),
muitos membros da elite imperial defendiam a entrada maciça de
europeus e o consequente branqueamento da população brasileira
como único meio de se chegar ao progresso.