DROGAS ANTICOAGULANTES E ANTiAGREGANTES

ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS
1. AAS
  1. Reduz em torno de 15% a ocorrência de novos eventos cerebrovasculares.
  2. Foi constatado que a redução de risco independe de doses maiores de AAS, o que sugere que doses menores são efetivas na prevenção secundária.. Doses maiores estão relacionadas com maior quantidade de eventos hemorrágicos, principalmente de trato gastrointestinal.
  3. Além de doenças cardiovasculares também previne dor e febre.
  4. É contraindicado para pessoas alérgicas ao seu principio ativo. Também não deve ser usado em caso de gravidez, crise de asma, suspeita de dengue e febre amarela, pessoas com deficiência de G6PD.
2. DIPIRIDAMOL+ AAS
  1. Efeitos adversos: maior incidência de sangramento, cefaleia e sintomas gastrointestinais (particularmente diarreia).
  2. AAS mais dipiridamol de liberação prolongada (200mg 2x/dia) é uma opção interessante para prevenção secundária em pacientes com AVC isquêmico ou AIT
  3. Os efeitos secundários mais frequentemente são de natureza gastrointestinal, podendo ocorrer mal-estar epigástrico, dor abdominal, vómitos, náuseas e diarreia; na maior parte dos casos, estes efeitos desaparecem durante o tratamento. Além disso, hipotensão, desmaio, afrontamentos, taquicardia e agravamento dos sintomas da doença arterial coronária.. E ainda hemorragia intracraniana, hemorragia ocular, hemorragia nasal e hemorragias cutâneas, tais como contusão, equimose e hematoma; o (Ácido acetilsalicílico, Dipiridamol) pode induzir o prolongamento do tempo de hemorragia, podendo prolongar uma hemorragia no decorrer ou após uma intervenção cirúrgica.
3. CLOPIDOGREL
  1. O desfecho primário foi uma composição de AVC isquêmico, infarto agudo do miocárdio, hemorragia intracraniana, amputação da perna e morte.
  2. Houve uma redução relativa de risco de eventos de 8,7% em favor do clopidogrel.
  3. Contraindicado em caso de hipersensibilidade à substância ou componentes do produto; sangramento ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intra-craniana, intolerância à galactose (há lactose nos excipientes do produto).
  4. Efeitos adversos: hemorragias, dispepsia, dor abdominal, diarreia, pode causar aumento do tempo de sangramento, leucopenia e plaquetopenia (raro)
4. CLOPIDOGREL+ AAS
  1. O desfecho primário avaliado foi AVC, IAM, morte por causa vascular ou re-hospitalização por isquemia aguda.
  2. A associação de AAS com clopidogrel aumentou a taxa de sangramentos e não foi eficaz em reduzir eventos.
  3. Essa associação potencializa a redução do risco de eventos trombóticos em pacientes com síndrome coronariana aguda.
5. CILOSTAZOL
  1. Efeitos adversos: cefaleia, taquicardia, palpitações e tontura são os mais comuns.
  2. Reduziu em 25% a chance de eventos primários. Além de proporcionar uma menor incidência de eventos hemorrágicos.
  3. Mostrou-se efetivo em aumentar o fluxo sangüíneo cerebral, em diminuir o risco relativo de infarto cerebral recorrente, especialmente lacunar, demonstrando ser útil na prevenção secundária.
6. INIBIDORES DA GLICOPROTEÍNA IIB/ IIIA
  1. Seguro se for administrado em até 24 horas após o AVC Isquêmico Agudo
  2. Proporcionou redução dos eventos cardiovasculares maiores (morte, infarto agudo do miocárdio (IAM) e revascularização de urgência do vaso-alvo
7. TICLOPIDINA
  1. Efeitos adversos mais comuns: neutropenia, rash cutâneo e diarreia
  2. Os desfechos avaliados foram novo AVC, IAM ou morte por causa cardiovascular.
  3. Reduz o risco de acidente vascular cerebral primário ou recorrente. Previne acidentes isquêmicos extensos.
  4. É contraindicado nos casos de diátese hemorrágica, lesões orgânicas suscetíveis de sangramento. Hemopatias com aumento do temo de sangramento. Antecedentes de leucopenia, trombocitopenia ou agranulocitose.
  5. Efeitos graves do uso de Ticlopidina podem estar associados a monitorização inadequada, diagnóstico tardio e medidas terapêuticas inadequadas quanto aos efeitos adversos.
ANTICOAGULANTES
1. VARFARINA
  1. Efeitos adversos: Anemia, hemorragia de menor ou maior intensidade em qualquer tecido ou órgão. Necrose da pele e de outros tecidos, êmbolos aterotrombóticos sistêmicos e microêmbolos de colesterol.
  2. Evita a progressão ou nova ocorrência de trombose venosa profunda aguda, ocorrência de embolia em pacientes com valvas cardíacas ou fibrilação atrial crônica, trata isquemia coronariana recorrente em casos de IAM.
  3. Embora eficaz, o medicamento apresenta baixo índice terapêutico (dose terapêutica e dose tóxica são muito próximas), e alta interação com outros medicamentos e alimentos.
  4. Contra indicações: Durante as primeiras 24 horas antes ou após cirurgia ou parto. Gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre
2. HEPARINA NÃO FRACIONADA
  1. O desfecho primário avaliado foi o nível de independência para atividades da vida cotidiana após 90 dias do evento agudo
  2. Os desfechos de segurança foram morte, hemorragia intracraniana sintomática e outros sangramentos maiores
  3. Não houve benefício do uso na redução de mortalidade ou na melhoria da dependência dos pacientes.
  4. É contraindicado o seu uso de nas 24 horas posteriores ao tratamento trombolítico intravenoso do AVC isquêmico com alteplase
  5. Reações adversas: hipersensibilidade, tremores, cefaleia, hiperpotassemia e priaprismo, podem ocorrer. Entretanto, hemorragias configuram o principal evento adverso associado ao uso da heparina, e o risco de sua incidência aumenta conforme a dose utilizada, uso concomitante de outros agentes anticoagulantes
3. HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR
  1. . O desfecho primário foi morte ou dependência nas atividades de vida diária
  2. Não demonstrou-se benefícios do uso dessa medicação
  3. Observou-se que doses maiores estão relacionadas com maiores taxas de sangramento
  4. É contraindicado o seu uso de nas 24 horas posteriores ao tratamento trombolítico intravenoso do AVC isquêmico com alteplase
  5. Reações adversas: Aumento das transaminases; diminuição das plaquetas no sangue; hemorragia; hipoaldosteronismo; reação alérgica local ou generalizada.

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