Exame que incluem sódio, potássio, cloreto,
bicarbonato, creatinina, uréia, cálcio, ácido úrico e
fósforo.
Teste de gravidez na urina
Antes da exposição à radiação ionizante e para descartar
gravidez ectópica.
Tomografia computadorizada
helicoidal sem contraste (TCSC)
Exame de imagem na nefrolitíase devido à alta sensibilidade e especificidade,
devendo ser requisitada logo que haja suspeita de nefrolitíase.
Determina com exatidão a presença, o tamanho
e a localização dos cálculos.
Radiografia abdominal
simples.
Ultrassonografia renal
Pielograma intravenoso (PIV)
Análise de função renal e
drenagem do sistema coletor.
Monitoramento da urina (24Hs)
As medições básicas devem incluir volume, pH, creatinina,
sódio, cálcio, oxalato, ácido úrico e citrato.
Amostra da úrina para
cistina
Caso não tenha descartado
cistinúria
Prognóstico
Os cálculos normalmente podem ser removidos
sem causar danos permanentes
Os cálculos tendem a reaparecer, especialmente se
a causa não for encontrada e tratada.
O paciente deve seguir as orientações
medicas e o tratamento indicado
O paciente deve beber bastante agua e
tomar analgésicos em caso de dor
Etiologia
Elevadas concentrações de
minerais na urina
obstrução das vias
urinárias.
Baixa ingestão hídrica
Alterações
anatômicas
pelve bífida
ureter
duplicado
rim esponjoso
medular
Acidose tubular
renal
Tratamento
INICIAL
Alívio
sintomático
Hidratação e
analgésicos
CÁLCULO + SINAL DE
INFECÇÃO
Consulta urológica imediata para
verificar ITUs
Antibióticos e descompressão renal para
reduzir a possibilidade de choque séptico
CÁLCULO SEM SINAL DE
INFECÇÃO
Forma conservadora
Uso de opioides e AINEs
Terapia Clínica Expulsiva
(TCE)
Eliminação natural do
cálculo
Cálculos <10
mm
Uso de alfabloqueadores para relaxamento do
ureter
Tansulosina
Alfuzosina
Silodosina
Cirúrgico
Feito quando há muita dor para eliminar o cálculo
naturalmente, afetar a função renal, causar infecções
ou obstruir o fluxo urinário
Métodos:
Litotripsia extracorpórea por ondas de
choque (LECO)
Menos invasivo,
definitivo
Ondas quebram os cálculos
mediante forças de compressão e
tração
Limitações: incluem o
tamanho e a localização
do cálculo
Uso de raio-x ou
ultrassom para
acompanhar
Contraindicações: gestação, malformações esqueléticas graves, obesidade
grave, aneurismas da artéria aórtica e/ou renal, hipertensão não
controlada, distúrbios de coagulação sanguínea e ITUs não controladas
Ureteroscopia
(URS)
Ureteroscópio
Sem
incisão
Anestesia
geral
Stent temporário para manter o ureter
aberto
Nefrolitotomia
Percutânea (PCNL)
Melhor tratamento para cálculos grandes localizados
nos rins
Anestesia
geral
Incisão de 1,27 cm nas costas ou
nas laterais do corpo, tamanho
suficiente para permitir que o
nefroscópio
Bolsa de nefrostomia
Outras cirurgias raramente
utilizadas: cirurgia aberta,
cirurgia laparoscópica ou
cirurgia robótica
Complicações
Pós
procedimentos:
Sangramento pós
PCNL
Hematoma pós
LECO
Urossepse pós LECO, URS ou
PCNL
Steinstrasse pós-LECO
Lesão ureteral pós-LECO, PCNL ou
ureteroscopia
Lesão de órgão visceral
Pneumotórax
Estenose
ureteral
Dos cálculos não tratados:
Infecção
Obstrução do rim
Insufuciência renal
Hidronefrose
Epidemiologia
cerca de 1:1.000
pessoas na população
geral.
Pico de incidência
entre 20 e 50 anos
Mais comum
em homens
Mais frequente em países
desenvolvidos e em regiões
de clima quente
Maior exposição
da pele à luz
solar
+ síntese de
vitamina D
Maior absorção de
cálcio no intestino
Hábitos alimentares pouco
saudáveis, como dieta
industrializada, rica em
proteínas animais e sal
Sinais e
sintomas
Dor súbita no abdômen
náusea ou vômito
Calafrios ou
suor
Trato urinário
desejo persistente de
urinar
micção excessiva
micção frequente ou sangue na
urina
Dores Locais
costas
flanco (um lado da parede abdominal)
parte lateral do corpo ou testículo
Anatomia
Classificação de cálculo renal
Cálculos de cálcio
Formados por consumo excessivo de proteínas e
sódio juntamente a baixa ingesta de líquidos ou
também devido a distúrbios que causam
hipercalciúria que combinam com oxalatos,
fosfatos ou carbonatos formando calculos
Calculos de cistina
Causado por conta da cistinúria, que leva ao
excesso e baixa solubilidade do aminoácido
cistina na urina levando a formação de cristais
Tipos de cálculo renal
Calculos de estruvita
São causados por bactérias recorrentes de
múltiplas infecções do trato urinário, formados
por fosfato de amônio e magnésio
Cálculos de acido úrico
São causados devido a dietas ricas em proteína, obesidade
ou fatores genéticos, associados a baixa ingestão de liquidos
Fisiopatologia
Para ocorrer a formação de calculos renais a urina deve
conter altas concentrações de minerais. A cristalização ocorre
somente quando é atingido um limiar de concentração
denominado produto de formação, que é propicio para a
formação de cristais
Duas principais hipóteses
para a fixação
Hipotese da particula livre
o processo de nucleação ocorreria dentro da luz do túbulo.
Com deslocamento do cristal pelos túbulos renais, ocorreria
rápida agregação e formação de uma estrutura grande o
suficiente para ficar retida em nível das papilas renais.
Hipotese da particula fixa
após lesão química no urotélio, que normalmente atua impedindo a
aderência do cristal, ocorreria aderência de cristais num ponto do
sistema coletor renal, prolongando o tempo de exposição à urina
supersaturada e facilitando a agregação e o crescimento do cálculo
Existem três etapas de Formação de um
cálculo renal:
1º Nucleação - menor unidade da formação de um
cristal;
2º Agregação - junção dos cristais e aumento do seu
tamanho, possibilitando parada no canal;
3º Retenção - Cristais que sofreram nucleação e agregação se
prendem nos tubulos, formando o cálculo propriamente dito
Prevenção
Mais ingestão de líquidos
(ingerir de 2 a 3L de água por
dia)
Diminuir o consumo de carnes, ou
qualquer tipo de proteína animal
Consumir uma quantidade de cálcio, pois
a baixa ingestão pode aumentar os níveis
de oxalato
Aumentar a ingestão de frutas e legumes
Diminuir a quantidade de sódio
ingerido, pois o aumento do sódio pode
levar ao aumento de cálcio na urina
Prevenir o consumo de alimentos com
oxalato, como: espinafre, cacau,
beterraba, chá e castanhas e nozes
Evitar a utilização de suplementos, como vitamina C,
vitamina D, proteína e cálcio sem orientação médica
Diagnósticos diferenciais
Pielonefrite aguda
Cursa com dor lombar à punho-percussão, disúria, polaciúria e hematúria, mas
frequentemente também com febre, e esta última está ausente na litíase renal
não-complicada. Além de leucocitose com desvio à esquerda e queda do estado geral
Carcinoma de células renais
O sangramento pode causar cólica renal por deslocamento de coágulos no interior do
ureter. Porém, tal diagnóstico em geral é acidental em exames de imagem e raramente
se manifesta com a tríade de hipertensão, massa palpável e hematúria
Obstrução Intestinal
Diverticulite
A Dor e sensibilidade geralmente estão presentes no
quadrante superior direito. Não apresenta hamatúria
Apendicite
Aguda
Colecistite Aguda
Pode se associar a dor no flanco, náuseas e vômitos, mas não causa hematúria e chama
atenção a descompressão dolorosa do ponto cístico (Sinal de Murphy) na cólica biliar.
Isquemia Intestinal
Podem se apresentar com cólicas, mas não com hematúria. Além disso, estes
quadros intestinais são causas comuns de abdome agudo, mas não a litíase renal.
Gravidez Ectópica
São ocasionalmente confundidas com cólica renal em mulheres, pela
dor em flanco, facilmente diferenciados com o ultrassom pélvico.
Fatores de risco
Baixa ingestão de água, excesso de consumo de sal,
dieta rica em purinas, oxalato ou proteínas
Ocorrência de litíase em familiares de primeiro grau
Medicamentos como Indinavir, sulfadiazina, triantereno,
vitamina D e análogos, vitamina C, salicilatos e probenicide
Infeccção do trato urinário e doenças intestinais como
Síndrome do intestino Curto e Doença de Crohn