HISTORIA DA EDUCAÇÃO BRASILERIA E TENDENCIAS PEDAGÓGICA
Período Jesuítico (1549 / 1759)
A história da educação no Brasil começou em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas,
inaugurando uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país.
Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, durante mais de 200 anos, os
jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Embora tivessem fundado inúmeras
escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do
ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade, alguns dos quais
chegaram mesmo a oferecer modalidades de estudos equivalentes ao nível superior.
Período Pombalino (1760 / 1808)
Em 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, abrindo um enorme vazio que
não foi preenchido nas décadas seguintes. Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53
de Pernambuco, 199 do Rio de Jaileiro e 133 do Pará. A educação jesuítica não convinha aos
interesses comerciais emanados por Pombal. Pelo alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo
em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava as aulas
régias de Latim, Grego e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar
após o seu afastamento. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se
articulava com as outras. Os professores geralmente não tinham preparação para a função, já que
eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se
tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias. O resultado da decisão de Pombal foi que,
no princípio do século XIX, a educação
Período Joanino (1808 / 1821)
A mudança da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para
atender as necessidades de sua estadia no Brasil, D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de
Direito e Medicina. a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais da Educação Nova,
redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados educadores da época.
Em 1934, a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é
direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos. Ainda em 1934, por
iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a Universidade de São Paulo. Em 1935 o
Secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, cria a Universidade do Distrito Federal.
Estado Novo (1937 / 1945)
Refletindo tendências fascistas, é outorgada uma nova Constituição em 1937]. A orientação
político-educacional para o mundo capitalista fica bem explícita em seu texto sugerindo a
preparação de um maior contingente de mão-de-obra para as novas atividades abertas pelo
mercado. Neste sentÍClo a nova Constituição enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por
outro lado propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa individual e à associação
ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da educação. Mantém ainda a
gratuidade e a obrigatc.riedade do ensino primário Também dispõe como obrigatório o ensino de
trabalhos manuais em todas as escolas normais, primárias e secundárias. Em 1942, por iniciativa do
Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos do ensino. Estas Reformas receberam o
nome de Leis Orgânicas do Ensino, e são compostas por Decretos-lei que criam o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial SENAI e valoriza o ensi
República Nova (1946 / 1963)
O fim do Estado Novo consubstanciou-se na adoção de uma nova Constituição de cunho liberal e
democrático que determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e da competência à
União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Fez voltar o preceito de que a
educação é direito de todos. Em 1946 é regulamentado o Ensino Primário e o Ensino Normal, é craido
SENAC. Em 1950 é inaugurado o Centro Popular de Educação, Slavador/BA, dando início a sua idéia
de escola-classe e escola-parque. Em 1952, em Fortaleza, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia
uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético; em 1953, a
educação passa a ser administrada pelo Ministério da Educação e Cultura; em 1961, tem início uma
campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha
alfabetizar em 40 horas adultos analfabetos; em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que
substitui o Conselho Nacional de Educaçã
Regime Militar (1964 / 1985)
Em 1964, um golpe militar aborta todas as iniciativas de se revolucionar a educação brasileira, sob o
pretexto de que as propostas eram "comunizantes e subversivas". Espelhou na educação o caráter
antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos;
universidades foram invadidas; estudantes foram presos e feridos, nos confronto com a polícia, e
alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de
funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores. Neste período deu-se a grande
expansão das universidades no Brasil. Para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas
suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar, foi criado o vestibular
classificatório. Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização
(MOBRAL) aproveitando-se, em sua didática, do expurgado Método Paulo Freire. Entre denúncias de
corrupção, acabou por ser extinto
Nova República (1986 I 2003)
A Constituição de 1988, procurou introduzir inovações e compromissos, com destaque para a
universalização do ensino fundamental e erradicação do analfabetismo. O Projeto de Lei da nova
LDB foi encaminhado à Câmara Federal, pelo Deputado Octávio Elísio em 1988. No ano seguinte o
Deputado Jorge Hage envia a Câmara um substitutivo ao Projeto e, em 1992, o Senador Darcy Ribeiro
apresenta um novo Projeto que acaba por ser aprovado em dezembro de 1996. O Governo Collor de
Mello, em 1990, lança o projeto de construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em
todo o Brasil. A fase politicamente marcante na educação, foi o trabalho do Ministro Paulo Renato de
Souza à frente do Ministério da Educação. Logo no início de sua gestão, através de uma Medida
Provisória extinguiu o Conselho Federal de Educação e criou o Conselho Nacional de Educação,
vinculado ao Ministério da Educação e Cultura.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS: sobre um aspecto histórico
1. TENDENCIAS LIBERAIS
1.1) Tradicional
Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos históricos. Nesta tendência o professor é a
figura central e o aluno é um receptor passivo dos conhecimentos considerados como verdades
absolutas. Há repetição de exercícios com exigência de memorização.
1.2) Renovadora Progressiva
Por razões de recomposição da hegemonia da burguesia, esta foi a próxima tendência a aparecer no
cenário da educação brasileira. Caracteriza-se por centralizar no aluno, considerado como ser ativo e
curioso. Dispõe da ideia que ele "só irá aprender fazendo", valorizam-se as tentativas experimentais,
a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social. Aprender se toma uma atividade de
descoberta, é uma autoaprendizagem. O professor é um facilitador.
1.3) Renovadora não diretiva (Escola Nova)
Anísio Teixeira foi o grande pioneiro da Escola Nova no Brasil. É um método centrado no aluno. A
escola tem o papel de formadora de atitudes, preocupando-se mais com a parte psicológica do que
com a social ou pedagógica. E para aprender tem que estar significativamente ligado com suas
percepções, modificando-as.
1.4) Tecnicista
Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista.
Neste método de ensino o aluno é visto como depositário passivo dos conhecimentos, que devem
ser acumulados na mente através de associações. O professor é quem deposita os conhecimentos,
pois ele é visto como um especialista na aplicação de manuais; sendo sua prática extremamente
controlada. Articula-se diretamente com o sistema produtivo, com o objetivo de aperfeiçoar a ordem
social vigente, que é o capitalismo, formando mão de obra especializada para o mercado de
trabalho.
2. TENDENCIAS PROGRESSISTAS
2.1) Libertadora
Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa tendência vincula a educação à luta e
organização de classe do oprimido. Onde, para esse, o saber mais: importante é a de que ele é
oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em vive. Além da .busca pela transformação
social, a condição de se libertar através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua
organização de classe. Centraliza-se na discussão de temas sociais e políticos; o professor coordena
atividades e atua juntamente com os alunos.
2.2) Libertária
Procura a transformação da personalidade num sentido libertário e auto gestionário. Parte do
pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas,
por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. Enfoca a livre
expressão, o contexto cultural, a educação estética. Os conteúdos, apesar de disponibilizados, não
são exigidos pelos alunos e o professor é tido como um conselheiro à disposição do aluno.
2.3) "Crítico-social dos conteúdos" ou "Histórico-Crítica"
Tendência que apareceu no Brasil nos fins dos anos 70, acentua a prioridade de focar os conteúdos
no seu confronto com as realidades sociais, é necessário enfatizar o conhecimento histórico. Prepara
o aluno para o mundo adulto, com participação organizada e ativa na democratização da sociedade;
por meio da aquisição de conteúdos e da socialização. É o mediador entre conteúdos e alunos. O
ensino/aprendizagem tem como centro o aluno. Os conhecimentos são construídos pela experiência
pessoal e subjetiva.
FILME MEU MESTRE, MINHA VIDA
Uma escola em completo caos chama um ex-professor para assumir a direção e tentar fazer
rapidamente com que os alunos consigam atingir as metas de notas exigidas pelo Estado. O
Administrador, através da centralização do poder, toma medias radicais, bem questionáveis, não
ouve a comunidade, suas necessidades, por vezes humilha os alunos e professores além de infringir
leis, abusando de seu poder de Diretor, e agindo de forma autoritária, mas consegue seu objetivo
que é organizar a escola e faz com que seus alunos atinjam as metas propostas.
Com a criação do Estatuto da
Criança e Adolescente há uma
quebra da autoridade e
autoritarismo do professor.
A muitas das atitudes do administrador são condenáveis do ponto de vista educacional (expulsão de
alunos e humilhação de alunos), do ponto de vista administrativo (humilha professores,
autoritarismo), fere leis, mas fica associado ao que vivemos hoje na educação do país.
Traz para a discussão a ideia de como combater o comercio e o consumo de drogas dentro da
escola.
GESTÃO ESCOLAR
GESTÃO PEDAGOGICA
PAPEL DO PROFESSOR
Estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos. Define as linhas de atuação, em função dos
objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os
conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas, dos objetivos
e o cumprimento de metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar
como um todo. Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto
Pedagógico (também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano
Político Pedagógico de Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos
gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar.
O Diretor é auxiliado nessa tarefa pelo Coordenador Pedagógico (quando existe).
GESTÃO ADMINISTRATIVA
PAPEL DO ADMINISTRADOR
Cuida da parte física (o prédio e os equipamentos materiais que a escola possui) e da parte
institucional (a legislação escolar, direitos e deveres, atividades de secretaria). Suas especificidades
estão enunciadas no Plano Escolar (também denominado Plano Político Pedagógico de Gestão
Escolar, ou Projeto Pedagógico) e no Regimento Escolar.
DOCUMENTAÇÃO – PPP: PROGRAMA ESCOLAR
DIRETOR COM/ AUX COORD. PEDAGÓGICO
O Projeto Político-Pedagógico pode ser definido como uma combinação dos objetivos que instituição
de ensino deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar, bem como os meios para
concretizá-las. É um guia que buscar indicar a direção que deve ser seguida pelos gestores,
professores e funcionários e também alunos e famílias. Por isso, ele precisa ser completo para ficar
claro o caminho que se deseja seguir mas, ao mesmo tempo, deve ser suficientemente flexível para
se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Deve contemplar os seguintes itens:
missão, clientela, dados da aprendizagem, relação com as famílias, recursos, diretrizes pedagógicas e
seu plano de ação de com atingir esses objetivos. Essa ferramenta de planejamento e avaliação deve
ser consultada por todos os membros das equipes gestora e pedagógica antes de definirem suas
ações e toma de tomarem as decisões.
PLANO DE ESTUDO: PLANO DE TRABALHO
Novo paradigma: baseado no trabalho democrático e participativo
entre os membros das instituições.
Os gestores devem ter uma visão abrangente, percebendo as relações entre os vários membros que
compõe as articulações educacionais para que consiga realizar um trabalho orientado no processo
democrático e participativo.
Gestores devem construir, em parceria com a escola traços culturais próprios no planejamento,
organização, direção e avaliação.
Sensibilização dos professores, esclarecendo a estes as metas e os objetivos a serem alcançados na
instituição educacional. Assim, diante da conscientização do trabalho em conjunto de toda a equipe
escolar, é que resultará em uma melhor comunicação da própria instituição com a comunidade.
É rosto, a expressão da Instituição. É a maneira como serão abordados e tratados os assuntos e
objetivos que se pretende alcançar.
PIERRE LEVY – TEXTO INTELIGENCIA COLETIVA
Neste texto Pierre Lévy procura instigar reflexões sobre o efeito que os avanços da tecnologia tem
na sociedade, mostrando a influencia das novas tecnologias na forma de comunicação das pessoas.
INTELIGÊNCIA COLETIVA E CIBERESPAÇO
Se baseia em dois conceitos para construir seu pensamento: inteligência coletiva e ciberespaço.
Com esses dois conceitos e, fazendo uso da história, crenças, no tangível e intangível, na razão e na
emoção e em metáforas, busca mostrar a evolução da tecnologia, da informática, dos meios de
comunicação entre as pessoas e da criação e desenvolvimento do conhecimento
Em relação a inteligência coletiva, o autor parte do princípio de que todas as pessoas tem a sua
própria inteligência acumulada, baseadas nas suas vivências pessoais. Ela funciona como uma forma
de interação social, pois essas vivências são compartilhadas com os outros e, nesse momento, são
criadas novas inteligências, coletivas
No que tange o conceito de ciberespaço, ele não considera apenas um ambiente de comunicação,
mas um espaço onde estão reunidas uma quantidade quase ilimitada de informação e
conhecimento, além de meios para se chegar a elas (infovias). Nele podem ser encontrados todos os
tipos de mídia e diversos tipos de interface, que permitem a nossa intersão, ao mesmo tempo, ou
não com essas informações e conhecimentos.
Assim, podemos caracterizar o ciberespaço como o local onde a inteligência coletiva é formada, no
momento em que as pessoas passam a interagir entre si, promovendo a inter-relação de ideias por
meio de comunidades virtuais. Dessa forma, Lévy quer mostrar que é possível ensinar e aprender a
partir do ciberespaço e que ele pode, além de trazer o conhecimento, compratilhá-lo.
NOVA LINGUAGEM
Como a inteligência coletiva envolve pessoas de todo o mundo, com culturas diversas e que falam
idiomas diferentes e tem diferentes expressões para dizer algo, isso poderia ser algo prejudicial a
esse processo. Nesse sentido, Lévy lança a ideia da criação de uma nova linguagem, universal, a ser
utilizada no ciberespaço.
QUATRO ESPAÇOS DO SABER ANTROPOLÓGICO
TERRA
TERRITÓRIO
ESPAÇO DAS MERCADORIAS
ESPAÇO DO SABER
NÔMADES
Com o avanço da tecnologia podemos estar em qualquer lugar do mundo, "virtualmente", sem a necessidade de sairmos de sairmos de nossa casa, podendo ter contato
com qualquer língua e qualquer cultura. Por isso Levy diz que voltamos ser "nômades".
VIDEO CAPITULO 6
https://www.youtube.com/watch?v=sT4YzQ6Gn4k
EPILOGO; VIAGEM A CNOSSOS
Mostra a relação entre o IMAGINÁVEL X
INEMAGINÁVEL X POSSIVEL X IMPOSSÍVEL X
FACTIVEL
Mostra que com os avanços tecnológicos, o limite é o que não
pode ser imaginado. Se pode ser imaginado, mesmo que não
seja factível nesse momento, é possível de ser criado algum dia,
com alguma tecnologia. O impossível é somente o que não é
imaginado.
DEFINIÇÃO DE VALORES DO PROFESSOR
TRABALHO DE COLAGEM
Foi feito um trabalho de colagem, em grupos,
através de textos que apresentavam histórias
curtas, mas que nos obrigavam a pensar e,
através da criação de uma frase, transmitir sua
mensagem
Pegamos a história "O ELEFENTA E A ESTACA", onde uma garotinha que intrigada,
buscou descobrir porque um elefante ficava “preso” a uma
corda presa na sua pata, que ele facilmente poderia se
libertar.
Utilizamos a frase: “Não deixe que seus obstáculos
seja maiores que seus sonhos”. Mostrando que não
devemos desistir nunca, sempre buscar alternativas e
trabalhar para buscar meios para alcançar os
nossos sonhos e objetivos.
LEITURA DO TEXTO - GESTÃO ESCOLAR E QUALIDADE NO ENSINO:
UMA RELAÇÃO INSEPARÁVEL, de Angela Maria Gonçalves de
Oliveira
O texto estabelece uma relação intrínseca entre a Gestão Escolar e a qualidade no ensino,
mostrando que ambas se completam e se relacionam. Cumpre salientar que a mensagem absorvida
é da inexistência da qualidade no ensino sem a existência de uma gestão escolar eficiente e eficaz,
observando ainda que a qualidade do ensino tem seu inicio na qualidade da gestão escolar, com a
participação de todos os agentes do processo: professores, diretores, colaboradores e alunos,
afastando a ideia de uma gestão centralizada, autoritária, caracterizada como administração
Taylorista.
A autora caracteriza a sociedade como um grupo de instituições com papéis delimitados e definidos,
destacando a instituição escolar, pois esta exerce uma função diferente das demais: ela prepara os
cidadãos dessa sociedade para exercer as funções de gestão das demais Instituições. Infere-se que o
papel das instituições de ensino é, no mínimo transformador, pois afeta diretamente a qualidade
das atividades de toda uma sociedade.
Com base nesses conceitos sintetizados acima, a autora cita a realidade brasileira para salientar que
as leis atuais disciplinam um novo paradigma, que estabelece uma gestão escolar democrática,
autônoma e participativa, afastando o modelo de gestão autoritária e centralizadora. “Essa forma de
gerir uma instituição educacional contribuirá para a efetivação de uma educação de qualidade onde
o educando seja estimulado a desenvolver suas potencialidades pessoais e profissionais, a partir de
práticas educativas democráticas“ sic.
O texto não permite esquecer que o educador também é um gestor importante no
processo de obtenção da qualidade no ensino, pois deverá exercer um papel de
agente da construção da personalidade critica do educando e sua autossuficiência.
Apenas nessa hipótese a escola exercerá verdadeiramente o seu papel de agente de
mudança e desenvolvimento dos cidadãos e da sociedade.
Mesmo diante das definições previstas na nova legislação brasileira, seja elas: gestão
democrática e descentralizada, ainda há uma indefinição de como mensurar o que é
qualidade na educação, pois ainda adota-se os parâmetros dos países desenvolvidos
quanto a avaliação da qualidade de seu ensino. A autora reforça que para pensarmos em
uma escola de qualidade esta deve despertar o aluno para o desenvolvimento de todas
suas habilidades tornando-se um sujeito de sua história, ser analítico, ser construtor de
sua realidade.