Dor e desconforto localizado abaixo do rebordo
costal e acima da linha glútea superior
Classificação ➙ duração do episódio: aguda (inferior a 6 semanas),
subaguda (6-12 semanas) ou crônica (mais de 3 meses)
Dor lombar específica: sintomas causados por mecanismos
patofisiológicos diagnosticados como hérnia de disco, distúrbio
inflamatório, infecção, osteoporose, artrite reumatoide, fratura ou tumor
Dor lombar não específica: sintomas são sem causa
claramente definida, acometendo 90% de todos os
pacientes com dor lombar ➙ maioria dos casos é mecânica
Tratamento não medicamentoso: repouso, exercícios, massagens e acupuntura
Tratamento
medicamentoso
Deve ser centrado no controle sintomático da dor ➙
proporcionar a recuperação funcional o mais rápido possível
Paracetamol ➙ dores leves a moderadas
Dipirona ➙ dores leves a moderadas ➙ analgésico simples
AINEs úteis na
clínica ➙ + eficazes
Naproxeno
Indometacina
Coxibes ➙ Celecoxibe
Opióides
Codeína ou Tramadol ➙ não é 1ª linha
Relaxantes musculares ➙ efetivos por curto prazo
➙ alívio sintomático da dor lombar aguda
Efeito colateral ➙
sedação do paciente
Antidepressivos tricíclicos
Para dor lombar crônica ➙ 1ª linha
Amitriptilina
Anticonvulsivantes
Para dor lombar crônica
Gabapentina e Pregabalina
DISMENORREIA PRIMÁRIA
Dor em cólica na região inferior do abdome, no início
da menstruação, podendo continuar por alguns dias,
na ausência de qualquer doença pélvica
Dismenorreia primária
Dor em cólica associada com início do fluxo menstrual
↑prod. prostaglandinas derivada da atv. da COX2 ➙ atividade
uterina anormal (↑contratilidade uterina e a vasoconstrição,
isso reduz o fluxo sang.) e sensibilização dos nociceptores
Dismenorreia secundária
(5% dos casos)
Origina de um processo orgânico ➙ vem de uma
patologia/doença secundária ➙ inflamações,
endometriose, malformação genital, cistos ovarianos
Tratamento da dismenorreia primária
Medidas profiláticas: exercício
físico, bolsa de água quente e
dieta (chocolate, cafeína)
AINEs ➙ 1ª escolha ➙ inibe COX e
↓ prostag. ➙ melhora na dor
Utilizados 3 a 5 dias de trat., começando um ou dois dias antes do fluxo
Tropinal ➙ combinação de analgésico com antiespasmódicos: dipirona, escopolamina, hiosciamina
➙ alívio dos sintomas dolorosos e espasmódicos como cólicas gástricas, intestinais e menstruais
Todos se mostraram eficazes no alívio da dor menstrual ➙ coxibes também podem ser utilizados, já
que causam menos efeitos colaterais quando comparados com ibuprofeno e naproxeno
Ibuprofeno e naproxeno ➙ terapêutica principal
Específicos COX 2 ➙ reduz incidência de efeitos colaterais
Meloxicam (melocox) ➙ atua nas duas COX, mas tem preferência por COX 2
Eficácia relativa (terapias alternativas) ➙ fármacos antiespasmódicos
mais usado é brometo de escopolamina Buscopan
CÓLICA RENAL
Dor intermitente na região lombar que
começa subitamente e pode irradiar
Cálculos renais são responsáveis pela
maioria dos casos de cólicas (80%)
Principais teorias para a
formação de cálculos
Excesso de solutos ➙ supersaturação e
cristalização na urina
↓ de ingestão hídrica ➙ ↓ débito urinário ➙ maior
tempo de permanência de cristais no sist. urinário
➙ não dilui adequadamente os componentes da
urina ➙ supersaturação e cristalização
Alívio imediato da dor
Antiespasmódicos + analgésicos EV (hioscina + dipirona)
AINES IM (diclofenaco , ibuprofeno , indometacina ) ➙ 1ª escolha
Opióides IM ou EV-Morfina ou tramadol ➙ 2ª escolha
Tansulosina(antagonista α1- adrenérgico) ➙ não é usado para dor, é usado
para tratamento de hipertrofia prostática benigna➙ faz o relaxamento da
uretra ➙ podemos usar como alternativa para expelir o cálculo
Desobstrução urinária e remoção do agente causador
FIBROMIALGIA
Síndrome dolorosa crônica, de etiologia desconhecida e não inflamatória
Caracteriza-se pela presença de sensibilidade exacerbada à palpação de pontos pré definidos
Alteração no mecanismo central do controle da dor
Disfunção dos neurotransmissores ➙ níveis elevados de subst. P
e glutamato + deficiência de 5HT e NA supraespinhais
Tratamento
Resultados ainda limitados ➙ menos de 50% dos pacientes
apresenta melhora e somente 3% apresenta remissão total
1ª linha
Antidepressivos
Tricíclicos ➙ inibem recaptação de 5HT e NA ➙ Amitriptilina
ISRN ➙ duloxetina e minalciprano
ISRS ➙ fluoxetina em altas doses ➙ inibe e estimula ➙ no neurônio
de projeção ➙ receptor de serotonina que é inibitório e receptor que
é estimulatório ➙ inibe ➙ ↑ serotonina no corno ➙ atua em 5-HT1
inibe ➙ atua em 5-HT3 estimula ➙ não tem um efeito benéfico
Anticonvulsivantes ➙ Gabapentina e Pregabalina
2ª linha
Ansiolíticos ➙ benzodiazepínicos (clonazepam, alprazolam ➙ deve evitar
dependência) e Hipnóticos/sedativos ➙ zolpidem (transtorno de sono associado
Analgésicos ➙ melhora a dor difusa, mas não são tão eficazes
Antiinflamatórios esteroidais ➙ melhora a dor associada a processos
inflamatórios articulares ➙ corticoide não é tratamento de fibromialgia
NEUROPATIA DIABÉTICA
Grupo heterogêneo de manifestações
clínicas, que acometem o SNP como
complicação do diabetes mellitus
Degeneração progressiva dos axônios das fibras nervosas ➙ ↓
respostas sensitivas e motoras dos nervos periféricos
Desmielinização causada pela hiperglicemia ➙
↓ a velocidade de condução nervosa
Tornou-se a 1ª escolha ➙ menos efeitos colaterais e melhor resultado no controle de dor e custo benefício
Outros
Opioides ➙ oxicodona e tramadol
Ácido alfa lipóico VO
Clonidina ➙ agonista alfa 2 de ação central ➙ alfa2 estimula a inibição e inibe tanto nociceptor para não
liberar glutamato quanto inibe alfa2 para não mandar informação dolorosa para o córtex
ENXAQUECA
Dor: expressão sensorial e emocional desagradável, que
é associada ou descrita em termos de lesões teciduais
➙ quando essa manifestação sensorial se encontra no
segmento encefálico denominamos de cefaleia
Teoria vascular e neurogênico
Ativação sist. trigeminovascular ➙ liberação de neuropeptídeos (substância P e neurocinina A) ➙ inflamação
neurogênica. ➙ vasodilatação e extravasamento vascular ➙ alteração do vaso (vasodilatação) e uma
neuroinflamação do vaso ➙ ↑ de liberação de substâncias que causam essa inflamação ➙ ativação na rede
trigeminal ➙ ao mesmo tempo que tem vasodilatação, temos a liberação de alguns neuropeptídeos como
neurocinina, substância P e a proteína associada com o gene da calcitonina (CGRP)
O tratamento pode ser dividido em sintomático (fase aguda ou
ágica) e profilático (obj. de reduzir o nº ou intensidade das crises
Tratamento agudo
Analgésicos simples ➙ dipirona, paracetamol ➙ dor fraca
Antiinflamatórios ➙ naproxeno, diclofenaco, cetorolaco, tenoxicam, ibuprofeno ➙ dor moderada
Ergotamina (agonista parcial 5HT1B/D ➙ dor forte
Triptanos (samatriptano): agonista 5HT1B/D ➙ dor forte
Teoria para uso das triptanas: Atuam no nervo trigeminal
receptores 5HT1B ➙ fazem efeito dual ➙ vasoconstritor
➙ acabam inibindo a liberação de neuropeptídeos, que
são os grandes causadores da inflamação neurogênica ➙
↓ a liberação dessas substâncias inflamatórias
Opioides ➙ via endovenosa ou parenteral, mas como comprimido não
Tratamento preventivo/profilático
Neuromoduladores ou
anticonvulsivantes (topiramato)