Perspectivas Curriculares do
ensino da matemática no Brasil
e no Mundo
"É inegável que nos últimos trinta anos o Brasil tem assistido a um
intenso movimento de reformas curriculares para o ensino de
matemáticaNa década de 1980, a maioria dos estados brasileiros
elaborou suas propostas curriculares tanto no sentido de atender a
uma necessidade interna do País quanto com vistas a acompanhar
o movimento mundial de reformas educacionais" (Cap.1, p.16)
"Não está explícito que o aluno esse currículo
deve formar no fim do ensino médio. E esse é
o objetivo primordial de qualquer currículo,
em qualquer parte do mundo". (ENTREVISTA|
Paula Louzano, p.16)
"Na proposta brasileira, essa progressão
é ausente da língua portuguesa e não
está explicito em matemática"
(ENTREVISTA| Paula Louzano, p.16)
"Abordar a escrita nas aulas de matemática
ainda é, para muitos professores das séries
iniciais, algo distante da prática pedagógica. é
como quebrar um paradigma, uma convenção
de uma cultura de aula, a qual até então
tínhamos como referência. Torna-se, assim, um
verdadeiro desafio" (Cap.5, p. 114)
"(...)no PCN há indicativos de ruptura com a
linearidade do currículo, uma vez que ele destaca a
importância de estabelecer conexões entre
diferentes blocos de conteúdos, entre a matemática
e as demais disciplinas, além da exploração de
projetos que possibilitem a articulação e a
contextualização dos conteúdos" (Cap.1, p.19)
"Se o professor e o aluno não sabem
quais são seus objetivos no fim do
percurso acadêmico, e como cada
'degrau' da escada do conhecimento
colabora para que cheguem a esses
objetivos, eles se perdem em meio aos
conteúdos"(ENTREVISTA| Paula
Louzano, p.16)
"No Brasil, entregamos um esboço de todas as disciplinas ao
mesmo tempo, o que tira o foco da discurssão"(ENTREVISTA|
Paula Louzano, p.16)
"Os outros países desenham seus currículos
apegando-se ao conceito de progressão no
ensino. Países com Canadá, Finlândia ou
Austrália, bons exemplos nessa área, detalham o
que ensinar e dão autonomia na escolha dos
modos de transmitir os saberes"(ENTREVISTA|
Paula Louzano, p.16)
"Em síntese, podemos dizer que
adentramos o século XXI com uma
efervescência de ideias inovadoras
- pelo menos nas práticas
discursivas curriculares - quanto ao
ensino de Matemática. A questão
que se coloca é: a formação que
vem sendo oferecida às
professoras das séries iniciais tem
levado em consideração esses
documentos curriculares - tanto
para conhecimento e compreensão
quanto para críticas?" (Cap.1, p.19)
"A expectativa é muito baixa em relação ao que se
espera nos países desenvolvidos. no manejo da
língua nativa, nossos alunos vão estar aptos a fazer
no 9º ano o que um americano já faz no 5º
ano(ENTREVISTA| Paula Louzano, p.16)
"Na década de 1990 o Brasil iniciou
uma série de reformas
educacionais (...) Propôs também
em seu artigo 26, que os currículos
do ensino fundamental e do ensino
médio tivessem uma base nacional
comum" (Cap.1, p.19)
A pesquisa feita pelos economistas mostram alguns eixos
que são necessários para a fundação e criação de uma
determinada escola. A influência socio-econômica na
aquisição da fala; A interação linguística no
desenvolvimento do cérebro e a importância aos traços
“socioemocionais” que incentivam o aluno a ter
autoconfiança, persistência e organização auxiliam na
aquisição efetiva do conhecimento, desenvolvendo bons
profissionais. (REPORTAGEM| Claudio de Moura Castro, p.
20)
Para Piaget, o conhecimento é construído através da
interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas
existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos
depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da
relação dele, sujeito, com o objeto.
"Paula explica que o PCN ainda tem “ambições
modestas”. São saberes modestos para crianças do
ensino público, ao contrário das crianças da
pré-escola da rede privada que já saem dessa
etapa sabendo sobre centena. Se o currículo da
rede pública continuar com essa diferença
discrepante, Segundo a Doutora, acarretará
desigualdades sociais difíceis de superar."
Os economistas criaram um programa para
aplicar em sua escola contemplando os eixos
pesquisados.Porém o programa só mostrou
resultados significativos com hispânicos e
brancos e não melhorou em nada o
rendimento com os negros levando em
consideração o envolvimento familiar com a
escola. (REPORTAGEM| Claudio de Moura
Castro, p. 20)
"As propostas não conversam entre si e, mais
importante, as habilidades que devem ser
desenvolvidas em cada uma delas não se
organizam em uma progressão clara"
(ENTREVISTA| Paula Louzano, p.16)
"No documento relativo à matemática do 1º e 2º
ciclos, em sua parte introdutória, há uma análise
do contexto do ensino dessa disciplina, apontando
como um dos problemas o processo de formação
do professor - tanto a inicial quanto a continuada -
e a consequente dependência deste em relação ao
livro didático, o qual muitas vezes tem qualidade
insatisfatória"(Cap.1, p.19)