Com exceção de Londres, a Inglaterra votou a favor da saída, em particular no norte e no sudeste,
onde marcou o discurso contra a migração.
A saída do Reino Unido da UE significa uma imersão no desconhecido para sua economia, que
poderá transformar a incerteza em aumento do desemprego e deterioração da imagem “Made in
Britain”.
Isso reduziria as receitas fiscais. O Instituto de Estudos Orçamentários (IFS) prevê que os cofres
públicos deixarão de receber entre 20 bilhões e 40 bilhões de libras até 2020, já descontados os
recursos Londres enviava a Bruxelas.
Os partidários da permanência da União Europeia escolheram a economia como seu argumento
principal de campanha, mas isso não foi suficiente: o Reino Unido agora terá que enfrentar as
consequências da decisão de romper com Bruxelas.
Setores industriais como o aeroespacial e o automobilístico sofrerão com as novas barreiras
tarifárias, enquanto que a indústria da construção já não poderá recorrer à imigração.
Muitos votaram a favor do Brexit atraídos pelas promessas de reduzir a imigração. Se a promessa for
cumprida, se reduzirá a mão de obra do leste europeu e do sul, que ajudou a movimentar a
economia nos últimos anos.