Os plebeus eram seriamente discriminados: recebiam sempre a menor parte dos espólios de guerra que
eram distribuídos em função do equipamento; se precisassem contrair empréstimos, não conseguiriam
pagar os juros; julgados por magistrados patrícios e com base em leis orais, os devedores acabavam
escravizados por dívida.
Entre 494 e 287 a.C., há notícias de cinco revoltas levadas a cabo pelos plebeus.
Primeira revolta (494 a.C.)
tratou-se de fato da primeira greve de caráter social da História, em razão da qual os patrícios tiveram de
conceder a criação dos tribunos da plebe
Segunda revolta (450 a.C)
em 454 a.C., os patrícios enviaram representantes a Atenas para estudar as leis com a promessa de resolver
os problemas da plebe obrigada a responder por leis orais apenas, não escritas.
Terceira revolta (445 a.C.)
A Lei das 12 Tábuas manteve a proibição de casamento entre patrícios e plebeus, o que levou estes a
revoltarem-se pelo fim da proibição, conscientes de que os casamentos mistos quebrariam a tradição
patrícia de exercer o poder com exclusividade.
Quarta revolta (367-366 a.C.)
a pressão da plebe resultou na Lei Licínia Sextia, que aboliu a escravidão por
dívida.
Quinta revolta
Os plebeus conseguiram impor aos patrícios a validade das leis votadas na Assembleia da Plebe para todo o
Estado: era a decisão da plebe ou plebiscito.
EXPANSÃO ROMANA: AS CONQUISTAS
A primeira fase das conquistas romanas consistiu na dominação da Península Itálica. Inicialmente, os romanos,
dominaram as tribos latinas próximas de Roma
A conquista da Campânia, em 290 a.C., região ameaçada pelos samnitas, abriu as portas para a conquista das
cidades gregas do Sul da Itália
Posteriormente, Roma submeteu o norte (Etrúria) cujos domínios compreendiam a Itália central e parte da Itália
setentrional
Ao estender seu domínio sobre a Península Itálica, os romanos demonstraram um talento notável para converter
antigos inimigos em aliados e finalmente cidadãos romanos.
AS GUERRAS PÚNICAS
Logo após afirmar sua supremacia na Itália, Roma travou longa guerra contra Cartago, outra grande potência do
Mediterrâneo ocidental
Fundada em 800 a.C. pelos fenícios, a cidade norte-africana de Cartago tornara-se um próspero
entreposto comercial.
Os cartagineses conquistaram um império que abrangia a África do Norte, as regiões do litoral
meridional da Espanha, a Sardenha, a Córsega e a Sicília ocidental. Eles eram chamados pelos
romanos de “púnicos”, termo com que designavam os fenícios
O confronto romano-cartaginês acabou se transformando numa disputa pela hegemonia
marítimo-comercial no Mediterrâneo ocidental e desdobrou-se em três Guerras Púnicas.
Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.) – vencida pelos romanos, Cartago pagou pesada
indenização de guerra e entregou a Sicília, a Córsega e a Sardenha.