Created by Rita Regadas
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Infecção - por ingestão de alimentos contaminados por oócitos (geralmente através das fezes de gatos) ou carne mal cozida contendo quistos de Toxoplasma gondii;A doença não é transmissível de pessoa para pessoa;A infecção é comum, mas a doença clínica é rara.Infeção materna - geralmente vaga e silenciosa, mantendo, contudo, o potencial infectante para o feto in utero;Infecção fetal - dois mecanismos: migração transplacentária - durante a parasitémia materna, como consequência de infecção aguda durante a gravidez; por via transplacentária ou transamniótica - a partir de quistos de toxoplasma acantonados no endométrio numa infecção latente pré-concepcional;A gravidade da infeção fetal diminui durante a gravidez, em sentido contrário `pobabilidade de transmissão vertical que aumenta à medida que a gestação progride:- quando a infecção materna se verifica no último trimestre, a transmissão ao feto é mais frequente, mas a doença do recém-nascido é quase sempre subclínica;- se a infecção ocorre no início da gravidez, a transmissão fetal é menos frequente, mas a doença no recém-nascido é mais grave; As formas graves de infecção congénita associam-se com: aborto, febre, convulsões, microcefalia, coriorretinite, calcificações cerebrais, hepatosplenomegália, icterícia e líquido cefalorraquidiano anormal; muitas crianças desenvolvem problemas residuais sérios – atraso mental, convulsões e cegueira.
DIAGNÓSTICODiagnóstico da doença activa - é feito através da titulação de anticorpos específicos para a toxoplasmose (titulação simultânea de IgG e IgM específicas, fundamental para o diagnóstico da doença activa).Os valores dos títulos dependerão da técnica usada pelo laboratório. Os testes deverão ser realizados sempre no mesmo laboratório e com métodos estandardizados.INTREPRETAÇÃO DOS TÍTULOSIgG + IgM -: protegidas contra futuras infecções, não é necessário repetir as análises;IgG - IgM -: a mulher não está protegida, deve ser informada quanto às medidas de precaução a tomar e novos testes devem ser realizados ao longo da gravidez, um em cada trimestre (também sempre que houver algum dado clínico sugestivo);IgG + IgM +: presença de IgM deve ser considerada como sugestiva de doença em actividade, exigindo um segundo teste serológico, mesmo para títulos baixos de IgG (a probabilidade de infecção recente é maior se a IgM tiver um título alto, esta pode ser detectada duas semanas após a infecção, atinge a concentração máxima no espaço de um mês e baixa posteriormente, sendo em geral indetectável ao fim de seis meses).
TRATAMENTOO tratamento deve ser iniciado, se houver: - seroconversão ou aumento de 4 vezes em relação a títulos anteriores; - detecção de IgM significativa ou IgM baixa numa primeira serologia, mas associada a suspeita clínica.Espiramicina - eficaz no tratamento da doença e considerada inócua, mesmo no 1.º trimestre da gravidez;A duração da terapêutica - controversa;Espiramicina - 3g/dia em duas séries de 15 dias, com intervalos de um mês,Espiramicina, 3g/dia durante 4 – 6 semanas (eventualmente, o tratamento será repetido ao longo da gravidez com intervalos livres de 1 mês).Uma vez estabelecido o diagnóstico e instituída a terapêutica, a grávida deve ser referenciada para a vigilância do envolvimento fetal, o mesmo deve ser feito em caso de dúvida ou impossibilidade de diagnóstico.A confirmação de uma infecção materna por Toxoplasma pode justificar a interrupção da gravidez, no quadro da lei vigente.
PREVENÇÃOConhecimento do estado imunitário, antes da concepção - permite informar adequadamente a mulher acerca dos cuidados que deverá ter durante a gravidez;Grávidas não imunizadas devem ser aconselhadas a: - evitar o contacto próximo com animais domésticos, nomeadamente gatos, e utilizar luvas, se houver necessidade de manusear o recipiente dos dejectos; - utilizar luvas quando praticarem jardinagem; - ingerir alimentos bem cozinhados , em particular carne e ovos ; - lavar cuidadosamente as frutas e verduras .
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