A construção narrativa: TEMPO E ESPAÇO

Em um de seus livros, Eisenstein explica a montagem por analogia com os caracteres da escrita japonesa em que o todo é mais que a soma das partes. Por exemplo, o símbolo japonês para “cão”, mais o símbolo para “boca”, juntos não formam “boca de cão” — que seriam uma simples adição — mas um símbolo significando “latido” — um novo conceito.

Espaço dramático é a construção imaginária, pelo leitor e espectador, da estrutura espacial de um drama.

Espaço Geográfico é aquele onde se passa a história.

Geografia Criadora (experiência de Kulechov)utilizando o recurso de Montagem, é possível criar espaços puramentes conceituais e de ordem mental. Feitos da justaposição de espaços fragmentários que podem não ter nenhuma relação material entre si.

O tempo cinematográfico caracteriza-se pela duração do filme. Pode ser dividido em seis tipos.

CONDENSADO É a forma mais comum de narração. O filme pode ter duração de 1h30 mas retratar dias, meses ou anos de um personagem.

FIELÉ aquele que respeita fielmente a duração da história. Esse recurso não é muito utilizado, pois os filmes passam por edição.

ABOLIDOMistura tempos diferentes no mesmo espaço e na mesma tomada.

TRANSTROCADOQuando há passagem de tempo, como anos antes ou anos depois.

PARALELOQuando acontece acontecimentos avançados de uma cena que ainda está no início.

PSICOLÓGICOé aquele em que o cenário faz o espectador entrar na cena. Filmes de terror, por exemplo, causam um grande impacto nas pessoas, sugerindo até mesmo o medo e a angústia do personagem.

Eisenstein

ESPAÇO

TEMPO