Explicação da Revelação de João

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Explicação da Revelação de João
João Estellita
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João Estellita
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EXPLICAÇÃO DA REVELAÇÃO DE JOÃO   APOCALIPSE   A Revelação de João é um quadro moral de todas as épocas, desde a Minha Passagem ao mundo espiritual até a Minha Volta à vossa Terra. Esta Revelação já foi por muitos explicada, analisada e desmembrada; no entanto, ninguém até hoje encontrou a chave para poder abrir o livro dessas palavras santas, nem julgar os acontecimentos e as épocas que tinham que surgir após a Minha Passagem, enquanto o homem era um ser livre e dono de suas atitudes. Agora, que estamos quase no fim de todas as profecias e a maior parte já passou, vou explicar, passo a passo, esta Revelação. Então podereis vós mesmos julgar o quanto todos estavam distantes do verdadeiro sentido, porquanto queriam descobrir pela letra o que só podia ser explicado pela interpretação. Enquanto o homem não entender o sentido espiritual da palavra é inútil querer entender Minhas Palavras no seu objetivo intrínseco. Até mesmo a grande massa das novas revelações que recebestes até então dão a mesma prova. Quanto mais elas são lidas, tanto mais se apresentam espirituais e muitas vezes até diferentes, tornando o sentido mais claro. Deveis partir do princípio de que Eu – como o Espírito Supremo – só posso pensar e falar espiritualmente; e, além disto, era obrigado a enquadrar pensamentos e idéias ao vosso espírito humano, em quadros receptivos. Por isto, ainda nestas palavras, conforme agora as ledes, ainda não descobristes a última interpretação. Foi este o motivo que Me levou a adaptar as Minhas Idéias à receptividade de João. Se Eu tivesse falado de outra maneira, ele não Me teria entendido, ou então teria interpretado erroneamente as Minhas Palavras, ou ainda, não teria coragem de anotá-las, com medo de ser vítima de um embuste. Deste modo, descobris nesta Revelação apenas quadros simbólicos. Por exemplo: A Ira de Deus, as pragas e outras tantas coisas que eram muito usadas na época dos profetas, não devem ser interpretadas literalmente. Eu – Deus de Amor – não posso manifestar ira, ódio e vingança, muito embora, como Deus, poderia, por uma súbita destruição ou por uma obrigação moral, colocar tudo em sua devida ordem. Porventura deveria Me alterar, Me aborrecer sobre fatos que Eu Mesmo assim criei? Deveria talvez pronunciar uma maldição sobre criaturas que tinham que cair no erro, a fim de que pudessem reconhecer as grandes virtudes e seu valor através do contraste? Como apreciar a luz, se não houvesse sombra ou treva? Como sentir a força benéfica do calor, se não existisse o frio? Como entender a tão elevada virtude, a moral, caso não existissem os contrastes? Como entender a idéias de um progresso espiritual, se não soubésseis o caminho que leva para os erros? Daí se deduz que em todas as Escrituras do Velho e Novo Testamento existem coisas que não devem ser interpretadas literalmente, muito embora contenham por toda a eternidade a grande semente do espírito. Por este motivo, os espíritos mais elevados, inclusive os arcanjos, hão de encontrar cada vez maiores revelações, à medida que evoluem e aumentam a sua compreensão espiritual. Assim, todas as Minhas Palavras são um tesouro espiritual que jamais pode ser esgotado, porquanto sou um Espírito Infinito e só posso pensar infinitamente e falar de acordo com a Minha índole. Começaremos então, com os capítulos: Os primeiros tratam, após a Minha partida, das sete comunidades que serviam como melhores bases para conter a minha religião ou a explicação do culto religioso judaico. Deveriam demostrar como se deve passar, aos poucos, do externo e cerimonioso para o entendimento espiritual, a fim de devolver as verdades básicas dentro da religião judaica. Essas comunidades, que consistem apenas de pessoas escolhidas, eram principiantes, portanto sujeitas a erros e interpretações errôneas de Minhas Palavras. Eis porque o simbolismo. Os membros das comunidades deveriam se manter ao lado de seus guias que, como estrelas ou luzes, haviam de lhes mostrar os caminhos a seguir. Deste modo, as próprias comunidades, em união com seus guias, também se tornariam guias para aqueles que ainda estavam nas trevas. Nos capítulos seguintes seguem as advertências, como todo mundo conhece. Surgiam falsos profetas, divulgadores zelosos e muitos erros do coração humano, porquanto o entendimento do Meu Verbo é interpretado diferentemente, por pessoas diferentes. Além do mais, essas comunidades não estavam todas nas mesmas condições entre si, mesmo com aqueles que eram obrigadas a conviver. Encontrareis as mais diversas condições de vida, por exemplo: o seguimento fervoroso de uma religião, assim como a queda da mesma; o mal-entendido; o vai-e-vem entre a condição espiritual e a humana. Repete-se o mesmo convosco que também formais uma comunidade, sabendo que também deveis considerar o frio e o quente, tanto quanto ele foi compreendido há mil anos atrás. Haverá discussão, a medida que pretendeis seguir a Minha Doutrina, porquanto vossas atitudes estão em contraste com o mundo externo. O número sete é importante como símbolo espiritual, e tenho que chamar a atenção aos ímpares. Analisando o sete e o três, percebereis que podem ser separados, três à direita, três à esquerda e um no centro. No sentido espiritual só existe harmonia pela presença de um ponto central, em torno do qual tudo se movimenta, depende e se apoia. Considerando Minhas Sete Virtudes, encontrareis a Ordem no centro; sem a Ordem nada pode substituir, sendo o tronco básico da criação. Muito embora ela tenha surgido do Amor, Sabedoria e Vontade, a Ordem tem que ser o fundamento do Rigor, Paciência e Misericórdia. Tomando as três primeiras virtudes: Amor, Sabedoria e Vontade, a Sabedoria é a base das demais. Analisando as três últimas, a Paciência é o fator principal entre sete sons, igualmente interpretações materiais de Meus Atributos. O seguinte capítulo apresenta o Senhor e Criador dos Céus sentado num trono e rodeado de patriarcas e anciãos ornamentados com coroas de ouro. Tive que usar a inteligência de João para Me tornar compreensível. O número vinte e quatro – os anciãos, etc. era mantido pelos sacerdotes, em que o vigésimo-quinto (sumo-pontífice) completava o Conselho. Quanto aos quatro animais e o mar de vidro, nada mais são do que atributos corporativos do Meu Próprio Eu: o leão, como força ou Onipotência; o bezerro, o quadro da meiguice; o homem, como potência espiritual; e o condor, como regente do éter universal. Se estes animais foram ornamentados com muitos olhos e asas, representam nada mais que o domínio geral sobre a Terra e Céus. O mar de vidro representa a Onisciência: diante dos Olhos de Deus tudo se torna transparente e, com a velocidade de um condor, Seus Olhos percorrem todo o Universo. Com a força de um leão ele rege tudo. Com a meiguice de um bezerro ele apaga todas as situações negativas, e com o espírito apresentado por um homem – a Sua Própria Imagem Sublimada e Espiritualizada – ele enobrece e espiritualiza tudo, a fim de que a matéria volte de onde partiu. A História da Humanidade é a volta daquilo que Ele projetou, e Ele está esperando esta volta, que tem que se tornar consciente. E depois que todas as forças da Criação, conscientes ou inconscientes, se curvavam diante do Todo-Poderoso, também os patriarcas caiam de joelhos, a fim de trazer ao Criador o devido louvor que Ele merece, pois eles representam o grande mundo espiritual no Além. Assim, João teve a imagem da majestade de um Deus, antes que ele fosse capaz de entender quem era Aquele que Ele Mesmo fez descer à Terra, a fim de salvar os homens de sua perda total e de sua dignidade espiritual. Eis o intróito para o grande processo da purificação, iniciada espiritualmente nesta Terra, a fim de que a Doutrina mais pura fosse fundada e merecedora de que o Senhor, como filho do homem, através do Seu máximo aviltamento, transmitisse aos habitantes do mundo a máxima dignidade humana. Os próximos capítulos falam o que acontece no decorrer dos tempos e o resultado de tudo. O Divino foi primeiro elevado pelos homens e depois aviltado, mas no fim vem uma vitória espiritual sobre a matéria e um reino efetivo de paz e de serenidade. O próximo capítulo demonstra a João um livro escrito por todos os lados e lacrado com sete selos. Representa ele Minha Única Doutrina verdadeira, que Eu transmiti aos homens em dois mandamentos de fácil compreensão. A Revelação pelo Filho do homem, como ovelha, quadro simbólico da inocência e submissão, quer dizer, a abertura deste livro através dos Meus sete espíritos, de sorte que todos os homens da Terra e inclusive de todo o Universo deveriam sabê-lo. O primeiro selo representa o quadro de um cavalo branco que surge como Meu Amor total, criado por todas as outras virtudes e com o arco, a fim de ferir os corações mais endurecidos, dissolvendo tudo no final pelo amor. O mundo foi criado por amor. Por amor desci à Terra. E por amor devo constituir a pedra fundamental, que deve representar indispensável, quando dois extremos se defrontam. O segundo selo representa um cavalo vermelho, símbolo da Sabedoria ou, humanamente falando, do intelecto, da força racional que tudo pretende criticar. Ela há de comparar a Doutrina Divina com o ser material, e com isto surgirão as diferenciações. Não haverá paz, mas contendas provando as paixões humanas, que entram em conflito com o homem espiritual, do qual então surgem fanatismo de ambos os lados, guerras religiosas no exterior e lutas no íntimo de cada um, como conseqüência indispensável quando dois extremos se defrontam. O terceiro cavalo era negro e tinha uma balança na mão. Era a vontade segura e justa, que pretendia seguir sua finalidade através dos maiores impedimentos. A Vontade também corresponde à Justiça que pesa os atos quando os bons se pagam por si mesmos e os maus se castigam. Justiça deveria existir em toda parte, tanto em questão de fé, como na vida social. Eu, como Cristo, ensinei aos homens a entenderem melhor a Doutrina. Ensina-lhes o amor e a sabedoria, a tolerância ou a justiça com todos, de sorte que estes três selos são a chave do como Minha Doutrina há de se espalhar, se ela pretende enobrecer o gênero humano. O quarto selo mostra um cavalo pardo, de cor indefinida, nem frio nem quente, ou, como se pode dizer, a morte. Porquanto a morte não determina o cessar de tudo e sim apenas a transformação através da Minha Doutrina, subindo ou descendo. Subindo, para a espiritualização maior, pela sua aceitação; descendo, para o animalismo de todas as qualidades nobres que Eu havia depositado, como Criador, no coração humano. Esse selo corresponde também à ordem e ao desenrolar de tudo que foi criado. Surge daí automaticamente a explicação do quinto selo, onde as oferendas demostram como o homem, por amor à Doutrina, se desfaz de todas as paixões. Também aponta a vitória de cada um que oferece sua natureza e seu corpo ao sacrifício. Deste modo, assim como a balança era a Justiça, agora é a recompensa e as maiores alegrias pertencentes àqueles que, em sua luta tremenda, não deixam de manter a Bandeira de Deus e Sua Doutrina. O sexto selo aponta uma revolução total em todo o orbe; quer dizer, a tendência para a Doutrina espiritual há de transformar todas as condições sociais. O ímpeto de atingi-la fará com que os oponentes também se apressem. Surgirão guerras e destruição no íntimo e externamente. Os potentados hão de atacar os povos fracos, e os pobres hão de guerrear os fortes, quando se virem muito prejudicados nos seus direitos. Deste modo, a religião do Amor, da Paz e da Concórdia só despertará o contrário, e estas forças hão de se guerrear, até que o espírito venha a vencer. Portanto, este selo corresponde à Paciência, ou seja, toda e qualquer coisa contrária à Verdade é fútil. Quando Deus pretende fazer valer Seus direitos divinos, até mesmo as pedras têm que ceder, pois Seu Reino é a Justiça, é a Glória em Eternidade. Os que foram marcados na testa superaram as suas fraquezas e receberam as bem-aventuranças das quais Eu dissera: quem crer em Minha Palavra e agir de acordo, há de saborear bem-aventuranças das quais ninguém jamais viu, nem ouviu. Tais bem-aventuranças são comparáveis a uma veste branca, correspondente à inocência. Os marcados hão de receber o prêmio por todo o seu sofrimento que passaram por Minha causa e por Minha religião. O quadro se desenrolará automaticamente, pois ─ partindo da primeira palavra de amor até as guerras de religião, perseguição e fanatismo religioso ─ representa toda a história da Minha Doutrina, em várias épocas. A revelação do sétimo selo ou o fim deste processo de evolução, onde, não obstante todas as pragas e terrores, somente a Misericórdia aplaca a Sua Obra, é representada pelas trombetas e as pragas, como meio de purificação para reconduzir os homens para o melhor. Os clamores das trombetas são a interpretação das modificações morais e espirituais que se passam na alma humana quando a espada de dois gumes começa a agir através da dúvida e a suspeita tange a incredulidade como um açoite. Deste modo, a oferenda do altar do amor se torna uma praga para a humanidade egoísta. Como tudo resseca, o próprio homem trancou o seu coração à todas as condições de nobreza, não querendo saber de religião alguma em que existisse um sacrifício e pretendesse por um fim às suas paixões terrenas. Assim como o fogo tudo destrói, as paixões egoístas destroem todo o bem. Perseguições tomaram o lugar da tolerância em questões de fé. Procurou-se apagar com sangue o que era apenas possível através de uma natureza espiritual. Isto já se dava na época dos romanos, quando práticas de religiosos fanáticos inventavam todas as espécies de castigo, aos quais finalmente impunham uma elevação espiritual. O que ocorreu em particular, posteriormente se estendeu sobre todas as massas. À medida que os fiéis cresciam, tanto maiores eram as perseguições. Quanto maior o zelo para a Doutrina pura, tanto maiores os sacrifícios das mortes de mártires. Deste modo surgiram, após a queda do Reino Romano, dois bispos num trono, um em Bizâncio outro em Roma, nunca unidos. Ambos aproveitavam a desarmonia em seu próprio benefício. Assim como antigamente havia perseguição dos cristãos entre os pagãos, agora os papas perseguiam os homens que não acreditavam naquilo que eles achavam justo, ou que lhes convinha naquele momento. A partir do tempo da divisão do Reino Romano, quando posteriormente do bispo se formou um papa em Roma, surgiram as guerras de religião, as discussões e concílios, as perseguições através de inquisições eclesiásticas, o domínio dos reis através dos papas, e finalmente as cruzadas. Posteriormente, os esforços da Reforma e suas conseqüências sangüíneas, bem como a mescla das raças humanas, o desenvolvimento de várias moléstias, como a peste. Tudo isto é representado através do som das trombetas. E também o quadro espiritual da “luta da mulher com o dragão” representa a luta das paixões humanas e dos interesses humanos com o progresso espiritual da Doutrina de Amor. Finalmente, as dores do parto, a fim de levar a Obra iniciada ao seu dom, como também a discórdia tenaz, que mal instigava todos aqueles que se dirigiam para o espírito. Todos estes quadros vistos por João nada mais representam senão a reação violenta que Minha Doutrina tinha que despertar, e, além disto, o progresso natural entre o bem e o mal, onde finalmente o bem há de vencer. É preciso não se chocar nas formas dos quadros. Eram de acordo com a época e com a maneira de se escrever. Não era possível influenciar a humanidade por muitos séculos de uma maneira diferente, pois ela não conhecia o amor, mas talvez somente cedia ao medo. Se Eu tivesse ditado o processo total da evolução até o dia de hoje numa linguagem comum a vós, como Deus de Amor, as palavras teriam se perdido e ninguém se incomodaria com o sentido espiritual. Os escorpiões, os dragões com sete cabeças, dez cornos e coroas douradas significam a interpretação diversa de Minha Doutrina, porquanto às vezes obrigava os homens, por meio do poderio humano, a aceitar certos dogmas e cerimônias, dos quais então nasceram muitas seitas religiosas. Existe a demonstração da história do domínio da Igreja e os recursos usados para atingi-lo. Muitas criaturas tombaram vítimas do fanatismo da Igreja Romana e sua Inquisição. A descrição posterior traduz a desistência temporária de uma tendência religiosa, e aparentemente a matéria leva a melhor, sendo que ouro e prata são mais procurados do que o tesouro espiritual. Isto tudo pode ser lido nos próximos capítulos: a ascensão vitoriosa do mal sob o manto do culto religioso, bem como as descobertas das ciências, trazendo a queda do primeiro fator, mas também a queda de toda religiosidade e o ingresso para o materialismo. Prenuncia-se nestes quadros, portanto, a queda da Igreja Romana, não como se Eu a tivesse condenado, mas ela mesma provocou sua queda, colhendo seu prêmio de acordo com suas obras. Os profetas assassinados apontam o martírio dos tempos passados, em que muitos homens apaixonados pela causa espiritual tinham que subir o cadafalso ou fogueira. Não se passava um século em que Eu não preparasse pessoas que profetizavam, a fim de que a humanidade não caísse num sono espiritual total. As taças da ira e seus efeitos diversos representam as moléstias e guerras provocadas pela humanidade através de sua vida artificial e que às vezes também provocava terrores propositados. Ainda hoje podeis perceber como os efeitos do egoísmo, do materialismo, das paixões desenfreadas em sua totalidade, bem como no indivíduo, despertaram o seguinte: desastres de mar e terra provocados pelos elementos telúricos; a má conduta da economia dos homens, prejudicando o solo; os suicídios e assassinatos de todas as formas, como resultado da falta de um sentimento religioso, da fé num outro mundo. Juntai isto tudo, usai a linguagem simbólica do Oriente, como fez o Meu discípulo João, e facilmente podereis ajuntar outras tantas taças da ira, para poderdes relatar os estados atuais. Deste modo, Minha Doutrina passou por todas as fases que uma alma humana é capaz de sentir, partindo da Piedade mais pura à mais crassa falta de fé e à perda de tudo que lhe foi dado. Passou pela aceitação rigorosa do Meu mandamento à interpretação pedante de Minhas Palavras, chegando ao total desleixo por milhares de vozes ditas pela Natureza, visíveis e invisíveis. Eis o quadro espiritual daquela descrição. Foi dada em forma de chamadas de advertência, cuja não-aceitação pedia o castigo. As taças da ira, símbolo de que a falta de moralidade e o desrespeito psíquico se castigam a si próprios. Eis Meus sete predicados que instigam para melhoria, muito embora a natureza livre do homem se oponha, provocando apagar Minhas Palavras da humanidade, e a situação pior ainda consegue a melhoria de tudo. A luta constante do dragão com o Céu; a perseguição da mulher com seu filhinho; Cristo, como defensor da paz; tudo isso está diante de vossos olhos. Haveis de compreender que neste vai-e-vem constante tem que surgir uma decisão que defina claramente quem é o vencedor e quem é o vencido. Estais marchando para esta época. Ela se apresenta sob o símbolo do Reino dos Mil Anos, como vida da paz espiritual daqueles que trazem o sinal de Deus em vez do animal. Antes da Minha Encarnação, já havia uma luta espiritual entre espírito e matéria, em formas suaves. Mas depois de Minha partida, este processo tinha que levar a ponto final, de sorte que agora, depois da luta de mais de mil anos, tem que aparecer uma época de paz. Os homens voltarão a ser homens como Eu os criei e quis, se pretendem ser Meus filhos. Esta será a época do julgamento, em que o espírito vencerá a matéria. O homem, como cidadão entre dois mundos, há de se sentir tão bem nos dois, a fim de que finalmente Minhas Palavras sejam entendidas e a Minha descida ao vosso planeta seja apreciada e aceita com amor. Será a época em que o dragão será abatido e preso, e os dez mandamentos de Moisés e os Meus dois únicos mandamentos serão entendidos em toda a sua acepção. Nessa época de paz e de calma, o Meu Reino espiritual também participará, a fim de que aqueles que ficaram para trás possam progredir pelo exemplo dos homens vivos, muito melhor do que até então. Esta época é designada na Revelação como o Reino dos Mil Anos, ou seja, a Nova Jerusalém. Antigamente, Jerusalém era o lugar onde se conservava a Arca no Templo, na qual ardia o fogo eterno e se anunciava apenas os salmos e os incensos nos altares de sacrifício como ofício puro para Jehovah. Esta Jerusalém maculada e ultrajada pelos seus próprios sacerdotes através de Minha morte como homem, em vez de trazer a benção conseguiu a maldição sobre si; esta Jerusalém, cuja queda foi anunciada pelos profetas e confirmada por Mim, há de descer espiritualmente sobre o vosso planeta. Hão de voltar, como no seu início, a paz e a calma para os que as aceitam Naquele que pregou, Naquele que sofreu, foi crucificado, porém também ressuscitou. Esta cidade, como símbolo da primeira comunidade do Criador com Suas criaturas, descerá com a palma da paz conquistada pela filiação divina, após luta e sofrimento. Assim como naquele tempo os judeus conheciam apenas uma Jerusalém, também haverá posteriormente apenas uma Igreja, haverá um Pastor e um rebanho. As seitas religiosas desaparecerão. Deus – o Criador e Senhor – que caminhou sobre o vosso planeta, será reconhecido como Aquele que Foi, É e Será eternamente vosso Guia e Pai de todos. A comunidade do mundo espiritual ainda levará um acréscimo para Minha Vinda Pessoal entre Meus filhos, a fim de consolá-los e provar-lhes definitivamente que tudo aquilo que Eu disse e que escreveram os Meus apóstolos e o que João disse em sua Revelação se cumprirá. Quando terminarem todas as guerras espirituais e materiais, facilmente Eu serei compreendido e Meu mandamento seguido de modo espontâneo, que começa com o amor ao próximo e termina com o amor a Deus. Ainda assim, há de seguir ao Reino dos Mil Anos uma época em que a natureza animal dos homens fará um esforço tremendo, aliás, o último em que o grande espírito caído há de querer arregimentar suas falanges. Seu esforço será em vão e ele mesmo terá que se defrontar com a pergunta: para frente ou para trás? – o que definirá o seu ser ou não ser. Eis o escopo básico da Revelação de João. Dado em símbolos, mas lido com olhos e linguagem espiritual, demostrará claramente como esta florzinha do amor que Eu depositei no coração dos homens jamais poderá ser arrancada, não obstante todos os planos dos regentes no sentido material e espiritual. Esta semente de origem divina jamais poderá ser destruída. O amor é Meu Predicado Original e foi o motivo pelo qual Eu criei o Universo. Por acaso seria possível que esta chama se perdesse ou fosse destruída? Em vão todos procuraram abalar esta construção e também as criaturas tentaram a interpretação errônea de Minhas Palavras. Todo o erro caiu sobre elas, sendo obrigadas a colher o que tinham semeado. Deste modo, podemos ver aos poucos como todas as explicações científicas e os argumentos sinuosos contra a palavra de amor da Escritura Sagrada se derreterão como neve diante do sol da Verdade. Quanto maior for a resistência de um lado, tanto mais rápido será o processo do outro lado. O resultado final de todas essas maquinações há de incentivar a Minha Doutrina, levando-a a uma luz justa, preparando o ingresso para o Reino dos Mil Anos. A Nova Jerusalém será o templo simbólico da Paz e da União entre Mim, a humanidade e o mundo espiritual, no qual não haverá mais conseqüências e taças da ira, mas sim os seres que vivem neste planeta, tanto na flora como na fauna, aceitarão o mesmo tipo de amor como ele é produzido dentro de cada um. A humanidade total, sustentada pelos laços do amor, há de ajudar a todos, onde não haverá senhor, sem servo, e somente o amor de irmãos, unindo todos os povos, fazendo desaparecer os limites territoriais, e os regentes e papas não poderão mais influenciar física e espiritualmente. No seu íntimo, através de uma religião racional, hão de ouvir as insuflações de outros espíritos e a Minha Própria Voz lhes despertará a verdadeira fé. Deste modo, o intercâmbio com o mundo espiritual se tornou um meio de união que baniu a morte com seus pavores e apresentou-vos o outro mundo, tal qual ele é. Eis a explicação espiritual e total de João, não como o mundo a espera de Mim, mas como deveria entendê-la, caso fosse capaz de ler com os olhos do espírito. Símbolos serão sempre símbolos, mas cada símbolo contém um pensamento que procura se expressar individualmente. Não deveis procurar entender literalmente os quadros do Apocalipse, porque deste modo haveis de chegar a muitos contra-sensos. Além do mais, é preciso aceitar que no reino dos espíritos existe uma outra associação de idéias e pensamentos que entre vós. As visões transmitidas a João devem ter um outro caráter do que vossa ordenada linguagem atual. Em outras épocas, a expressão de um pensamento não era transmitida por palavras, mas por quadros simbólicos. Ainda hoje as línguas orientais usam os quadros simbólicos. Eis uma reminiscência de um tempo passado, no qual a humanidade estava mais próxima de sua origem, portanto, mais próxima também do mundo espiritual. Todas essas provas demonstram que após o ingresso numa vida espiritual, segundo o grau de evolução, a linguagem e a transmissão entre espíritos é outra que a palavra demorada e cansativa que usais para transmitir apenas um pensamento. Toda a Minha Criação nada mais é do que uma linguagem espiritual, e ela continuará assim, até que possais entender o porquê mais profundo que provocou a sua criação. Assim como tendes vossa linguagem e a Minha na natureza visível, também os espíritos de regiões superiores usam sua linguagem que, aparentemente, não transmite aquilo que ela oculta. Eis porque o esforço inútil de vossos filósofos de querer enquadrar imagens de natureza espiritual em palavras humanas. Também é o motivo de Minhas atuais Revelações, a fim de levar-vos à explicação da grande Revelação ao lado de Minha Criação espiritual. Deixarei ao vosso critério o entendimento destes quadros pacíficos, explicando somente os mais rigorosos, nos quais aparentemente só regiam a Ira Divina e o Julgamento, a fim de que não menosprezeis a Deus, que é apenas Amor. Está se aproximando uma época em que o vento espiritual se torna mais forte. Hão de surgir falsos profetas, conforme consta na Bíblia. Abusos serão feitos contra a Minha Doutrina Pura, com a contribuição de espíritos; enfim, com tudo aquilo que possa servir à satisfação das paixões humanas. Antes que o Reino da Paz se aproxime, os próprios homens hão de derramar as taças da ira, porquanto os partidos espirituais e materiais se enfrentarão cada vez mais tenazmente, à medida que o tempo chega ao fim. Através desta luta se cumprirão as últimas taças da ira para aqueles que confessam que todo o esforço contrário e toda depressão e miséria são a causa do choro e ranger de dentes. Uns serão desolados, outros aguardarão o fim cheios de fé e também a vitória da causa com resignação. A maior parte da Revelação já passou, como cruz de evolução. Resta apenas o pior. Paciência e confiança em Mim. Se quiserdes ser ou vos tornar Meus filhos, mostrai-vos dignos desse nome, que a palma da vitória não vos faltará. Preparai-vos para tudo. Não sou Eu, mas a natureza humana. A descrença artificialmente construída pelos homens, o incontido domínio e a ganância pelo dinheiro cumprirão também o quadro das taças da ira e de advertência. Há de se dar um processo de purificação antes que Eu volte a pisar o vosso ambiente; assim como uma tempestade purifica o ar do mormaço, atraindo para o solo todas as vibrações nocivas, para que volte a soprar uma brisa pura. O mesmo se dá num processo espiritual: como a reação é forte, surgirão rompimentos fortes, sem os quais não haverá uma definição. Na Terra toda a luta há de terminar da seguinte maneira: todos os partidos hão de reconhecer sua inaptidão e a Minha Onipotência, contra a qual não há resistência. Aceitai esta explicação da Revelação, como um quadro que representa todas as fases que uma idéia de Deus teve de passar, a fim de chegar ao seu verdadeiro valor. É um simbolismo que demonstra o quanto custa para que o bem venha a vencer o mal. Como pensadores espirituais, aceitai esses quadros como prenúncios interpretadores. Assim como João previu o processo do Cristianismo espiritualmente, ele também ocorre na vida de cada um, como processo espiritual e material. Hão de ser despejadas lutas e taças da ira sobre as idéias. Feliz aquele que, aproveitando o pior, consegue absorver algo de salutar para si. O processo da purificação e evolução em toda parte é o processo do espírito contra a natureza animal, sacrifício de si mesmo e tolerância para com os outros. Que cada um analise sua vida, podendo então decifrar sua história nesses quadros da Nova Revelação.

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