Created by Rafael Ribeiro
over 10 years ago
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Ana Grande era uma menina que talvez tivesse a tua idade.
Ana Grande era um bocadinho maior do que tu. Era, mais ou menos, do tamanho de uma pessoa crescida.
Tão comprida que não podia jogar às escondidas, pois nunca conseguia esconder-se sem que uma parte do seu corpo ficasse demasiado visível.
Na verdade a Ana transformou-se em objeto de maldade dos outros meninos que gozavam com ela.
Na escola os meninos apontavam-na de cada vez que alguém fazia uma asneira.
Ana Grande sentia-se triste, confusa e envergonhada.
Ana também era um bocado trapalhona e desengonçada. Imagina que te vestes com as roupas dos teus pais. Era assim que ela se sentia.
Por isso, quando Ana se virava de repente, era certo que ia esbarrar contra alguma coisa. Os pais ralhavam com ela.
Acontecia mesmo achar que era um monstro, pois em todas as histórias que conhecia os gigantes são todos monstros e são todos maus.
Certo dia Ana ficou a pensar que talvez os seus pais não fossem seus pais de verdade. Perguntou-lhe e eles confirmaram que ela foi adotada.
Naquela noite, Ana não chegou a adormecer pois não parava de pensar naquilo que tinha descoberto.
No dia seguinte, em vez de ir para a escola, Ana sentou-se triste no banco do jardim. Uma senhora alta foi falar com ela.
A menina explicou tudo à senhora e esta disse-lhe que quando tinha a idade dela também era assim. Disse-lhe ainda que ser alta podia ser útil em muitas coisas.
A senhora convidou a Ana a jogar numa equipa de basquetebol e fê-la prometer que voltaria para casa.
E foi assim que Ana começou a jogar muito bem basquetebol. Tem montes de amigos do seu tamanho e os pais orgulham-se muito dela.