Created by Denis Diniz
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Introdução -
Educação, escola e humanização
em Marx, Engels e Lukács
Capítulo 1 -
Humanização e trabalho
Engels (1986) afirma que o trabalho produz o homem e demonstra essa afirmação de forma analítica, considerando, sobretudo, a produção de Darwin.
Um ser social se desenvolve tendo por base um ser orgânico e esse também o faz a partir de um ser inorgânico, em um movimento em que o novo nasce do velho, mas de forma tão mais complexa que não mais se identifica com sua origem.
[...] é a consciência da ação que diferencia o trabalho como algo especificamente humano.
"Antes de tudo, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. (Marx, 1988)
[...] Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem. Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de sua colmeia. Mas, o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo do trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador, e portanto idealmente. (Marx, 1988)
Capítulo 2 - Educar para Humanizar
A constituição de variadas organizações sociais determina não apenas as mais diversas formas de definição das necessidades biológicas e culturais, mas também a forma como essas se concretizam.
Assim, a educação é ontologia humana como parte decorrente do trabalho humano.
[...] educar é humanizar, na medida em que, ao se apropriar daquilo que os homens produziram por meio do trabalho, os homens são constituídos e se afastam dos animais.
A partir da forma como se aprende a ser homem, ou seja, da forma social que determina a consciência, determinam-se -ao mesmo tempo - as formas de consciência com as quais será produzido o mundo em que se vive
Trata-se, muito mais, de uma determinada forma de atividade dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo de vida dos mesmos. Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles. (Marx e Engels, 1984)
Não se pode separar a sociedade dos seus membros: não há sociedade sem que estejam em interação os seus membros singulares (homens e mulheres) isolados, fora do sistema de relações que é a sociedade. O que chamamos de sociedade são os modos de existir do ser social; é na sociedade e nos membros que a compõem que o ser social existe: a sociedade e seus membros, constitui o ser social e dele se constitui. (Paulo Netto; Braz, 2006)