Todos nós distinguimos intuitivamente entre as coisas que fazemos e aquelas que nos ❌. Nas coisas que ❌ há uma certa causalidade ou iniciativa que parte de nós. Naquelas que nos acontecem limitamo-nos a ser ❌ de efeitos que nós não iniciámos.
Comprar uma cautela é algo que eu ❌; que me saia a lotaria é algo que me ❌. ❌ é algo que eu faço; ❌ é algo que me acontece. Quando o ladrão me rouba a carteira, o roubo da minha carteira é algo que o ladrão realiza ou faz, mas é algo que a mim me acontece. A causa ou origem da acção está no gatuno, não em mim. Ele ❌, eu sou roubado.
A distinção entre a voz activa e a voz passiva dos verbos – comum a muitas línguas – reflecte esta dicotomia: ❌ e paixão, o que fazemos e o que nos acontece.
Entre as coisas que fazemos, fazemos umas ❌, porque queremos fazê-las, enquanto outras fazemo-las sem querer.
Fazemos voluntária ou ❌ as coisas que fazemos querendo fazê-las, consciente e propositadamente. Em tais casos dizemos que temos a ❌ ou o propósito de fazer o que fazemos.
E. Anscombe, Intención (Introdução à edição espanhola da Paidós)
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voluntariamente
voluntariamente
intencionalmente
intencionalmente