Perissé (2004, p. 14) diz que “a leitura transmite raciocínios, faz germinar ideias, ensina silenciosamente a escrever e a falar com clareza, estimula a imaginação, amadurece a sensibilidade, etc.” Apesar de compreender e até concordar com essa perspectiva, muitos estudantes do Ensino Superior não desenvolvem a prática da leitura, gerando inúmeros prejuízos para sua formação acadêmica.

Após a primeira semana de aula no Ensino Superior, João se sentiu incomodado com as inúmeras solicitações de leitura e como possui dificuldade para compreender e interpretar textos, tentou ignorá-las. Entretanto, como os debates em sala de aula e as avaliações se baseavam nas leituras indicadas pelos professores, o desempenho de João foi muito abaixo da média, que se sentiu frustrado, desmotivado e incapaz. Essa história se repete em muitas salas de aulas no contexto universitário, uma vez que muitos alunos não possuem habilidades leitoras necessárias e acessam o Ensino Superior sem ter de fato ciência sobre a importância da leitura para seu processo de aprendizagem e sua formação como profissional.

No contexto universitário, muitos alunos não possuem habilidades leitoras necessárias para adquirir conhecimento e enfrentam inúmeras dificuldades para ler, compreender e interpretar os textos indicados pelos professores. Esse cenário gera um sentimento de desmotivação no aluno que se sente incapaz de adquirir conhecimento e se tornar um bom profissional.

Dificuldade de compreensão, falta de concentração e incapacidade de interpretação esses são alguns sentimentos de muitos alunos do Ensino Superior quando se deparam com a necessidade de ler.

Por que muitos estudantes do Ensino Superior se recusam a ler? Mesmo ciente de que a leitura é fonte de conhecimento, percebe-se que alunos de diferentes cursos de graduação evitam essa prática por sentirem dificuldades para compreender e interpretar textos e, assim, acabam com um baixo coeficiente de rendimento.