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A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850, mais de 5O% de sua população era urbana). No entanto, a urbanização acelerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda metade do século XX, na fase da Segunda Revolução Industrial.

No ano 1900 praticamente metade da população mundial vivia nas cidades.

Pelos critérios da ONU, para ser considerada cidade, uma aglomeração urbana deve contar com mais de 20 mil habitantes. Contudo, esse critério quantitativo varia de um país para outro e é muito relativo. Na Islândia, uma aglomeração com apenas 300 habitantes já é classificada como cidade; na Grécia, seriam ne-cessários 10 mil habitantes para atingir o mesmo status. No Brasil, toda sede de município onde exista uma prefeitura, uma Câmara de Vereadores e a Comar-ca do Poder Judiciário é considerada cidade, mesmo que tenha poucos habitantes.

A maior parte deles - os países da Europa Oriental, da América Anglo-Saxônica e o Japão - já atingiu índices bastante elevados, praticamente máximos, de urbanização. Alguns ultrapassam os 90% de urbanização, como a Bélgica (97,3%) e outros chegam a 100% (caso de Mônaco).

Muitas cidades concentram mais de 50% da população urbana do país, fenômeno conhecido como inchaço urbano ou macrocefalia urbana. É o caso de Montevidéu, no Uruguai; Buenos Aires, na Argentina; Seul, na Coréia do Sul e no Brasil Rio de Janeiro.

A região do ABCD de São Paulo é um exemplo típico dessa situação, pois une fisicamente as áreas urbanas de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema. No Nordeste brasileiro, Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) também são exemplos de áreas urbanas que se encontram conurbadas. Na Alemanha a urbanização se estendeu ao longo do Rio Reno, abrangendo cidades próximas como Colônia, Dusseldorf, Essen e Bonn.

As maiores cidades de um país ou a cidade principal de uma rede urbana conurbada recebem o nome de Megalopole (junção de duas palavras gregas: meter, mãe, e pólis, cidade). As metrópoles, em geral, contam com os melhores equipamentos urbanos. A influência da metrópole se estende de forma acentuada às cidades vizinhas, estabelecendo entre elas uma malha com trocas intensas e grande fluxo de pessoas e de serviços. Muitos habitantes moram num local e trabalham ou fazem compras em outro, por exemplo.

As metrópoles nacionais exercem influência em todo o território de um país. É o caso, por exemplo, de Nova York (Estados Unidos), Tóquio (Japão), Sidnei (Austrália) e São Paulo (Brasil).

Já as metrópoles regi-onais, como Lion (sudeste da França), Vancouver (litoral do Pacífico canadense), Seattle (noroeste dos EU-A) e Belém (Região Norte do Brasil), influenciam uma parte do território do país.

As megalópoles são as maiores aglomerações urbanas da atualidade. Elas se formam pela expansão ou pela conurbação de duas ou mais metrópoles, originando uma extensa área urbanizada. Em geral, uma ou mais metrópoles polarizam, ou seja, exercem influência em toda a região conurbada.

 Integram-se às redes mundiais por um conjunto de atividades que caracterizam a fase econômica atual, como serviços especializados e alta tecnologia para a indústria e para o comércio: escritórios, consultorias, publicidade, financiamentos, telecomunicações

 Têm profunda integração com a economia global, irradiam progressos tecnológicos e polarizam os fluxos das redes mundiais.

São polos financeiros, comerciais e de serviços. Por elas transita a maior parte do dinheiro que alimenta os mercados financeiros internacionais. No entanto não contam com investimentos em tecnologia de ponta.

Dotadas de boa infra-estrutura, comandam as atividades produtivas

Sediam grandes empresas transnacionais.

cidades que são classificadas em comerciais (Londres, São Paulo e Campina Grande),

industriais (Detroit, Volta Redon-da, São Bernardo do Campo),

administrativas (Washington e Brasília),

religiosas (Vaticano, Aparecida do Norte, Las Vegas e Olinda)

militares (Pearl Harbor e Resende),

o direito à cidade – entendida como local de moradia e desenvolvimento sustentáveis, sem discriminação de gênero, idade, raça, condição de saúde, origem, nacionalidade, etnia, status de imigração, orientação política, religião ou orientação sexual, ao mesmo tempo preservando a identidade cultural;

a função social da propriedade deve assegurar a distribuição igual, universal, justa e democrática dos recur-sos da cidade a todos;

espaços institucionais devem ser criados e fortalecidos para representar diferentes segmentos da sociedade, permitindo que estes participem de decisões estratégicas, como orçamentos, planos diretores, projetos de larga escala, megaeventos, melhorias de áreas degradadas, preservação do meio ambiente, da cultura e da história;

para garantir o direito à cidade, somente as instituições responsáveis em níveis local devem assegurar acesso à moradia, infraestrutura e mecanismos de financiamento para projetos inclusivos e sustentáveis.

a cidade deve ser reconhecida como espaço privilegiado da prática da cidadania e da democracia;

Embora as maiores taxas de urbanização (porcentagem da população que vive na zona urbana) sejam encontradas nos países centrais, os subdesenvolvidos industrializados contam com um maior número absoluto de população urbana, ou seja, maior quantidade de pessoas vivendo nas áreas urbanas.

O desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo da urbaniza-ção. As consequências foram drásticas: formação de favelas, aumento do subemprego, da criminalidade, da mendicância

Nos Estados Unidos, até a década de 1990, as pessoas pobres se concentravam em bairros do centro das cidades. Com a implantação de projetos e empreendimentos imobiliários nesses centros, denominados projetos de revitalização, moradores de baixa renda mudaram de localização, passando a ocupar os subúrbios mais afastados. É o caso de cidades como Detroit, Chicago e Nova York.

A ONU define os bairros pobres como assentamentos precários e lista suas principais características: status residencial inseguro, acesso inadequado à água potável, a saneamento e a infraestrutura em geral, baixa qualidade estrutural dos domicílios e adensamento excessivo.
No Brasil, cerca de 40,5% do total de domicílios urbanos apresentam ao menos uma das condições de precariedade, segundo os critérios da ONU.

No Brasil, segundo o IBGE, a economia informal gerou, em 2003, R$ 17,6 bilhões de receita e ocupou um quarto dos trabalhadores agrícolas do país.