Created by miriansilviabr
over 10 years ago
|
||
PNCEBT
Brucelose - Doença infecto-contagiosa crônica (assim como a tuberculose).
BRUCELOSE BOVINA
(Brucella abortus)
Brucella melitensis - não foi detectada no Brasil.
Brucella suis
Brucella canis
Brucella ovis
As três espécies principais, também denominadas clássicas,
são subdivididas em biovariedades ou biovares.
Podem apresentar-se em cultivos primários com morfologia colonial lisa ou rugosa (rugosa estrita ou mucóide). Essa morfologia está
diretamente associada à composição bioquímica do LPS
da parede celular, e para algumas espécies tem relação com a virulência.
EPIDEMIOLOGIA
Brucella abortus é mais prevalente no Brasil e essa prevalência é variável entre os estados. Em SC a prevalência é menor que nos estados do Centro-Oeste.
Zoonose de
distribuição universal, acarreta problemas sanitários importantes e
prejuízos econômicos vultosos.
Nos bovinos e bubalinos, a brucelose acomete, de modo
especial, o trato reprodutivo, gerando perdas diretas devido,
principalmente, a abortos, baixos índices reprodutivos, aumento
do intervalo entre partos, diminuição da produção de leite, morte
de bezerros e interrupção de linhagens genéticas.
A brucelose
atinge tanto o gado de corte como o gado de leite
As bactérias do gênero Brucella, apesar de permanecerem
no ambiente, não se multiplicam nele; essas são medianamente
sensíveis aos fatores ambientais. Entretanto, a resistência diminui quando aumentam a temperatura e a luz solar direta ou diminui a
umidade.
Mecanismos
de transmissão
As vias de eliminação são representadas pelos fluidos e anexos fetais – eliminados no parto ou no abortamento e durante todo o puerpério –, leite e sêmen.
A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados .
Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos, via respiratória e conjuntival.
O PI também vai variar de acordo com a carga infectante (quanto maior essa, menor o PI) e do status imunológico do animal.
Touro infectado não pode ser utilizado como doador de sêmen; isso porque, na inseminação artificial, o sêmen é introduzido diretamente no útero, permitindo infecção da fêmea com pequenas quantidades do agente, sendo por isso importante via de transmissão e eficiente forma de difusão da enfermidade nos plantéis.
Fêmeas nascidas de vacas + podem infectar-se no útero, durante ou logo após o parto. Quando infectadas, geralmente abortam na 1° prenhez, e só apresentam resultados + para os testes sorológicos no decorrer da
gestação. Esse fenômeno ocorre em frequência baixa, porém, apesar de não impedir o avanço do programa, invariavelmente acarreta considerável retardo na obtenção de bons resultados dele.
As espécies com alguma importância na epidemiologia da brucelose bovina,
podem ser citadas: os equídeos, que podem apresentar lesões
articulares abertas, principalmente de cernelha; os cães, que podem
abortar pela infecção; e os saprófagos, pela possibilidade de levar restos de placenta ou feto de um lugar para outro.