Created by Marcos Rogerio
about 8 years ago
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Ilusão ou realidade?
Para Platão, existe à nossa volta uma realidade visível ou sensível, que pode ser tocada, cheirada, vista, isto é, que pode ser percebida fisicamente por meio dos órgãos dos sentidos.
Além da realidade física, existiria outra. Ela seria algo a mais, que nossos sentidos não poderiam perceber. Não poderia ser tocada, tampouco vista ou escutada. Platão acreditava que essa outra realidade só poderia ser atingida ou compreendida por meio do pensamento, da razão.
Como é difícil imaginar uma realidade além da física, Platão criou algumas histórias a fim de facilitar seu entendimento. A mais conhecida é o Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna.
Para ele, existiam modelos invisíveis, que o filósofo chamava de formas ou ideias. Também existiam as cópias imperfeitas desses modelos, que seriam as coisas visíveis. Por exemplo, existiam os cavalos que nós vemos, na realidade visível, e a forma "cavalo", existente na realidade inteligível.
Para Platão, o mundo visível era o mundo das aparências, e o mundo inteligível era o mundo das essências.
Quer dizer, há uma enorme multiplicidade. Mas a forma flor é única. A essência de um ser nunca muda. O que muda é a cópia visível e imperfeita. O que se transforma é a aparência.
A outra realidade seria a das essências, que só poderia ser atingida pela inteligência; realidade na qual não existiria movimento nem multiplicidade, e sim perfeição.
Para Platão, o conhecimento adquirido por meio dos órgãos dos sentidos seria um conhecimento enganoso, pois estaria restrito à aparência das coisas. Só o conhecimento racional ou intelectual poderia levar às causas verdadeiras de tudo o que existe, isto é, levar à realidade inteligível.