“Como as coisas são?”

Aquela simples pergunta ecoou na mente de Suri como se tudo e nada fossem a mesma coisa. Apesar da diferença óbvia entre os dois, o antagonismo direto não era o que os unia? Um ser a negação do outro era uma condição necessária para que um e o outro -e nunca um ou o outro - existisse? Então, na cabeça de Suri, tudo e nada eram a mesma coisa. A pergunta continuou a ecoar.

“Elas simplesmente são.”

A menina olhou para Suri sem entender a resposta. Esperou por um instante uma explicação que não veio. Olhou para os sapatos, para o chão enlameado e decidiu que não poderia continuar ali. Decidiu ir embora e, simplesmente, partiu.

MAR. 25 2016

Que dia feliz! Suri não se importava com a chuva fria e densa que caía em seu rosto, nem com o frio que arrepiava seu corpo. Ela olhava ao redor e só via nuvens escuras. Olhava, olhava, olhava e, enfim, mergulhava nelas com tanta rapidez e energia que quem a observasse de longe pensaria que era um raio cortando os céus. E quem diria que não era? Suri estava voando.

APR. 6 2016

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