As práticas relacionadas à esfera da cultura corporal de movimento, dentro de suas especificidades, têm se constituído social e historicamente como os conteúdos escolares que devem ser ensinados durante as aulas de Educação Física, compreendida como componente curricular da educação básica (SOARES et al., 1992). Contudo, muitas vezes, o ensino de tais manifestações tem apresentado dificuldades de tratamento pedagógico na escola. Tal fato se deve, em parte...
[...] prática dos esportes, porque estes devem ser os únicos conteúdos a serem trabalhados dentro da Educação Física Escolar.
[...] à diversificação e ampliação de práticas corporais existentes, eclodindo tanto em problemas aos processos formativos de novos profissionais quanto em dificuldades para o desenvolvimento da prática pedagógica deste componente. curricular
[...] à imposição do projeto político pedagógico da escola que formata os cursos de Educação Física e não permitem a flexibilidade necessária para que os professores atualizem o currículo.
[...] pela falta de infra-estrutura das escolas.
[...] o conteúdo lutas é pouco abordado nas aulas de Educação Física, provocando questionamentos e preocupações por parte dos professores. Por que?
Porque as lutas não exercem forte influência na vida social e cultural do povo brasileiro.
Porque as lutas devem ser tratadas apenas nas academias.
Porque as lutas são manifestações marciais e portanto devem ser abordadas nos quartéis e escolas militares.
Porque a necessidade do professor ser especialista em modalidades ou incitações a aspectos de violência – são fatores restritivos para a prática desse conteúdo.
[...] Del Vecchio e Franchini (2006) consideram que a dificuldade em tratar os conteúdos lutas na escola deve-se, em parte, à formação profissional em Educação Física. Para esses autores, em diversos casos, os cursos de graduação apresentam formações deficientes em relação a estas práticas, ora restringindo o ensino a apenas uma modalidade, ora nem sequer havendo a presença destes conteúdos nos currículos dos cursos de formação superior, fato que dificulta a presença destes conteúdos na escola uma vez que pode limitar as intervenções profissionais dos professores de Educação Física.
De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior nº 7 de 31 de março de 2004, os cursos não precisam oferecer a disciplina de lutas e artes marciais nos cursos de graduação, pois a sua oferta pouco contribui para o conhecimento geral e cultural dos estudantes em formação.
Há inúmeros fatores restritivos para o ensino das na escola de acordo com os especialistas, como a formação , a insegurança do , problemas de infraestrutura, entre outros. Isso implica ao professor de Educação Física, sobretudo àquele que não possui muitos sobre as manifestações corporais das lutas, inúmeros dilemas que podem contribuir para a de abordagem dessas práticas, ou ainda, com formas muito de se ensinar esses conteúdos.
[...] os especialistas apresentaram também algumas possibilidades que precisam ser mais exploradas para que as possam ser ensinadas de modo mais ao longo da prática pedagógica. Dessa forma, eles elencaram proposições de adaptação e de inovação para o ensino das lutas na , possibilidades referentes à utilização de materiais e, finalmente, propostas de formação que podem contribuir para com o atual quadro relacionado ao ensino dessas corporais.