Antecedentes
Até o início do século XX, a maior parte da população russa vivia no campo, sendo que mais de 70% da população eram camponeses, não proprietários de terras. A nobreza russa, composta dos boiardos, era detentora das terras e, usando seu prestígio social, explorava o trabalho dos camponeses em regime de servidão. Até o início do século XX, a maior parte da população russa vivia no campo, sendo que mais de 70% da população eram camponeses, não proprietários de terras. A nobreza russa, composta dos boiardos, era detentora das terras e, usando seu prestígio social, explorava o trabalho dos camponeses em regime de servidão. Em 1861, lançando mão de ideias liberais e tentando forçar o desenvolvimento da Rússia, o governo aboliu a servidão, o que fez com que parte dos camponeses que estavam presos à terra, agora livres desse vínculo, se deslocassem para as cidades, constituindo mão de obra para a indústria nascente. Grande parte desse contingente acabou por se transformar no proletariado urbano, que, submetido a condições deploráveis de trabalho, mais tarde seria responsável pelo processo revolucionário. É possível afirmar, portanto, que, apesar de a maior parte da população viver no campo, ainda assim, o processo revolucionário russo foi basicamente urbano, diferentemente de outras revoluções socialistas, como a chinesa e a cubana, que se iniciaram a partir de mobilizações dos camponeses.