O Brasil é um dos poucos países no mundo, que recebe uma insolação (numero de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano. E na região Nordeste conta com uma incidência média diária entre 4,5 a 6 kWh [ medida de energia elétrica ]. Por si só estes números colocam o pais em destaque no que se refere ao potencial solar.
Diante desta abundância, por que persistimos em negar tão grande potencial? Por dezenas de anos, os gestores do sistema elétrico (praticamente os mesmos) insistiram na tecla de que a fonte solar é cara, portanto inviável economicamente, quando comparadas com as tradicionais.
O uso de energia solar está crescendo no Brasil, mas alguns países já usam essa tecnologia sustentável com sucesso como parte de sua matriz energética. Aliando benefícios econômicos à educação ambiental, essas nações têm planos de aumentar a produção com o passar dos anos.
O Brasil quer subir no ranking: estima-se que, em 2018, ele esteja entre os 20 primeiros países que utilizam energia solar e está construindo o maior parque de geração de energia desse tipo da América Latina, atraindo investimentos, economizando com combustíveis fósseis, na construção de hidrelétricas e evitando o impacto ambiental que essas atividades representam.
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China
O país que mais emite carbono na atmosfera hoje é o número 1 em produção mundial de energia solar. Com o intuito de diminuir a dependência com o carvão e estimular o uso de energias renováveis, o governo chinês aumentou os investimentos em sistemas de pequeno porte (com até 1 MEGAWATT) com políticas de incentivo e contando com subsídios governamentais. O país também é o maior fabricante de painéis fotovoltaicos do mundo e deseja instalar mais.
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Alemanha
Maior potência em energia sustentável da Europa, a Alemanha tem uma média de acréscimo de 3,3 GW de energia solar por ano. Lá, incentivos governamentais garantiam que a força produzida em excesso por painéis residenciais fosse vendida a preços competitivos de mercado para os vizinhos que não utilizavam energia limpa. A sobretaxa subsidiava o desenvolvimento da tecnologia como um todo e o setor industrial era isento do custos extras para não perder competitividade no mercado externo.
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Japão
Depois do acidente nuclear de Fukushima em 2011, o país voltou-se para energias renováveis e projetos sustentáveis, recebendo do governo subsídios até três vezes maiores do que a Alemanha fornece para o uso de energia solar. Altos investimentos na produção desse tipo aumentaram a capacidade de geração em mais de 500% nos últimos anos e eles pretendem gerar 28 GW até 2020.
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Itália
Segundo lugar em capacidade instalada na Europa, a Itália tinha, em 2015, uma maior porcentagem de geração de energia solar em sua matriz energética (7,8%), se comparada à Alemanha (6,8%). Em 2013, a Itália representava 20% da energia solar produzida na Europa.
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Estados Unidos
Localizada na Califórnia, Solar Star é o maior parque fotovoltaico do mundo gerando 579 MW e ainda assim os EUA ocupam apenas o quinto lugar da lista de países que utilizam energia solar. Queda de preços no sistema de geração, financiamentos e políticas de incentivo por parte dos estados ajudam o crescimento da indústria solar e a implantação de pequenas instalações. Também houve o aumento do limite de crédito fiscal federal em energia solar desde 2009.