Por 35- Poesia Concreta, Marginal e Tropicalismo

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    Os anos 1950 e o Concretismo
    *Plano-Piloto: Concepção de que poesia se faz com versos; eliminação da escrita sequencial. Não mais o leitor fará o caminho tradicional da leitura: da esquerda para a direita, de cima para baixo,  do início para o fim, pois não há mais essa disposição retilínea, esse modo “temporístico-linear” como convencionalmente pensamos um texto poético. É preciso “percorrer” o poema em inúmeras direções, não mais seguir as “rotas” convencionais do olhar.

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    Os anos 1950 e o Concretismo
    Valorização dos espaços brancos e economia verbal. A palavra vista como uma imagem em si. Certos poetas vão abandonando, gradativamente, a palavra para experimentações bem icônicas e ideogrâmicas. Para os concretistas, dizer menos é uma forma de gerar maior número de interpretações. O espaço em branco da página não é apenas fundo, mas significação. As palavras têm "movimento".

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    Os anos 1960 e a Tropicália
    Intenso diálogo entre a música, o teatro,  o cinema, a literatura e as artes plásticas; arte panfletária e de denúncias sociais; saudosista e ufanista; a música deveria ser algo bem atual, um som meio elétrico, meio pop, que tivesse a ver com as coloridas imagens das revistas, expostas nas bancas de jornal, com fotos de atrizes de cinema misturadas com cenas violentas de guerra e flagrantes de viagens espaciais; dinamismo das informações na vida moderna, celeridade do tempo no espaço urbano, multiplicidade de imagens e informações divulgadas pela mídia; associações de imagens desconexas, takes do cotidiano, referências intertextuais com quadrinhos, textos filosóficos, provérbios e programas de televisão  – principalmente a figura do Chacrinha, eleita como símbolo do Tropicalismo, imagem caricata da cultura nacional –, sem supervalorizar um universo culto e acadêmico em detrimento dos outros, populares e midiáticos, se fez constante nas produções de Caetano, de Gil, de Torquato e de Capinan; algo universal, moderno.

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    Os anos 1960 e a Tropicália
    *Glauber Rocha: Cinema Novo; Terra em Transe; *Hélio Oiticica: Tropicália; *Caetano Veloso: Alegria, Alegria; *Gilberto Gil: Domingo no Parque; Soy Loco Por Ti, América; Geleia Geral; Panis et circensis; *Torquato; *Capinan; *Tom Zé: Parque Industrial.

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    Os anos 1960 e a Tropicália
    Toda a euforia do Tropicalismo, que revolucionou a música brasileira, livrando-a do conservadorismo estético e das temáticas restritas à postura engajada de teor marxista ou de exaltação nacionalista, foram suspensas em 1968, com a implantação da ditadura militar.

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    Os anos 1970 e a Poesia Marginal
    Atitude mais livre praticada por uma “sociedade alternativa”, que rompia com os tabus e os valores da sociedade convencional e moralizante. Essa postura libertadora, tanto no aspecto literário, quanto no sexual, no corporal, nas relações com as drogas no trânsito entre as culturas (principalmente com a oriental) foi denominada “movimento da contracultura”; poesia que se encontrava não apenas no papel, mas no modo de viver e no próprio corpo; linguagem libertária; presença dos versos livres, da linguagem coloquial, das palavras em minúsculas quando gramaticalmente deveriam ser grafadas em maiúsculas,  de uma transgressão em relação às regras de concordância e de regência, além da própria libertação gráfica do texto,  da conciliação entre a linguagem verbal e a não verbal, assim como a rasura entre os textos narrativos e os poéticos; apropriação de diferentes gêneros literários como a fábula, o texto filosófico e os quadrinhos; havia preconceito e resistência de uma crítica literária que não compreendia a vitalidade e a relevância daquele movimento poético criado longe do universo acadêmico e das posturas “politizantes” da época; os poetas dos anos 1970 negavam uma filiação intelectual, um programa estético coerente, um apego aos cânones literários; os marginais promoveram um processo de “desliteratização” da escrita, de desmitificação dos clássicos, que muitas vezes são retomados apenas de forma anedótica e humorística; período do golpe militar (clima pesado e ambiente de sufoco); uma poesia alegre, que troca o mofo e o esquecimento das estantes por uma participação mais viva na cena cultural, uma poesia que sai para as ruas, que se vale das formas de sobrevivência as mais variadas e sugestivas: geração mimeógrafo; reconhecimento do lirismo na própria vida, nos bastidores do dia a dia, de onde se conclui que a literatura é vida fotografada a cada momento, o que explica o apego dos autores aos poemas breves, como se fossem retratos instantâneos do cotidiano, flashes de uma cena circunstancial; o emprego do pastiche, da imitação do estilo da linguagem presente em bilhetes, fábulas, bulas, entrevistas, anúncios, diários, passaportes, roteiros de cinema, carteiras de identidade ou certidões de nascimento foi um recurso frequentemente utilizado pelos autores marginais; nonsense; começaram a mostrar algumas questões étnicas, sociais e sexuais; retratação do universo do negro, da mulher e do homossexual; 

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    Os anos 1970 e a Poesia Marginal
    *Chacal: Rápido e Rasteiro *Carlos Saldanha: Malaquias Moritake *Isabela Câmara; *Charles; *Francisco Alvim; *Ana Cristina César; *Waly Salomão; *Roberto Piva; *Glauco Mattoso; *Adauto de Souza Santos.

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    Pop Art
    A partir da década de 1950 e sobretudo nas décadas de 1960 e 1970. Incorporação dos elementos da cultura de massa: as marcas de grande consumo, os produtos industrializados, os ícones do cinema e da música, enfim, tudo o que tinha apelo junto ao grande público. Estadunidenses: Andy Warhol e Roy Lichtenstein.
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