Creado por Mariana Cerqueira
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O que foi a política do café com leite: Crise de 1929: Revolução 1930: Governo Provisório: Revolução Constitucionalista (1932): Governo Constitucional: ANL: "Intentona" Comunista: Plano Cohen: Estado Novo: Brasil na 2° guerra mundial: Declínio de Vargas:
Política do Café com Leite: O episódio conhecido como política do café com leite ocorreu no período em que o Brasil passava ela então chamada "República Velha". Nessa época, São Paulo (PRP) e Minas Gerais (PRM), eram os estados com maior número de habitantes e os maiores produtores de café e leite do país. E por conta disso, a elite agrária - conjunto de grandes proprietários rurais com grandes poderes econômicos e políticos - dos dois estados passou a ter uma forte influência política. O que resultou na apoiação mutua da candidatura de representantes de um dos dois estados ao cargo de presidente da república. * por serem os estados mais populosos, Câmara possuía mais deputados Mineiros e Paulistanos, que tinham facilidade de controlar os votos e decidir quem seria o governante e quais pessoas ocupariam o Poder Legislativo. Curiosidade: No período da República Velha, o país teve 10 presidentes, tendo sido apenas três que não fossem mineiros e paulistanos.
Crise de 1929: Durante muitos anos a economia brasileira girou em torno da produção de café, então, quando a bolsa de valores de Nova Iorque "quebrou" e os preços internacionais do café despencaram, causou um grande prejuízo aos cafeicultores brasileiros e consequentemente á economia brasileira. Num sistema capitalista, economia e política são melhores amigas, e então além da economia estar falindo a estrutura política também despencava, de modo que São Paulo e Minas Gerais passasse por uma crise entre eles e desfazendo a Política do Café com Leite.
Revolução de 1930: Quando o então Presidente do Brasil Washington Luís (paulista), indicou Júlio Prestes (paulista) para substitui-lo envés de um mineiro, foi desfeita a aliança intitulada Política do Café com Leite. PRM não ficou parada e logo criou a Aliança Liberal junto do Rio Grande do Sul e Paraíba que lançaram a candidatura do gaúcho Getúlio Dornelles Vargas para presidência e João Pessoa para vice. A Aliança Liberal teve o apoio de vários grupos sociais e econômicos, menos do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do principal líder tenentista, Luís Carlos Prestes. Vargar e Pessoa perderam, o que resultou em um conflito, no qual Júlio Prestes fora acusado de fraudar a votação. Tudo se intensificou com o assassinato de João Pessoa, que foi palco para um aproveitamento político contra Washington Luís e Júlio Prestes. "Façamos a revolução, antes que o povo a faça". * Washington Luis foi preso ao se recusar ceder e renunciar o cargo. * Vargas assumiu o poder e instituiu um Governo Provisório, o que causou insatisfação na população, principalmente paulista.
Governo Provisório 1930 - 1934: Vargas foi muito extremista ao assumir o governo, onde logo quis centralizar o poder. Ele fechou o congresso e aboliu a Constituição de 1891, pois queria reconstruir o Estado, reestruturar para acabar completamente com os antigos grupos que ainda o controlavam. Vargas também mudou completamente os governadores dos Estados, os quais foram escolhidos a dedo pelo presidente, eles foram chamados de Interventores. Getúlio queria acabar com a prática "Política dos Governadores", lideradas pelos coronéis. Ele prometeu que esse governo não duraria muito e que fosse apenas transitório e que novas eleições fossem feitas. Porém isso não ocorreu, o presidente descumpriu com sua fala deixando muitas pessoas irritadas e descontentes. Em São Paulo as elites incitaram uma revolução contra o governo, pedindo a realização de novas eleições e a elaboração de uma nova constituição, já que a antiga havia sido anulada
Revolução Constitucionalista: São Paulo já estava descontente com seu então presidente Getúlio Vargas, afinal, Washington Luís havia sido deposto Julio Prestes a sido impedido de ocupar o cargo de Presidente da República. Tudo piorou quando o governante impediu que quem governasse o estado fosse um paulista, colocando um homem de sua escolha para ocupar o cargo. Os paulistanos já fartos, viram como um ultraje quando a constituição não havia ainda sido criada, resolveram agir. Juntaram forças com outros opositores ao governo, como os estados de Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. Houve inúmeras mortes, entre elas vidas de quatro jovens estudantes que foram assassinados em uma manifestação na praça da república, Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, juntos suas iniciais formava MMDC, sigla usada para apresentar o movimento. No dia 09 de julho, foi quando de fato ocorreu o inicio da revolta. Homens e mulheres se alistaram para tirar Vargas do poder ou faze-lo aceitar suas demandas. Não foi uma luta justa, visto a quantidade de homens de cada lado e o armamento. Cerca de 135 mil homens foram a luta, tendo uma perda de quase 900 homens do lado paulista. Os paulistas se renderam em 2 de outubro Em maio de 1933 foram feitas eleições para a Assembléia Constituinte e em novembro foi então criada a Constituição brasileira, promulgada em 1934.
O que dizia a Constituição de 1934: Vargas foi inteligente ao querer agradar seu povo, criando então, uma Constituição mais liberal, que pretendia uma expansão dos direitos sociais, tanto dos homens como das mulheres. Direitos trabalhistas; Voto secreto; Voto feminino; Nacionalismo - defesa de riquezas naturais. https://www.politize.com.br/wp-content/uploads/2015/09/EDUCA%C3%87%C3%83O-POL%C3%8DTICA-CONSTITUI%C3%87%C3%83O-DE-1934-654x1536.png (infográfico sobre a Constituição)
Governo Constitucional 1934 - 1937 : Para entender essa época é necessário saber o contexto em que o mundo estava. Itália - Fascismo de Mussolini; Alemanha - Nazismo de Hitler; URSS - Socialismo de Stalin. A influência da Europa chegou ao Brasil, que por sua vez surgiu um movimento de extrema direita Ação Integralista Brasileira (AIB), liderado por Plínio Salgado "Deus, pátria e família". Um movimento muito familiar aos fascismo, qual era usado um uniforme com o símbolo ∑ nos ombros e faziam cumprimentos com os braços estendidos. Já do outro lado, como oposto, o comunismo inspirou um movimento político chamado Aliança Nacional Libertadora (ANL), que era caracterizado por sua defesa da reforma agrária, anti imperialismo e o desejo de uma revolução proletária. Liderada por Luís Carlos Prestes, que em 1935 organizou chamada "Intentona" Comunista, uma rebelião contra o governo de Vargas.
Intentona Comunista: Revolta contra o governo Varguista, ocorreu em 1935 e foi rapidamente controlada pela Segurança Nacional. Em julho de 1935, Luís Carlos Prestes lançou um manifesto, no qual incentivava uma revolução contra o governo. Getúlio então decretou a ilegalidade do movimento e mandou prender seus líderes. O que não impediu e o plano foi colocado em prática. Em novembro de 1935 depois e a ação ter sido planejada, o plano foi posto em prática. Começou em Natal, onde os revolucionários chegaram a tomar o poder durante três dias, então expandiu - se para Maranhão, Recife e por fim Rio de Janeiro. Entretanto havia falhas no plano o que facilitou as ações para acabar com o movimento. Vargas mandou prender Prestes, assim como vários outros líderes que ou foram presos ou tiveram seus direitos "cassados". Além de ter decretado estado sítio. A ANL perdeu a luta e seus planos falharam completamente. Essa revolta mais para frente foi usada como desculpa pela denúncia do Plano Cohen - um golpe que originou o Estado Novo em 1937. Curiosidade - intentona é uma palavra com sentido pejorativo. Significa algo como: plano louco ou intento insensato.
Plano Cohen 1937: Em setembro de 1937, Góes Monteiro, noticiou através do programa de rádio, a descoberta de um plano cujo objetivo era derrubar o presidente da República. Segundo ele, o plano havia sido formado pelo Partido Comunista Brasileiro e por organizações comunistas internacionais. O plano - que foi nomeado " Plano Cohen" - tinha uma proposta semelhante à Intentona Comunista. Dizia que iria ocorrer uma agitação entre operários e estudantes, iriam libertar presos políticos, incendiar casas e prédios públicos e eliminação de autoridades civis e militares que se opusessem. No dia seguinte do plano ser apresentado, Vargas solicitou a Congresso a decretação do Estado de Guerra, que com isso perseguiu todos os comunistas e também opositores políticos. Ele ainda dissolveu o poder Legislativo e anulou a Constituição criada em 1934 e no dia 10 de novembro a ditadura do Estado Novo foi implantada.
Estado Novo 1937 - 1945: "Ditadura Varguista" Teve início com o cancelamento da nova eleição presidencial que ocorreria em 1937. Foi também elaborada uma nova Constituição, conhecida como "Polaca", por ter tido uma inspiração polonesa. O que dizia a nova Constituição: * Concentração no poder Executivo; * Abolição das demais instituições democráticas; * Partidos políticos como AIB e ANL, se tornaram ilegais; * Foi permitido a perseguição pela oposição - que não concordava com Vargas e seu governo - sendo aceito ainda a prática de tortura para seus prisioneiros. Curiosidade - um dos casos que marcou a violência do Estado Novo, foi a deportação de Olga Benário para Alemanha nazista. Ela sendo Judia, foi enviada para um campo de concentração, onde passou seus últimos dias de vida. Na época estava gravida, sua filha sobreviveu e hoje tem 84 anos. Para controlar a imagem de seu governo, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que era responsável pelo programa de rádio Hora do Brasil, mesmo propaganda de rádio usado para liberar o descobrimento do "Plano Cohen". Além disso, o DIP era usado para censurar as artes e a imprensa. "O Estado Novo, no entanto, manteve (e fortaleceu) os principais traços de Getúlio Vargas: seu caráter trabalhista e nacional desenvolvimentista. " Foi durante esse período que Getúlio criou a Justiça do Trabalho e a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) - que unificou as leis trabalhistas como o salário mínimo, o descanso semanal remunerado e condições de segurança no trabalho. Pela classe trabalhadora, Vargas recebeu o apelido de "pai dos pobre". Vargas era um bom patriota, e em seu novo governo criou diversas campanhas nacionais, como: Companhia Siderúrgica Nacional - 1947 Companhia Vale do Rio Doce - 1942 Companhia Hidrelétrica do São Francisco - 1945
Brasil na 2° guerra mundial: Não há muitas informações sobre a participação do Brasil na guerra, há quem diz que Vargas se sentiu pressionado a escolher ficar do lado dos Estados Unidos, pois não havia sentido nele lutar contra um governo fascista autoritário, se o país que ele comandava estava sofrendo uma forte onda autoritária em seu governo. Vargas a principio ficou neutro em relação á tudo, porém depois de alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio fez um acordo com Roosevelt e decidiu se aliar aos Aliados. O exército brasileiro ajudou o exército norte-americano a libertar a Itália que na época estava ainda em mãos Alemãs. Além de terem consiguido vencer várias batalhas contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas, como o Monte Castelin , Turim, Montese, etc. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros.
Declínio de Vargas: O governo Varguista não começou bem, com o golpe de 1937, muitos já haviam ficados insatisfeitos, e ao longo de seu mandato a insatisfação só aumentava, porém foi com a 2° guerra mundial, que o povo Brasileiro se viu cansado do atual governo e resolveu por um fim nisso. Para o brasileiro, não havia sentido em Vargas lutar ao lado dos Aliados quando seu próprio método de governar era de cunho autoritário, então á medida em que a guerra chegava ao fim, crescia insatisfação da população e Vargas se viu sendo fortemente rejeitado, sem mais o que fazer, ele se sentiu forçado a conceder anistia para os presos políticos, a permitir a liberdade de organizações partidárias e a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte e marcar novas eleições. Mesmo ainda tendo apoiadores, como o recém movimento Queremismo, a imagem de seu governo e a própria já estava batida, então em 29 de outubro de 1945 Getúlio Donelles Vargas, o presidente que governou durante 15 anos, foi forçado a renunciar o cargo de governante de uma nação, por meio de um golpe de Estado organizado pela União Democrática Nacional (UDN) e pelos militares.
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