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2° Ano ApoGeo 11 - A INDÚSTRIA NO BRASIL Distribuição espacial da indústria brasileira A maior diversificação e maior concentração fabril do país ocorrem na capital paulista e arredores, o que se constitui no chamado ABCD paulista, que concentra hoje o maior número de empregos no setor secundário brasileiro. ABC Paulista, Região do Grande ABC, ABC ou ainda ABCD é uma região tradicionalmente industrial do estado de São Paulo, parte da Região Metropolitana de São Paulo, porém com identidade própria. A sigla vem das quatro cidades, que originalmente formavam a região, sendo: Santo André (A), São Bernardo do Campo (B) e São Caetano do Sul (C) - Diadema (D) é às vezes incluída na sigla . É relativamente comum encontrar também ABCD que também inclui os municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Rio Grande da Serra.
De acordo com o gráfico abaixo, é possível afirmar que o aumento de 6,3% do total de indústria na região Sul, deve-se, em parte, a sua proximidade com os países do Mercosul.
Industrialização do Brasil ● A abundante mão de obra e a disponibilidade de matérias-primas, em grande quantidade e variadas, foram alguns dos fatores responsáveis pela industrialização da Região Sudeste. ● Foi no governo de Getúlio Vargas que a industrialização foi lançada de maneira mais eficiente. Esse presidente incentivou o nacionalismo e a criação de empresas estatais para que o país não dependesse muito do capital estrangeiro. ● No governo de Juscelino Kubitschek, foi criado um Plano de Metas que dedicou muitos recursos para estimular o setor de transporte e de energia, que são fundamentais à produção industrial. ● A redução das importações, em decorrência da crise econômica mundial e da 2ª Grande Guerra, favoreceu o desenvolvimento industrial, livre de concorrência estrangeira. A construção da cidade de Brasília fez parte do processo desenvolvimentista dos anos 1950 liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek e seu vice, João Goulart. O projeto modernizante de JK assentava-se na política do “50 anos em 5”, que preconizava, entre outras coisas, dotar o país de uma infraestrutura suficiente para sustentar a industrialização. Expandiu a construção de usinas hidrelétricas e abasteceu de energia o setor produtivo. Desindustrialização significa a redução da participação na geração de riquezas da indústria em relação a outros setores da economia. “A participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) foi de 13,3% em 2012, retrocedendo ao nível que o setor tinha na economia em 1955, antes da implantação do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. Mantida as atuais condições de crescimento, essa participação deverá cair para 9,3%, em 2029”. (O Estado de São Paulo de 28/08/2013) ● A desindustrialização é preocupante, pois os efeitos de encadeamento para frente e para trás são mais fortes na indústria do que nos setores agrícolas e de comércio. ● A desindustrialização é preocupante, pois grande parte do processo de inovação tecnológica que ocorre na economia é difundida a partir do setor manufatureiro. ● A desindustrialização pode provocar maior desequilíbrio na balança comercial brasileira, com o aumento das importações. ● A desindustrialização é um fenômeno que tem impacto negativo sobre o potencial de crescimento de longo prazo, pois reduz a geração de retornos crescentes, diminui o ritmo de progresso técnico e aumenta a restrição externa ao crescimento. O Nacional-desenvolvimentismo ● A expressão está relacionada a Juscelino Kubitschek (1956-1961) e à política de modernização do país levada a cabo em seu governo. ● . A expressão traduz um conjunto de ideias em que o Estado nacional independente formula políticas industriais modernizadoras com o objetivo de alcançar o desenvolvimento da nação. O Plano de Metas é a concretização dessa política. Em 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente do Brasil e prometeu uma gestão desenvolvimentista sob o slogan “cinquenta anos em cinco”. Esse projeto de governo foi denominado Plano de Metas. Distribuição regional das indústrias no Brasil Ainda se observa uma nítida concentração industrial na região Sudeste, sendo este um reflexo das desigualdades sociais e econômicas que marcaram a evolução política e econômica do País. O processo de industrialização no Brasil ● No governo de Getúlio Vargas, foram criadas as condições de infraestrutura necessárias para a industrialização brasileira. ● O governo de Juscelino Kubitschek priorizou a construção de rodovias e obras para geração de energia. Concentração e desconcentração espacial da indústria brasileira No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a preocupação estatal foi com a indústria de base, com enfoque na produção de energia e setor de transportes; já no governo de Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior. O processo industrial brasileiro O rodoviarismo que se instaurou no Brasil está ligado à ação das montadoras automobilísticas que se expandiram no Brasil, sobretudo a partir do Plano de Metas. O processo de industrialização ocorrido no Brasil a partir de 1930 trouxe grandes transformações na organização do território nacional, pois constituiu uma economia cujo crescimento depende principalmente do dinamismo do mercado interno a industrialização forjou uma rede urbana constituída por duas metrópoles globais, algumas metrópoles nacionais e centros urbanos com áreas de influência regional ou local. ● O Brasil detentor de um grande mercado interno, de abundantes recursos naturais, possui um parque industrial altamente diversificado e conta com um desenvolvido setor de alta tecnologia. ● Apesar de ser um país industrializado, apresenta indicadores sociais de países subdesenvolvidos, dependência tecnológica e necessidade de aporte de investimentos internacionais. ● No pais, foram criados vários polos tecnológicos que concentram as atividades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de ponta. ● Para a criação de polos tecnológicos que deram origem a instituições de ensino e pesquisa nacionais, foi fundamental o apoio governamental, colocando o país na vanguarda da tecnologia de ponta. A atividade industrial e a industrialização brasileira estão desigualmente distribuídas pelas regiões do país. Construídas predominantemente no século XX, elas são componentes da modernização urbana que reinventa nossa sociedade e dinâmica espacial. A ação do Estado foi fundamental para desencadear o processo de industrialização brasileira, por exemplo, criando empresas estatais, como a antiga Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, para investir na indústria de base. Sem elas não seria possível a implantação de indústria de bens de consumo duráveis. ● Inicialmente o crescimento industrial e os investimentos em infraestrutura concentraram-se no Sudeste do país. Esse fenômeno reforçou a tendência deconcentração espacial da indústria e acentuou as desigualdades regionais. ● Até a década de 1960 o Sul e o Nordeste eram regiões industriais periféricas e no Norte e no Centro-Oeste havia apenas núcleos locais isolados, os chamados enclaves industriais. ● A partir de 1990, intensificou-se o processo de desconcentração industrial. Muitas indústrias deixaram áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos espaços geográficos, na busca de vantagens econômicas, incentivos fiscais, menores custos de produção, mão-de-obra barata, mercado consumidor significativo e atuação sindical pouco expressiva. Nos últimos 20 anos, os estados nordestinos ofereceram boas oportunidades para investimentos nacionais e estrangeiros, resultantes de políticas de isenção de impostos, subsídios e empréstimos especiais. Os três estados nordestinos que apresentaram o maior crescimento no período indicado foram Ceará, Pernambuco e Bahia. A ocorrência da Primeira Guerra Mundial trouxe para o Brasil uma importante consequência econômica: O desenvolvimento de um surto de substituição de importações, resultado das dificuldades geradas no comércio internacional.
Quadro Operários, de Tarsila do Amaral, 1933. Óleo sobre tela 150 X 205 cm. Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo Coleção Governo do Estado de São Paulo. Tarsila do Amaral (1886-1973) é considerada a primeira-dama do modernismo brasileiro e uma das responsáveis pela arte genuinamente nacional. Os temas que mais a interessavam eram os sociais e entre toda a sua obra, se destaca a tela Operários. ● Ocorreu de forma tardia, tendo por base o processo de Substituição de Importações. ● Seu maior pólo, a partir dos anos 1920, foi São Paulo devido à infra-estrutura advinda da economia cafeeira. ● Através dele, o êxodo rural foi intenso, transformando cidades, como São Paulo, em grandes centros metropolitanos. A grande guerra de 1914-1918 dará grande impulso à indústria brasileira. No primeiro grande censo posterior à guerra realizado em 1920, os estabelecimentos industriais arrolados somarão 13.336, com 1.815.156 contos de capital e 275.512 operários. Destes estabelecimentos, 5.936 tinham sido fundados no quinqüênio 1915-1919, o que revela claramente a influência da guerra. (Caio Prado Jr. História Econômica do Brasil) A Primeira Guerra Mundial levou o Brasil a diminuir as importações e a aumentar as exportações, tendo crescido bastante no eixo Rio-São Paulo o número de estabelecimentos industriais. ● Até a década de 1930, não se desenvolveu uma política de industrialização, pois as atenções estavam voltadas para o setor agrário-exportador. ● Após 1950, o desenvolvimento se fez com grande participação de capitais .
Observa-se no gráfico que, no período representado a região sudeste ainda apresenta concentração industrial expressiva, apesar da diminuição das taxas de crescimento de parte de seus estados. A região Nordeste do Brasil ocupa a terceira posição. ● Dois estados são responsáveis pela produção industrial na região: Bahia e Pernambuco. ● No estado da Bahia destacam-se as indústrias petroquímicas que utilizam o petróleo extraído do Recôncavo Baiano. São características do governo de Juscelino Kubitschek: ● definição de uma política denominada Plano de Metas; incentivo à industrialização. Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre econômico”. Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de renda e da pobreza. Os maiores centros industriais da região Nordeste são Fortaleza, Salvador e Recife. A maior parte do capital aplicado na industrialização brasileira, a partir de 1930, teve origem nos lucros obtidos com a exportação de café. Guerra fiscal O setor de leite e derivados, de longa tradição em Minas, é responsável por mais de 30% da produção brasileira. A Itambé (Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais), maior empresa do ramo, em meados de 2000, anunciou que estudava a transferência de sua produção para Goiás, onde mantém duas fábricas. Alegava que o governo de Minas cobra 7% de ICMS sobre o leite longa-vida, ao passo que o estado de Goiás oferece isenção de 80% para o mesmo produto. Fonte: Adaptado de http://www.scielo.br/scielo Este processo envolvendo diferentes interesses de agricultores e empresas, cuja atribuição é de responsabilidade dos governos estaduais, recebe o nome de guerra fiscal. Industrialização tardia O Brasil é considerado por muitos estudiosos como um país de industrialização tardia ou país subdesenvolvido industrializado. Denominações à parte, é certo que o Brasil tem aumentado a participação dos produtos industriais na pauta das exportações. Analise as afirmações sobre o processo de industrialização brasileiro. ● Apesar de vir perdendo indústrias nas últimas duas décadas, a região Sudeste ainda mantém a liderança nacional tanto no que se refere ao valor de produção como quanto ao número de empregados no setor industrial. ● Até a década de 1990, a metrópole de São Paulo concentrava ¾ da produção nacional de veículos. Na última década, as transnacionais automobilísticas optaram pela descentralização e surgiram unidades produtivas em outras regiões como o Sul e o Nordeste. ● A internacionalização do processo de industrialização ocorreu em fases sucessivas: uma delas foi no período JK quando se instalaram no País indústrias de bens de consumo duráveis; a mais recente está associada às privatizações das estatais na década de 1990. As indústrias de bebidas na região Sul do Brasil As indústrias de bebidas na região Sul do Brasil estão estabelecidas no interior das áreas de pequenos e médios produtores de uva. As cidades que apresentam a maior concentração de indústrias de bebidas do Brasil são Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul. O período comumente denominado de “anos dourados” marcaram uma etapa da recente história brasileira associada ao desenvolvimentismo (abertura de rodovias, expansão da rede hidrelétrica, implantação da indústria automobilística, descentralização da capital) e à atmosfera cultural marcada pelo surgimento da Bossa Nova. Este período está associado ao governo de Juscelino Kubstchek . Entre as causas que explicam a relativa diminuição de concentração industrial na área metropolitana de São Paulo podemos considerar: ● Um sindicalismo forte e atuante na Grande São Paulo e nos arredores. ● Incentivos Fiscais oferecidos por outras regiões. Estado de SP fica com peso menor no setor “O Armazém Progresso de São Paulo começou com uma porta no lado par da Rua da Abolição. Agora tinha quatro no lado ímpar. Também o Natale não despregava do balcão de madrugada a madrugada. Trabalhava como um danado. E dona Bianca suando firma na cozinha e no bocce. - Se não é essa cousa de imposto, puxa vida! Mas a caderneta da Banca Francese ed Italiana per L’America Del Sud ria dessa cousa de imposto.” MACHADO, Antônio de Alcântara. Brás, Bexiga e Barra Funda. São Paulo: Klick, 1997, p.65. O crescimento industrial de São Paulo, originou-se pelo menos de duas fontes inter-relacionadas: o setor cafeeiro e os imigrantes. A desvalorização da moeda praticada pelas finanças brasileiras estimulava a indústria nacional, mas, ao mesmo tempo, tornava mais cara a importação de máquinas de que o parque industrial dependia. Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=captulo_11_a_industria_no_brasil
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