Creado por Mariza Páver Cer
hace alrededor de 9 años
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A dança criativa e o mito da criança feliz - Criança feliz, feliz a ( dançar), alegre a espalhar, seu sonho infantil. Isabel A. Marques
A dança criativa sugere que as aulas devem permitir e icentivar os alunos a experimentar, explorar, expandir, colocar seu eu no processo de experimentanção de gestos e de movimentos. No Brasil, esta modalidade foi batizada como “expressão corporal”, “dança expressiva”, “Laban” ou até método “Laban”.
Rudolf Laban coreografo e dançarino usou dança educativa no inicio do século, esse termo em contraposição a técnica rígida mecânica imposta de fora para dentro, a criança e o adolescente deveriam ter a possibilidade de expressar sua subjetividade enquanto dançavam.
A expressão corporal por vezes é usada como sinônimo de dança, porém, não se restringe a essa área, a expressão corporal englobam atividades do corpo.
O processo histórico da dança já pode ser visto desconstruído apartir de uma perspectiva crítica. Porque, não serão todas as danças educativas se forem ensinadas de maneira que os alunos possam contextualizar aquilo que estão fazendo? Será que não poderíamos simplesmente dizer que estamos ensinado danças na escola?
A diversidade da dança só vem reforçando a concepção de ensino de dança para aqueles que não possuem habilidades físicas necessárias para técnicas mais “fortes” e necessárias, ou seja, ao enfatizarmos que a dança na escola é diferente pois não estamos interessados em formar artistas, acabamos também negando a dança na escola como na área de conhecimento em si, ou seja, arte em si.
Século XX: Rudolf Laban ( Inglaterra) e Margaret H’Doubler ( Estados Unidos) - influencias mais importantes na criação e difusão dos discursos e praticas de “dança criativa”. Laban ( 1985) e H’ Doubler ( 1997) ensino da dança. Passaram a propor práticas pedagógicas que possibilitasse o desenvolvimento natural que está dentro de cada um. A infância não pode ser destruída, deveria ser preservada.
Século XXI: Laban e H’Doubler questionaram a possibilidade de toda criança ser “livre e natural”, em que toda criança germina a vontade espontânea de dançar, perpetuando assim, o mito da criança feliz. As crianças não ignoram as características estilistas e expressivas dos trabalhos de arte que elas vivenciam. Com isso sintomas da “era pós-moderna”continua na produção artística das crianças, desafiando assim o olho inocente e da expressão natural dessas ao longo do tempo. Hoje não existe mais A criança, mas MUITAS crianças que, apesar de pertencerem a uma mesma faixa etária, variam enormemente entre si, demandando uma educação diferenciada e contextualizada. Hoje é perceptível que a dança criativa tem adotado algumas práticas educativas/pedagógicas semelhantemente o ensino tradicional do ballet clássico. A pedagogia tradicional para o ensino de dança, e mesmo a pedagogia da dança criativa, contribuem para manter,, não apenas o mundo da dança, mas o geral tal qual são. Influenciadas e construtoras de suas múltiplas realidades vividas, percebidas e imaginadas, as crianças do mundo contemporâneo vivem em teias de relações multifacetadas entre seus corpos, movimentos, danças, família e sociedade, que poderiam ser direta e explicitamente trabalhadas em sala de aula através dos conteúdos específicos da dança.
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